Lugar Nenhum

Lugar Nenhum Neil Gaiman
Neil Gaiman




Resenhas - Lugar Nenhum


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Gustavo Rodrigues 24/03/2023

Comecei sem saber absolutamente nada da história. Tive vontade de ler apenas pelo autor - que eu só conhecia de ouvir falar, pois nunca tinha lido - e curti muito! Tem seus defeitos, mas é muito massa.

Se eu não estiver enganado, esse foi o primeiro livro do Neil Gaiman. Começar já nesse nível indica que o caba é bom de verdade. É uma fantasia muito bem escrita, que prende o leitor a todo momento, misturando elementos fantásticos com coisas normais do dia a dia.

O foco principal aqui é sobre o mundo que existe na ?Londres de baixo?. Não sei até que ponto o ambiente retratado é real, mas, tirando a parte fantasiosa, acho que deve ter um ambiente subterrâneo bem interessante em Londres.

Até tem uma crítica aí sobre classes sociais e a ?invisibilidade? das classes mais pobres, que vivem as margens da sociedade. Porém, acho que pra ter uma crítica mais direta (acho que não era intenção do autor), o assunto teria que ser mais explícito.

Ao meu ver, algumas coisas não foram tão bem explicadas. Só isso que me fez não dar 5 estrelas.

Belo livro ??
Edméia 24/03/2023minha estante
Gustavo , por enquanto, este foi o único livro do autor Neil Gaiman que eu li ! Contudo , quero ler mais livros deles ! Dizem que o "Deuses Americanos " é ótimo !!! Este , Lugar Nenhum , gostei !


jusousan 24/03/2023minha estante
pois vou ler esse mês só pq tu gostou


Marlon.Abel 25/03/2023minha estante
Acho que foi o primeiro livro solo dele.
Ele estava escrevendo uma série que foi ao ar nos anos 90 de mesmo nome, mas como nem tudo que ele escrevia ia poder ser traduzido para a TV, ele escreveu esse livro para contar a história fiel ao que ele tinha em mente.
Eu gosto muito da crítica e gosto mais ainda por não ser panfletária a ponto de nos desconectar da história, mas conhecendo o Gaiman, sim, ele quis faze-la.


Gustavo Rodrigues 26/03/2023minha estante
Edmélia, obrigado pela dica!

Boa, Ju! Tu vai gostar.

Valeu pelos esclarecimentos, Marlon ?


Regis 27/03/2023minha estante
Que bom que gostou, Gustavo. Comecei por esse e nunca mais parei de ler Neil Gaiman.
Parabéns pela ótima resenha. ???


Edméia 27/03/2023minha estante
Gustavo , se quiseres, podes me dar sugestão de leituras também ! Fique à vontade ! Boas leituras ! Um abraço.




CarolCazzolli 11/07/2023

Cuidado com as portas.
É confuso do começo ao fim... Mas sabe como é uma confusão boa? Hahaha
Cheguei a conclusão de que pra gostar desse livro você tem que ser igual ao Richard Mayhew, é só viver o momento, aproveitar a jornada e não dar muita importância para as coisas. Tem coisas que, simplesmente, não dá para ser explicada, só vivida. Eu amei e o odiei os personagem várias vezes (só a Jessica que é puro ranço).
Não tem explicação pra esse livro. Apenas viva ele.
Tiago Doreia 13/07/2023minha estante
Fiquei curioso na obra. Gosto muito do Gaiman




Dé... 21/04/2009

Esse livro segue na contramão, primeiramente Neil Gaiman escreveu a história para uma série de 6 capítulos transmitida em 1996 pela BBC inglesa (sempre ela!!), posteriormente a história virou livro... e só em 2007 o livro foi publicado nas bandas de cá...
A narrativa do livro em alguns momentos é previsível e tudo se desenrola como se fosse um filme, mas isso, só faz com que o livro prenda ainda mais nossa atenção.
O mundo criado por Neil Gaiman é de uma criatividade surpreendente... Deve ser ainda mais emocionante para quem conhece a cidade de Londres, principalmente seu metrô...
Richard é um rapaz comum, com uma vida normal e que se vê numa situação nunca imaginada, tem pouco tempo para assimilar tantas mudanças em sua vida... Mas ao longo da história o personagem amadurece e aprende a fazer suas próprias escolhas...
Os demais personagens, seus trajes e costumes são interessantíssimos, adorei o marques de Carabas e a Door...
As descrições dos cenários são tão detalhadas (mas não maçantes) que após algumas páginas já estamos acreditando em tudo que se passa.
Só acho que faltaram algumas respostas... Como surgiu a Londre-de-baixo?? Porque Richard conseguiu enxergar a Door?? Quantos anos uma pessoa pode viver na Londre-de-baixo, são imortais?? E afinal, quem decide onde será o próximo mercado??
No geral, gostei do livro e aconselho a leitura, mas sem grandes expectativas...
Luan Simões 11/08/2012minha estante
Eu pensei nas mesmas perguntas que você fez aqui. rs
Mas quanto a vê-la, acho que é porque ela não se fez de "invisível".

Lembra que eles podem impor a própria presença ou passar despercebidos se quiserem? E o Richard já era tratado como mais um na multidão; pelo menos ele se via assim.

Sempre sucumbindo à vontade alheia (e da noiva). Acredito que seja algo assim.

Sobre viver muito? É, eles vivem. Mas deve ser porque são ignorados pelo mundo e, quem sabe, até pelo tempo que rege o mundo conceituado como "verdadeiro".

Sabe aquela história da pessoa que é tão ignorada pelos outros que acaba por se tornar invisível de verdade? (já vi isso em algum lugar rs)

P.S.: Adoro o de Carabas também.


Carlos 12/10/2012minha estante
O autor mesmo fala que em todas as cidades existem a cidade de baixo, e que elas são tão velhas como as próprias cidades. Surgiram dos habitantes das cidades que viviam à margem da sociedade, que eram esquecidos, como mendigos, mesmo. Ele fala até sobre o começo da história de londres, sobre como o Rio Tamisa virou esgoto e como foi ali, às margens do imundo Tâmisa, que surgiu a Londres de baixo.
Quanto ao mercado, o que é legal nele é justamente esse mistério. Não tem explicação, simplesmente o é e isso é coisa que nem os habitantes da Londres de Baixo sabem, muito menos nós. hehehe
Não, definitivamente não são imortais, mas talvez para eles o tempo não fluam como nós vemos, de forma tão linear. A morte é um tema frequente por lá.
Richard conseguiu ver a Door porque assim ela quis. Ela abriu uma porta para a Londres de cima e o tocou e, a partir desse momento, ele estava com um pé na Londres de cima e um na Londres de baixo, até que ele definitivamente entrou na de baixo quando foi visitar o marques de Carabás.

Eu acho que esses detalhes, como quem decide o local do mercado, podem mesmo fazer você achar a história confusa, mas essa é a intenção, porque a londres de baixo não é racional, então se você se deixar levar pela história sem se apegar tanto a esses detalhes, você talvez sentiria melhor o fluir dos acontecimentos, e, quem sabe, gostaria mais do livro


cristianepf 23/11/2014minha estante
Sério que tem uma série? Preciso achar! Eu amei esse livro.


Hamilton.Iaiai 12/02/2015minha estante
Se faltaram respostas acostume -se, gaiman é assim, muitas respostas de sandman ainda estão em aberto.... mas pra uma delas eu acho que sei a respostas..... Richard consegui enxergar Door ... simplesmente pq na hora Door desejou uma porta para alguém que pudesse ajuda-la... mas uma outra pergunta fica em aberto ...vai ter continuação???.... será que em agum momento podemos ter a esperança do "guerreiro de londres" futuramente encontrar uma anjo chamando Aziraphale ou mesmo um demonio chamado Crowley..........


Tevo 21/05/2021minha estante
Cara, achei a leitura boa. Porém, acho que esperar um detalhamento maior sobre todo o Universo, como em sagas, me atrapalhou um pouco. Mas a história é bem tranquila, e até mesmo simples. Enfim, também recomendo, mas o melhor é ler sem esperar nada... Só deixar a história fluir!


Eduardo 17/10/2021minha estante
Eu adorei o livro. Vez ou outra ele se tornava um pouco chato, mas isso acontece em todo livro. Os personagens são cativantes e divertidos, me apeguei muito a eles, e o final foi, ao meu ver, bem propício, me fez refletir.




Marcos.Leste 18/02/2023

Londres de baixo
Personagens intrigantes, a escrita tem uma sensibilidade fantástica.
A narrativa procura demonstrar que nem sempre o que gostamos na atualidade é realmente o que precisamos e gostamos no fundo.... apenas ainda não descobrimos o novo ou melhor enxergamos...

Vale a pena a leitura....
Regis 21/02/2023minha estante
Adoro esse livro! Ótima resenha, Marcos. ?




Gessyka.Loyola 29/03/2024

Realmente, não cheguei a "lugar nenhum" ?
Não funcionou comigo, achei muito arrastado, foi ser empolgante depois de 70% e sinceramente, não me convenceu!
História toda doida e lenta, mas quem sou eu na fila do pão, se a nota do livro é boa aqui neh, então, leia e tire suas próprias conclusões.
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Larissa 09/01/2023

Um dos melhores que já li
Foi o livro que me inspirou a ler mais e mais, uma ótima leitura com uma história envolvente! simplesmente fantástico.
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Thais 17/07/2023

Achei um pouco confuso em algumas parte, mas no geral gostei da história e dos personagens. Mas acho que fui com muita expectativa e acabei esperando mais da leitura.
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Nathalie Ayres 24/07/2010

Maravilhoso!
Loucura ou Fantasia? Qual o limite entre ambas?

Eu acabei de ler o livro e simplesmente o amei! Só de imaginar todos os redutos escondidos da Londres de Baixo e seus estranhos moradores... Um mundo amedrontador, e ainda assim maravilhoso!

Maior que a aventura em si, que já é incrível, só a transformação que ocorre em Richard! Imaginação, loucura ou realidade, ele sai dessa jornada um novo homem! Ou melhor dizem, um homem de verdade!

Além de tudo, há todo um questionamento sobre as nossas escolhas, se elas são mesmo o melhor para nós, e sobre a resignação com o seu futuro e com o que você tem!

Em suma, um dos melhores livros que eu já li. Recomendo muitíssimo!
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Ju_Brandao 05/07/2022

Lugar Nenhum - Uma Aventura Que Impressiona
Lugar Nenhum sem dúvida é um dos livros que eu mais estava com vontade de ler do autor Neil Gaiman. Eu só não esperava que a história seria tão boa, e tão revigorante como foi. Passei um bom tempo de resseca depois de terminar de ler Deuses Americanos (outro livro de Gaiman), pelo fato da história ser muito vasta e demorada.
Lugar Nenhum é simples, direto e muito divertido, como eu já tinha comentado em algumas resenhas anteriores de livros do autor, é inacreditável a forma como Gaiman consegue criar um universo imenso apenas com poucas palavras, e usando muita imaginação.
Lugar Nenhum nos faz refletir sobre as pessoas que estão esquecidas na sociedade, não somente pessoas, mas, lugares, memórias e sentimentos que estão adormecidos. Esse livro é muito rico em sua narrativa, nos personagens e nas referências a cidade de Londres. Sua história é bem desenvolvida, com um começo, um meio e um fim bem definido e bem elaborado.
O destaque principal desse livro vai para os personagens sr. Croup e sr. Vandemar, que são os melhores vilões até o momento de todas as histórias que já li do Gaiman, são personagens excêntricos, e interessantes de acompanhar durante o desenvolvimento do livro, o marquês De Carabás e a Door são outros destaques.
Lugar Nenhum sem dúvida é um dos meus livros favoritos de Gaiman. Divertido. Engraçado. Reflexivo. Único. Inteligente. Esse são os adjetivos que uso para me referi a esse livro!
Kelly 05/07/2022minha estante
Tá na minha tbr faz tempo!
Tbm adorei a escrita do autor!
Ainda quero ler outros dele!


Ju_Brandao 05/07/2022minha estante
Neil Gaiman é um ótimo autor, né?!
Eu já li quatro livros dele, e pretendo também ler os outros! :-)


Kelly 05/07/2022minha estante
Sim!! Maravilhoso!
Eu só li 2, eu acho, mas já amei! E já comprei mais uns 4 livros dele pra ler, incluindo esse!


Ju_Brandao 05/07/2022minha estante
Tudo!




Coruja 13/05/2021

Sobre marginalizados, compaixão e diferentes significados de heroísmo
Mais uma releitura, embora esta estivesse prevista há tempos na minha lista: a primeira vez que li Lugar Nenhum foi numa edição da Conrad (tanto tempo atrás que não tenho nem o registro de quando o li), texto que foi editado por Gaiman, com vários cortes e acréscimos, saindo por aqui pela Intrínseca em 2016, com nova tradução e o aviso de ser o “texto preferido do autor”.

Não tenho mais a edição da Conrad - que doei quando comprei a nova - para fazer o cotejo de ambas. Mas, ao reler minhas impressões mais antigas do livro, vejo que achei o texto por vezes cansativo, sensação que não tive dessa vez. Talvez seja uma questão de mudança de perspectiva (que teve muita desde aquela primeira leitura), mas não posso deixar de pensar que o novo trabalho de edição tenha feito diferença na fluidez do texto.

Quando escrevi algumas impressões sobre Lugar Nenhum em 2010 - não com uma leitura fresquinha na cabeça, mas de memória, dentro de um artigo maior sobre o Gaiman - minha atenção estava inteiramente voltada para a estranheza e a aventura da Londres de Baixo e o enredo de mistério envolvendo a morte do pai de Door. Como de hábito, uma releitura significa que você não está tão aflito para saber como a coisa toda se resolve e há tempo de sobra para admirar a construção de mundo e dos personagens, tudo o que tio Neil consegue empacotar aqui.

Como várias outras aventuras fantásticas, essa aqui começa com o herói passando por um portal para adentrar um mundo paralelo que ele não sabia existir bem debaixo do seu nariz. É Alice despencando pela Toca do Coelho ou Lucy descobrindo Nárnia dentro do Guarda-Roupa. Gaiman gosta desse tipo de enredo: Tristan em Stardust e Coraline passam por experiências bem parecidas a de Richard.

E sim, nosso herói improvável em Lugar Nenhum é Richard Mayhew, que pode até parecer um pobre tolo à primeira vista - preso na rotina de seu trabalho no mercado financeiro, com uma noiva autoritária e destinado a uma vida bastante comum -, mas surpreendeu bastante ao longo do enredo. A questão é que, cinicamente, confundimos gentileza com uma vocação para servir de capacho e, bem, lá está Jessica para mandar e desmandar no noivo e nos passar essa impressão.

Da primeira cena que Richard nos é apresentado, a gentileza é sua principal característica. Na chuva, meio nauseado pela quantidade de brindes que tomou em sua despedida dos amigos, ele ainda assim se importa com a moradora de rua que passa por ele e dá a ela seu guarda-chuva. O início de toda a enrascada do livro é quando ele ignora Jessica e ajuda Door (que ferida e desesperada, desejou que a porta que abriu a levasse para alguém seguro e confiável). Quando Anaesthesia lhe é designada por guia, ele conversa e se preocupa com ela - e talvez seja o único que se importe quando a garota desaparece.

Vez e outra, Richard demonstra civilidade, compaixão e uma bondade inata, algo que se alia a um grande autocontrole (mesmo com toda a estranheza em que logo se vê mergulhado, ele não se desespera ou dá um ataque histérico - o que seria bastante desculpável considerando que de uma hora para a outra as pessoas simplesmente deixam de enxergá-lo), pragmatismo e , sim, coragem. Tudo isso somado o tornará um herói capaz de passar por provações e obstáculos mortais - um Galahad moderno (e sim, isso me fez lembrar do conto Cavalaria, um dos meus favoritos do Gaiman). Gaiman aqui identifica heroísmo não com ser mais forte, de duelar e vencer o combate, mas de demonstrar compaixão, solidariedade, autoconhecimento.

Voltando um pouco, Richard ajuda uma jovem que basicamente desaba aos seus pés ferida e é assim que seus problemas começam. Door, que faz parte de uma família de abridores de porta (quer elas existam ou não, estejam proibidas e suas chaves, perdidas), acaba de ter todos os seus parentes assassinados pelos temíveis Croup e Vandemar. Parte da nobreza da Londres de Baixo, Door tenta descobrir porque sua família foi morta e sobreviver, ela mesma, à caçada que os assassinos mantêm contra ela.

Para isso, ela tem a ajuda do Marquês de Carabas, um vigarista astuto de várias vidas, que negocia na base de favores; de Hunter, a maior caçadora de bestas da Londres de Baixo e também de Richard, que após ser apagado da lembrança da Londres de Cima, procura o grupo para tentar reaver sua vida de antes.

O que impressiona nessa que seria uma típica jornada do herói, é o ambiente em que tudo isso acontece. A Londres de Baixo é costurada de partes esquecidas e descartadas da cidade de cima (e dá para inferir que todas as grandes e antigas cidades do mundo têm essa versão espelhada de si), algumas delas em que o tempo literalmente parou. Sua geografia é formada pelas estações de metrô de Londres: há de fato uma corte do conde (Earl’s Court) num vagão obscuro; monges em Blackfriars e um anjo em Islington. Aqui se abrigam seres e criaturas tão antigas quanto o mundo, mas também pessoas simples - os destituídos, os órfãos, os abandonados, aqueles pelos quais passamos nas ruas como se fossem invisíveis, que vivem completamente à margem da sociedade.

Por alguma razão, Lugar Nenhum me faz pensar no soneto gravado na base da Estátua da Liberdade, em Nova York: “?venham a mim as multidões exaustas, pobres e confusas ansiosas pela liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade?. Esses ‘pobres exaustos e desabrigados’ são exatamente aqueles que formam a população das Cidades de Baixo. E essa talvez seja a maior sacada do livro: a forma como Gaiman dá protagonismo aos marginalizados, onde mesmo o mais secundário dos personagens tem seu momento de destaque, sendo possível perceber enredos muito maiores por trás de suas breves participações.

Eu leria páginas e mais páginas sobre a história do Conde, sobre como Vandemar e Croup começaram sua maldita associação, sobre o resto da família de Door e de onde veio sua habilidade, sobre a hierarquia dos diferentes povos e comunidades que se encontram no Mercado Flutuante - ratos, lamias, cogumelo, corvos, pastores, e por aí afora -, sobre a miríade de favores que todo mundo parece dever ao Marquês, sobre como o Marquês se tornou quem é. Há tanta possibilidade nesse mundo criado para Lugar Nenhum que não me espanta Gaiman estar escrevendo uma continuação (nem que ela se inspire na crise de refugiados para tanto).

Inclusive essa edição traz como extras um capítulo cortado - com Croup e Vandemar antes de seguir para o trabalho com a família de Door - e um conto publicado anteriormente em algumas antologias, Como o Marquês Recuperou seu Casaco. Para ser um volume perfeito de colecionador, só faltava trazer as ilustrações maravilhosas do Chris Riddell - mas essas, por enquanto, só na edição em inglês (aparecendo em português, trocarei de novo de edição...).

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/05/lugar-nenhum-sobre-marginalizados.html
Maria 13/05/2021minha estante
Sua resenha ficou tão linda que despertou em mim o desejo de uma releitura.


Coruja 13/05/2021minha estante
Obrigada, Maria! Releituras são importantes, a gente percebe nelas o quanto nós mesmos mudamos com o tempo. Enfim, fico feliz que tenha gostado!




Fernanda.LeAncio 21/08/2020

Fantástica
Li sem muita expectativa, mas me surpreendeu demais.
Uma história com temática inovadora e uma forma bem diferente de ver o que acontece nos esgotos de uma grande cidade.....
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Giaquelli 25/05/2022

Diferente de tudo que eu já li
Digamos que esse livro precisa de um pouco de paciência e perseverança. Não é um livro ruim, longe disso, mas as respostas demoram muito a chegar, então se você não tiver paciência pra esperar, talvez não seja o livro pra você.

Amei o fato de misturar uma distopia com fantasia, personagens realmente intrigantes (menos o Richard, q eu gostaria de matar em 90% do livro, mas tudo bem), cenários muito bem apresentados e uma imaginação incrível do Neil Gaiman. Tenha uma mente aberta pra ler e não tentar entender tudo de imediato, acho que essa é a fórmula.
O Marques de Carabas sem dúvida é meu personagem favorito. A ideia, também, de existir um mundo paralelo ao nosso é algo que sempre me prende nas leituras, e foi de longe a mais diferente que eu já vi.

Pra mim, não dei uma nota maior exatamente por esse motivo, a demora pra entender muitas coisas, mas porque eu sou muito detalhista. Gosto muito de entender tudo sobre o mundo novo no qual estou pisando, mas acho a leitura desse livro bem gratificante e digamos que se você realmente ler com a mente aberta, talvez você enxergue as maiores críticas feitas a sociedade moderna nele.
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Marlon Teske 25/07/2011

Mais respeito com os Ratos
Lugar Nenhum tem dois pontos contrastantes. Por um lado, ele é extremamente cativante, especialmente sob a ótica fantástica da cidade de Londres-de-Baixo onde o que realmente importa para o enredo acontece. Em contrapartida, o que lhe sobra em ambientação falta no carisma dos personagens: especialmente em relação ao protagonista que é completamente desprovido de personalidade.

Richard Mayhew é um homem pacato com um emprego que não lhe satisfaz e uma namorada que o molda de acordo com as próprias vontades. Sua vida é guiada pelo trabalho que consome todo seu tempo e pela procrastinação constante de qualquer coisa que por ventura pudesse lhe trazer algum prazer pessoal. Em dado momento, ele escolhe ajudar uma garota ferida que encontra nas ruas e dali em diante se vê envolvido com toda a sorte de pessoas marginalizadas da cidade. Estas formam uma sociedade própria com um pé (ou os dois, melhor dizendo) enfiados em um mundo de fantasia que está além do alcance dos sentidos. E sem perceber, Mayhew também deixa pouco a pouco de existir para a Londres-de-Cima.

Talvez o fato de ter sido inicialmente concebido como uma série de TV é o que deponha contra Richard. Quem sabe na outra mídia sua atuação tenha sido menos irritante. Boa parte do conformismo e das dúvidas do escocês que se muda para Londres para trabalhar também são nossas, quanto leitores. Por ele nos representar no papel e ser dele a função de mostrar o "outro mundo" através de seus olhos, cada escolha patética e covarde dele nos atinge e nos irrita. Mesmo suas opções ao final do enredo são previsíveis. O único ponto verdadeiramente positivo em relação a ele no livro se dá no momento em que o autor coloca em cheque a possibilidade de Richard estar simplesmente maluco.

Por isso, quem realmente dá show no livro de Gaiman é a própria Londres-de-Baixo. Todo um universo oculto de nós por um véu de ignorância e descaso. Desde os ratos e pombos que vivem de nossos restos até o mais famoso dos mendigos e lunáticos que habitam os recantos escuros de nossas grandes cidades, todos eles fazem parte de um lugar parcialmente victoriano, recheado de lendas e motivos próprios que os habitantes ocupados com seus trabalhos e compromissos jamais poderiam suspeitar.

Como conto de fadas moderno, Lugar Nenhum cumpre seu papel de ser fantástico, bonito e muito bem escrito. Várias das idéias colocadas no livro são ótimas e levam nossa imaginação ao limite na busca de novas possibilidades, lugares e nuances. Um livro muito bom cujo único pecado foi embasar-se demais no estereótipo de homem comum e explicar de menos as pessoas que realmente fizeram a história. Mesmo que a intensão desde o começo não tenha sido explicar demais para permitir que a fantasia ganhasse força, ao fim fica uma sensação de que "podia ter sido melhor".
Carla 28/03/2013minha estante
Vou procurar esse livro, no entanto, eu acho interessante o fato de ter focado no estereótipo de homem comum acho que isso funciona bem afinal estamos tragados por estereótipos e muito de nós queremos fugir deles, e, penso, pelo que escreveu, que é isso que Gaiman faz...essa ruptura que muitas pessoas comuns buscam, mais ou menos, na linha do homem absurdo ou o filme O incomodado, isso me instiga...


Danicidreira 12/04/2013minha estante
Quando terminei o livro fiquei com essa mesma sensação: podia ter sido melhor...
talvez seja por causa da comparação inevitável com os personagens de "Sandman".




Mirian 16/09/2020

Mundos paralelos
Esta leitura dá impressão de que realmente existe o mundo de cima e de baixa. Que podemos segurar a maçaneta de qualquer porta e imaginar uma outra realidade, com incontáveis formas de vida.

E que as vezes é bom deixarmos de ser 'normais'

Que existe um lado fabuloso de viver, mesmo com as peripécias.
Leitura e . 16/09/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... tem sorteio rolando lá... te espero ...?
Obrigado.
@leituraeponto




Gualberto 09/05/2020

É o tipo de livro que quanto mais você lê, mais você se questiona: o que ta acontecendo aqui, gente?
É um universo peculiar, típico de Neil Gaiman mesmo.
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