Resenhas - As Terras Devastadas

Manu 16/08/2022

Instigante, porém arrastado.
Terceiro livro da saga A Torre Negra, começa de modo desenfreado e arrastado. Stephen King procura detalhar absurdamente cada milímetro do espaço onde a história se passa, mas talvez esse seja seu erro. São 600 páginas e o livro engata após mais ou menos na página 300.
Por ser uma saga, não teve um final fechado, é preciso iniciar o quarto livro para se ter um desfecho do clímax da história.

Aline.Robles 01/08/2022

As Terras Devastadas foi o melhor dos três livros da série. Uma escrita dinâmica com construção e evolução de personagens perfeitas (ainda aparece o Zé trapalhão, Oi, que é um fofo). Mesmo os capítulos sendo bastante longos, não percebemos dada a fluidez com que a história é narrada.

Temos uma excelente construção de mundo com o aparecimento das terras devastadas, dos guardiões, da cidade de Lud, da revelação das luzes que levam até a torre, da existência dos Anciãos e o aparecimento de um vilão que dá uma vibe dark a esse terceiro volume.

Esse livro pode ser dividido em três partes: a busca por Jake, a chegada a Lud e a interação com Blaine.

Gostei muito da construção de Blaine, um trem assombrado por uma inteligência artificial demente, que usando da fraqueza e do medo dos seres humanos consegue se tornar um vilão assustador. Aparece nesse livro também Tiquetaque, espero que nos outros livros ele volte a aparecer....

Mas o que mais gostei neste livro foi a criatividade e originalidade de king de mesclar mundos completamente diferentes. De um lado o faroeste e logo depois cidades com alta tecnologia. Gostei também como ele mesclou ideias de universos paralelos, portais, paradoxo temporal e outras coisas de ficção científica.

O Livro começa com Roland junto com seu Ka-Tet Eddie e Susannah, em uma floresta onde encontram Mir, um dos Guardiões dos 12 Portais. Esses portais são ligados, dois a dois, por seis Feixes de Luz e, na interseção dos Feixes, encontra-se a Torre Negra. Eles decidem seguir esse feixe de luz, já que este deixa um rastro pelo caminho, para chegarem a Torre (que possivelmente contém os segredos do Universo). Mas ainda falta alguém para eles resgatarem e completarem o Ka-Tet, Jake Chambers (que no primeiro livro morre).

A parte que Roland fica pirado, não sabendo se Jake Chambers é uma invenção de sua mente ou se realmente existiu e também Jake pirado não sabendo se ele realmente viveu no mundo de Roland ou não é muito agonizante. Roland cria um paradoxo temporal ao impedir que Jake fosse morto, quando o Mort empurra em frente a um Cadillac.

Algumas outras partes que gostei: A parte da mansão assombrada que Jake tem que enfrentar para ir para o mundo de Roland. Eddie, mais jovem, direcionando Jake para a mansão. Eles atravessando a ponte para Lud e Jake sendo sequestrado por Gasher, a perseguição de Roland atrás de Gasher, A passagem do Ka-Tet pela Cidade abandonada.

OBS: No livro faz-se Menção do conto de Shirley Jackson- A Loteria. (Li e adorei o conto)

"A roda que gira nossas vidas é implacável; sempre volta de novo ao mesmo lugar."

"Há alguma profunda doença na Torre Negra, que está no âmago de tudo. Está se espalhando. As terras abaixo de nós são apenas mais um sinal dessa doença."

"O que é o Mundo Médio? - perguntou Eddie. - Um dos grandes reinos que dominavam a Terra nos tempos anteriores a estes. Um reino de esperança, conhecimento e luz... estas coisas às quais tentávamos nos agarrar em minha terra, antes das trevas também se apoderarem de nós."

"A palavra char, contudo... char como Charlie Chuu-Chuu... tinha apenas um. Char queria dizer morte."

"Todo o Mundo Médio se tornara uma vasta casa mal-assombrada naqueles estranhos últimos dias; todo o Mundo Médio se tornara o Estreito do abismo; todo o Mundo Médio se tornara uma terra devastada, assombrosa e assombrada."

"A certa altura eles esqueceram que a voz do mono era também a voz do computador. Não muito depois disso esqueceram que eu era um servo e passaram a acreditar que eu era um Deus. Como eu fui construído para servir, satisfiz as exigências deles e me tornei o que eles queriam, um deus distribuindo favor e castigo segundo meus caprichos... ou memória randômica, se acharem melhor."

(OBS: Ka - destino; Ka-Tet - grupo de pessoas unidas pelo destino)

Abduzindolivros 31/07/2022

o que é o que é: quando é que um est*pro não é um est*pro?

Embora pareça que o título ?As Terras Devastadas? vá fazer sentido só lá no final quando o ka-tet¹ do pistoleiro entra num lugar de desolação que é caminho para a Torre Negra, todo o livro gira em torno de um mundo que seguiu adiante, devastado pela miséria, loucura, guerra. Existem pouquíssimos bastiões de sanidade e acolhimento no Mundo Médio; felizmente, o grupo de Roland, inicialmente formado por ele, Suzannah e Eddie Dean, ainda é coeso e são.

A eles, juntou-se Jake Chambers, depois de se livrar da duplicação mental sofrida por ter sido salvo da morte por Roland em uma outra linha temporal. As cenas que levam à chegada de Jake ao Mundo Médio são importantíssimas, pois disparam um evento que será determinante para o futuro do ka-tet. Um evento tão tenso que só nos resta admirar ainda mais a Suzannah; ela merece nossa admiração já que outras coisas importantes foram tiradas dela naquele momento. Cara, aviso que é pesado. Passo meu pano para esse trecho, mas sem deixar de alertar para o quanto é controverso.

A Jake, juntou-se um animalzinho muito querido, o Oi, tão fundamental para o ka-tet quanto qualquer outro. Inteligente, corajoso, inocente e leal; seria a personificação da infância de Jake para que ele não se esqueça de que só tem doze anos?

Por fim, eles conseguem chegar até Blaine, o enorme monotrilho movido por uma Inteligência Artificial insana e hom1c1da/su1c1da ? não sem antes quase morrerem várias vezes pelo caminho. O final traz um baita gancho de açougueiro para o próximo livro (o melhor da série, na minha opinião), e forneceu um panorama melhor de quem é Roland Deschain: o gatilho mais rápido do Mundo Médio vai além de ser só um matador qualquer. E a promessa é sabermos mais sobre quem é esse cara obstinado, e qual é a doença que corrói a Torre de dentro para fora, transformando um mundo glorioso em algo podre e miserável.

É sobre isso, e não está tudo bem.

(Resposta: Quando está numa ficção do King).

Andrea 18/07/2022

QUE LIVRO FOI ESSE??????
Ao contrário dos 2 primeiros, esse teve muitos altos e baixos...páginas aceleradas e páginas que me fizeram dormir em cima do livro. Mas sempre que isso acontecia, um novo rumo com os personagens me colocava nos trilhos novamente, tipo o Blaine heheheheh
Estou gostando muito dessa saga, e já quero ir para o quarto volume o quanto antes!

Beeð 05/06/2022

Serviu.
Esse livro juntou o primeiro e o segundo de uma forma fantástica.
Amei o retorno do Jake e a forma como os mundos se uniram novamente.
Os personagens são bem legais e estão evoluindo muito.
Porém, eu sinto que o king deixou muita coisa para esse livro. O começo é muito bom, mas não a ponto de te prender até o final. O final é ok. E foi aí que eu desanimei
É uma boa história, mas é um grande desafio pra quem gosta do King. Esse livro é completamente diferente das outras coisas que ele já escreveu.
MAS
Se for classificar os três livros até agora
O primeiro é ruim
O segundo é muito bom
E o terceiro não é pior que o primeiro nem tão bom quanto o segundo, mas é bom.
É muito provável que eu de um tempo na saga depois do próximo livro.

Reclamando mas sigo lendo porque sou cadelinha do King

littlelen 01/06/2022

Personagens judiados
Nessa altura do campeonato, não dá pra fazer uma resenha sem trazer alguns spoilers, visto que é continuação da saga.
Finalmente temos o retorno de Jake, o que aconteceu com ele após o segundo livro e a trajetória (muito doída) desse menino até seu pistoleiro. Eu achava que o Roland era judiado por vários motivos, mas Jake chegou bem perto de tanto que esse menino sofreu quando chegaram em Lud.
Personagens incríveis, como sempre, desenvolvimento impecável, trajetória impecável, muitas pontas amarradas e mais pontas soltas, como sempre, enfim, Stephen King fazendo mais uma obra com toda sua criatividade e plenitude.
Pausa para o acréscimo de um personagem que se tornou meu favorito: Oi (que eu associo com um cachorro, apesar de ser chamado por outro nome).

Achei sensacional descobrir novos territórios (terras devastadas) e como estão as pessoas que restaram nesses territórios, completamente insanas.
Sobre o mono blaine, foi uma surpresa ao mesmo tempo boa e ruim, porque não entendi a finalidade dessa ?máquina? , mas acredito que vai ser melhor trabalhado no quarto volume, como o próprio autor escreveu na nota final do livro.

Alexander 03/05/2022

Bom
Olha, fiquei chocado em descobrir que esse é o favorito de muita gente, claro que opinião é igual ao cobre (elemento químico na tabela periódica) cada um tem o seu, mas eu achei o segundo volume muito superior, claro que aqui ocorre a expansão de mundo e o que já era confuso fica mais confuso ainda, tem uma parte de tensão nesse livro que é incrível, o King faz a gente fica com agonia e ódio, adorei o universo, uma coisa futurista pós apocalipse, é de uma genialidade sensacional, mas teve parte que eu achei maçante, mas mesmo assim o a parte de tensão é tão boa que supre a parte maçante.
O final me deixou com cara de palhaço, fiquei assim🤡, fico imaginando quem leu e teve que esperar até o king voltar a escrever e lançar o livro pra poder ler, deve ter sido uma tortura, mesmo assim o final é do balacobaco.

jonathanrausch 28/04/2022

Um ótimo livro, mas faltou um quê
Essa saga realmente segue diretamente onde foi acabado o episódio anterior, e no final deste volume isso fica muito nítido, mais do que no início deste.
O final do volume anterior eu achei show, perfeito, zero defeitos, mas neste senti falta de um arco mais profundo. É ruim o fechamento do episódio e gancho para continuar o arco? Longe disso, ainda é de tirar o fôlego ainda...



(spoilers)



...Flagg surgir do nada recrutando alguém que aparentemente tinha morrido (então talvez ele tenha ressuscitado o indivíduo!), mas mesmo assim senti falta de uma tensão maior, ainda mais sabendo que, de uma forma ou de outra, eles vão vencer o obstáculo intelectual proposto, visto que o Ka está tão nítido assim. Dei essa quantidade de estrelas pq, mesmo eu tento estes poréns, sei que serão supridos na obra seguinte e o Ka não será tão previsível assim.
Vamos ver como será o próximo volume e o desfecho desse arco do Charlie Chuchu.

Juliana3239 27/04/2022

E a aventura segue adiante!
3 livro da saga da Torre Negra! Única coisa que consigo pensar agora que terminei mais um é que sorte que comecei a ler essa saga depois que ela já foi finalizada. Eu iria surtar se precisasse esperar os lançamentos desses livros.

Aqui o KA-TET de Roland se completa finalmente. Eles finalmente conseguem encontrar um caminho que leve a Torre Negra e dão início de fato a sua jornada.

Foi um livro muito muito bom, eu estou começando a me apaixonar por esses personagens, e isso dá um medo danado quando se trata de Stephen King. O homem é cruel!

No geral a leitura foi ótima, instigante, aqui também não achei que ele divagou inutilmente se desviando da história, mas mesmo assim em alguns Momentos o ritmo caia bastante e acabava deixando a leitura um pouco arrastada.

FINALMENTE tivemos as primeiras referências reais e relevantes a outros livros do KING e eu não aguentei, dei vários gritinhos de fangirl KKKKKKKK

A leitura desses livros não é necessária para o entendimento da história, (exceto Salem e Insônia), mas acrescenta DEMAIS na experiência!

Único livro finalizado em Abril até agora, mas que bom que foi esse livro.

Flavio.Muniz 17/04/2022


Roland continua em sua busca pela Torre Negra, mas ele não está mais sozinho, agora ele é acompanhado por dois parceiros, aprendizes de sua arte, Eddie e Susannah, que ele arrebatou do nosso mundo. Aqui estão eles agora nos portões do submundo, as "Terras Devastadas", onde as fronteiras temporais e terrestres são borradas e confusas. O caminho para a Torre Negra está aberto! Mas um obstáculo imprevisto se interpõe no caminho e pode colocar tudo a perder: Roland está enlouquecendo, sua mente está dilacerada pelo paradoxo temporal criado pela morte do pequeno Jack, a quem ele sacrificou impiedosamente para alcançar seu objetivo. A criança está morta ou viva? Só há uma maneira de acabar com esse paradoxo e proteger a sanidade de Roland: reencontrar Jack.

Esse método se mostrará tão difícil quanto perigoso de implementar, especialmente porque a maior parte da tarefa pesará sobre os ombros de Eddy, o ex-viciado que mal se recuperou de seu vício em heroína e assombrado pela sombra de seu irmão assassinado.
Terceiro volume de “A Torre Negra" e a qualidade dos romances só está melhorando e cada volume é, por enquanto, mais viciante e melhor construído que o anterior. Se guardo uma fraqueza pelo personagem de Roland e seus múltiplos tormentos, também aprecio muito os novos protagonistas da saga, todos solidamente arquitetados e cativantes.

Finalmente aprendemos mais sobre o mundo e temos algumas bases sendo sedimentadas e estabelecidas enquanto viajamos por essa terra alucinada com um passado trágico, mais pós-apocalíptico e menos um mundo de fantasia tradicional. Tudo foi destruído e as máquinas têm um papel central.

Em termos de ação, não há do que reclamar: a trama é realizada a toda velocidade e o universo criado por Stephen King acaba sendo cheio de surpresas, às vezes encantadoras, mas geralmente bastante abomináveis.

Mais uma vez o Mestre empunha a caneta com maestria. Este suculento volume 3 não nos decepciona uma única migalha. 200 páginas adicionais em relação ao anterior, mas o tempo parece passar ainda mais rápido. Você mergulha em um universo realmente único, um universo no qual você tem a impressão de entrar desde a primeira leitura do livro. Tudo é descrito maravilhosamente. Você se verá sorrindo de vez em quando e às vezes querendo virar as páginas a toda velocidade.

Para concluir, a atmosfera única e literalmente mágica. É King com sua imaginação sem qualquer amarra.

cmvies 28/03/2022

?Só um tolo acredita que está sonhando antes de acordar.?
Gostei muito desse terceiro livro! Pra mim foi incrível ver o desenvolvimento palpável dos personagens: Eddie deu um show de amadurecimento, foi forte ao enfrentar traumas da infânica e medos. Susannah cada vez mais inteligente, astuta. Jake é meu preferido, precioso demais! É corajoso, forte, fiel e mesmo com a pouca idade já entende muito sobre a vida.

A trama é envolvente e embora tenhamos poucas - quase nenhuma - respostas nesse livro, não senti que a qualidade se perdeu. Senti um misto de emoções do inicio ao fim, principalmente após a travessia da ponte e a chegada em Lud. Nunca imaginei na vida que iria sentir medo de um trem.

Senti o Roland mais humano também, pra mim ele é uma caixinha de surpresas que sempre me surpreende. Amo a relação e proximidade dele com o Jake.
Ansiosa pra ler o próximo.

Luiza3351 05/03/2022

Uma das características mais marcantes da série e que amei ver aqui foi o sci-fi misturado com fantasia. Cada um tem seu lugar e desempenham seu papel com maestria. O ka-tet se torna cada vez mais forte e Blaine é um [*****], nada novo

Lú 03/03/2022

Fortalecimento e confiança
O terceiro livro da jornada d'O Pistoleiro mostra, principalmente, muito fortalecimento e confiança dos personagens, tanto uns com os outros quanto consigo mesmos.
É difícil exprimir toda a dimensão que é possível retirar de As Terras Devastadas, mas King, como de costume, faz um trabalho magnífico no tocante ao desenvolvimento de cada personagem. Um Roland mais humano, um Eddie mais maduro, uma Susannah mais sábia e um Jake mais astuto.
Nesse livro eu ri, chorei, senti angústia e tive a certeza de que daria tudo errado - mesmo sabendo que ainda existem mais 4 livros e que ainda há muito chão pela frente.
Estou apaixonada pela relação que Roland tem com Jake, o carinho e o cuidado.
Ansiosa pelos próximos livros e pela continuidade dessa jornada incrível.

mhcavalcante 20/02/2022

No ritmo de um trem-bala
"As Terras Devastadas" é mais uma ótima jogada de King na busca da Torre Negra. O ritmo desse livro segue muito do que foi "A Escolha dos Três", só que perde um pouco da força no final.

Nessa parte da história, o grupo de Roland se aproxima muito devido as adversidades e é muito legal ver o grupo se fortalecendo e entendendo mais sobre "ka" e o "ka-tet". Além disso, o desenvolvimento de Eddie é perceptivo e fascinante, chegando a ofuscar Susannah, que me surpreendera no volume 2.

Nas duas partes desse livro, temos momentos de tirar o fôlego, ação das boas e muitas revelações. É interessante ver como outros habitantes do Mundo Médio tratam Roland como um santo e o paralelo que o próprio Stephen King faz. Richard Fannin (RF) também faz sua aparição, aumentando muito o hype pros próximos volumes.

O único problema desse livro, na minha opinião, foi o final (o próprio King disse que não tinha ficado satisfeito). A história perde a força no ultimo capítulo e resolve muito pouco os mistérios introduzidos aqui, o que me frustrou um pouco. Mesmo assim, essas ultimas páginas não estragam a experiência, "As Terras Devastadas" é incrível.

RobertoMCF 15/02/2022

Diferente dos dois primeiros livros, Terras Devastadas me deu a impressão de que King não sabia direito por onde estava indo.

Minha leitura foi arrastada, pouco convidativa e pouco saborosa. Os diversos conceitos, jogados, sem uma explicação, nem para o leitor, nem para os personagens.

O final, que não podemos chamar de final, foi estranho. Não vejo o menos provela em terminar um livro em um Cliffhanger, é um ferramente literária útil, que eu mesmo uso em meu livro, mas terminar dentro de um trem que, ao meu ver, não é nem um pouco carismatico e prestar a entrar num duelo de Adivinhações... Achei de certa maneira fraco.

Vou demorar um tempo para voltar para a franquia, mas espero que as coisas esquentem nos próximos.