Rakushisha

Rakushisha Adriana Lisboa




Resenhas - Rakushisha


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Tito 15/07/2013

Uma pequena e delicada fraude, exata em sua delicadeza.
Larissa 17/12/2013minha estante
Se referindo a qual obra? Eu gostaria de saber.




Thea.Marchesi 14/08/2020

É....
Achei uma leitura bem trabalhosa e que se perdia muito em pensamentos que julguei desnecessários e que não acrescentavam tanto a história. E a gente não sabe o que aconteceu com o marido ou que fim Haruki teve. Este último terminou o livro da mesma forma que começou. Não consegui me evolver com os personagens nem com a história

Não é meu estilo de livro, definitivamente.
() 06/02/2022minha estante
SPOILER - A autora dá a entender que houve um rompimento com o marido porque a Celina o culpava pela morte da filha Alice. Mas eu concordo com você, o livro se perde demais e não resolve nada no fim.




Paula 01/08/2009

Um Haikai
"Aquele mito de se tratar de algo que nunca se esquece não passava disso: um mito. Quase tudo era passível de ser esquecido. Muitas outras coisas insistiam em não ser esquecidas. E assim a memória seguia como subalterna do coração" pá. 115

"Essa é a verdade da viagem. Eu não sabia.
A vida nos ensina algumas coisas. Que a vida é o caminho e não o ponto fixo no espaço. Que nós somos feito a passagem dos dias e dos meses e dos anos, como escreveu o poeta japonês Matsuo Basho nun diário de viagem, e aquilo que possuímos de fato, nosso único bem, é a capacidade de locomoção. É o talento para viajar". pág. 125

"A viagem sempre é pela viagem em si. É para ter a estrada outra vez debaixo dos pés. Há sempre um E SE em algum lugar". pág. 82

"Haveria como guardar para sempre uma pessoa dentro dos braços de uma noite específica e das noites seguintes, poucas, insuficientes, guardar essa pessoa no aconchego de travesseiros e cobertas, no interior pulsante de um quarto, entre o disfarce de quatro paredes.
Dentro do desejo se estenderia o tapete da materialidade. Nenhum anjo do apocalipse, falso ou verdadeiro, viria incomodar, porque os anjos estariam ali mesmo e seriam de carne, osso e sexo, com asas dobradas, capazes de operar a queda invertida: do inferno ao céu" pág. 37
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Ju 22/02/2010

Primeiro livro de muitos que pretendo ler da Adriana Lisboa.
Uma literatura pontual, convincente, carismática, diferente e linda.
O livro passa uma mensagem maravilhosa de evolução através de metáforas, lirismos extraordinários e brilhantes.

"...é preciso ter pequenas metas. Um pé depois do outro."
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*Carina* 08/03/2011

Guia de viagem: um pé depois do outro.
Guia de viagem
do outro e de si mesmo
numa só embalagem.

Esse rascunho de HaiKai é uma tentativa de homenagear a Adriana Lisboa e esse livro que na verdade é um longo poema que fala de viagem, amor, acaso e tudo mais de importante que existe na vida.

Logo no começo do livro Adriana fala sobre o andar: um pé depois do outro. E assim segui com ela todos os capítulos, lendo, vivendo e sentindo cada palavra escrita, uma após a outra. E terminei a leitura pensando: essa simplicidade do "um pé depois do outro" é algo que me custa tanto. Sinto uma enorme dificuldade em me deixar levar sem saber aonde o caminho me levará, e em aceitar que é o caminho, e não o destino final, o que realmente importa.
A viagem de Celina e Haruki ao Japão é, na verdade, como aliás toda viagem, uma jornada para dentro de si. O caminho dos dois se cruza e a partir daí tudo acontece em "quase-sustos, um grande por acaso com cacoetes de gestos definitivos" como Adriana escreve tão bem. E a sensação que me ficou foi que tudo na vida é assim. Nós é que não suportamos, e tentamos, sempre, remover o acaso e a fragilidade de cada decisão tomada, pensando que assim construímos um caminho mais seguro. Mas não há segurança; o destino final muda à cada passo dado. E, se é assim, só nos resta caminhar, um pé depois do outro, e apreciar a paisagem.




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Hase 14/06/2011

Para sentir...
Uma grata surpresa! É um daqueles livros que a gente começa a ler sem muita expectativa e acaba se apaixonando. Conta a história de um casal que viaja ao Japão ao mesmo tempo em que iniciam, cada um, a sua própria viagem interior. A Adriana Lisboa consegue desenvolver uma narrativa muito leve e ao mesmo tempo carregada de sensibilidade.
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Cláudia Matta 23/11/2014

Uma escrita delicada
A palavra “Rakushisha” significa “Cabana dos Caquis Caídos” é um local onde residira o poeta japonês Mukai Kioray, discípulo de Bashô, um mestre do haicai que viveu entre os anos de 1644 e 1694.

Haruki é convidado para ilustrar a tradução de uma obra clássica japonesa, "O diário de Saga", de Matsuo Basho. Diante desse desafio, resolve passar um tempo no Japão.

Às vésperas da viagem, seu destino se cruza com Celina, em um vagão de metrô, na cidade do Rio de Janeiro. Por impulso, convida Celina para ir com ele ao Japão, e ela aceita.

Inicia-se assim, a viagem de duas pessoas pela busca interior, pelo entendimento de suas dores.

O livro é excelente. Lindíssimo. Vale a leitura.

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GH 02/04/2015

Viajando sem bagagem; só a lembrança...

Em Rakushisha, admito que fui surpreendido. Acho que nunca li um livro assim, tão... diferente. Mas no bom sentido, felizmente. Pela sinopse achei que seria outra coisa, talvez um romance clichê onde o destino juntou duas pessoas e viveram felizes para sempre, mas (felizmente, novamente) não. Aqui encontramos um cara, mais especificamente Haruki, um desenhista carioca, que, ao tentar ler um livro em japonês dentro do metrô atrai a atenção de uma moça, a Celina. Após esse fato ambos se conhecem, tomam um café e Haruki a convida para ir viajar com ele. Em meio de tantas dúvidas e vários ''e se'', ela aceita.
Ai que o livro começa a ficar interessante, pois através da narrativa lirica, ora melancólica, ora poética, conhecemos mais do Japão, com suas peculiaridades já conhecidas e mais de seus personagens, onde cada um conta seu dia a dia no país do sol e relembram, as vezes com felicidade, tristeza, nostalgia ou amargura, seus bons momentos na vida.

Nada é tão agradável quanto a solidão. O Eremita Chõshõ escreveu: ''Se um hóspede encontra paz pela metade de um dia, o anfitrião a perde pela metade de um dia.''
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Carolina 11/08/2015

Sutil
Livro de uma delicadeza que dói. Cada palavra tem seu devido lugar neste lindo romance.
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lorena.ja 20/07/2018

Sensível e único
Este é o segundo livro da Adriana Lisboa que eu leio. Como sempre uma escrita única e extremamente sensível. Nesta estória ela consegue transpor a delicadeza da cultura japonesa em duas histórias de vida que se encontram e correm paralelas. É maravilhosa a escrita dela. Diferente. Sensível. Única.
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regifreitas 23/01/2019

Dois desconhecidos se cruzam no metrô de Botafogo, no Rio de Janeiro. Ele – Haruki – desenhista, será o responsável por ilustrar a tradução da primeira edição brasileira de um diário, escrito nos arredores da cidade de Kyoto, pelo poeta japonês Matsuo Bashô, nos últimos meses de vida do poeta. Ela – Celina – uma artesã, vive de confeccionar bolsas de tecido personalizadas. Celina, curiosa, aborda Haruki para saber se o estranho livro que ele leva nas mãos neste dia está escrito em japonês ou em chinês.

Um rápido diálogo, e um convite: irem ao Japão, onde Haruki buscará inspiração, percorrendo os caminhos trilhados por Bashô, e onde Celina reaprenderá sobre a importância do andar, das viagens e de seguir em frente.

Dois personagens meio sem rumo, levando consigo dores do passado, que só aos poucos vão sendo desveladas para o leitor.

São três os pontos de vista mostrados ao leitor: o de Haruki, o de Celina, e de Bashô, através do seu diário. A prosa de Adriana Lisboa é delicada, elegante e precisa, sem excessos, profundamente intimista. Contudo, para mim, a autora peca em desenvolver muito pouco a relação entre Haruki e Celina. A interação entre os dois personagens é muito breve. Ambos estão em uma viagem de autodescoberta, na qual cada um tem que lidar, quase individualmente, com seus fantasmas. Dois recortes de vida que se comunicam e convergem muito superficialmente.

O que, afinal, aproxima esse dois personagens, além dessa tristeza que os liga, ao ponto de eles empreenderem, juntos, uma viagem para o outro lado do mundo? Sabemos sobre ele. Sabemos sobre ela. Mas pouco sabemos sobre os dois juntos.
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Gio 20/06/2019

"A vida é o caminho e não o ponto fixo."
Esse livro contém momentos belos e intensos de uma forma triste e profunda. Ele acaba sendo bem repetitivo, a escritora preferiu alimentar um suspense durante a história e foi matando a fome somente no final do livro. Não digo que não gostei do livro, pois gostei muito da leveza da história, das situações, das personagens, é um cotidiano, uma história de cotidiano mesmo, de superação, de como levar a vida, de como dar sentido a ela perante tantas situações inevitáveis, para mostrar que nunca chegaremos a controlar a mesma, apenas precisamos viver. Posso dizer que esperava um final um pouco mais definitivo, que esclarecesse em si o que estava acontecendo de verdade, mas acabou se revelando o cotidiano, uma história que ainda não terminou.
Em suma é um ótimo livro, uma leitura rápida, com uma profusão de profundidade e leveza ao mesmo tempo, um livro bem escrito, as palavras sempre bem utilizadas.
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Tatiane 01/09/2019

Uma mesma resenha para dois livros de Adriana Lisboa.
Pertencimento e identidade são dois temas que me parecem caros a Adriana Lisboa. Senti-os bem fortes em "Rakushisha", que acabei de reler, e em "Todos os Santos", livro que saiu do forno agora em agosto de 2019.

"Qual é o lugar que eu ocupo no mundo? Tem nome, esse lugar? Tem dimensões? Altura, largura, profundidade? Será um som, apenas, ou um gesto, ou um cheiro, ou uma possibilidade nunca explorada?"(Rakushisha, p. 134)

Nas duas histórias, as personagens centrais buscam refazer suas vidas e ressignificar suas histórias depois que elas são brutalmente interrompidas com uma perda irreparável. As tramas são distintas, os espaços também, mas a dor da perda e a busca pelo preenchimento de algo que se despedaçou é da natureza humana e é universal. Adriana Lisboa enquanto escritora tem uma capacidade ímpar para conduzir seus narradores a nos fazerem sentir e refletir sobre essas dores.

Em "Rakushisha", vemos que o processo é longo e eterno, "para andar, basta colocar um pé depois do outro. Um pé depois do outro." (p. 11) e que "A viagem nos ensina algumas coisas. Que a vida é o caminho e não o ponto fixo no espaço. Que nós somos feito a passagem dos dias e dos meses e dos anos, como escreveu o poeta japonês Matsuo Bashö num diário de viagem, e aquilo que possuímos de fato, nosso único bem, é a capacidade de locomoção. É o talento para viajar." (p. 187)

Em "Todos os Santos", Vanessa luta contra o vazio desde a adolescência até sua vida adulta, em relações que perpassam o parentesco ilusório e a amizade marcada por traumas, dores e não-ditos.

Nas duas histórias, porém, no processo de descoberta de sua própria identidade, as personagens principais, duas mulheres também narradoras, Celina (Rakushisha) e Vanessa (Todos os Santos), questionam suas vidas e os acontecimentos que as levaram aonde naquele momento se encontram. Ambas se perguntam algumas vezes: "E se"?

"E se eu não voltasse? E se o ônibus, uma chuva, as águas, um motorista com sono, uma curva qualquer, e se?" (Todos os Santos, p. 55)

"A viagem sempre é pela viagem em si. É para ter a estrada outra vez debaixo dos pés. Há sempre um E SE em algum lugar -
E SE eu não tivesse vindo para Kyoto com Haruki,
E SE Haruki e eu tivéssemos entrado em vagões diferentes de metrô,
E SE não estivesse chovendo naquela tarde,
E SE eu não tivesse visto o livro nas mãos dele,
(...)
E SE a viagem fosse outra viagem." (Rakushisha, p. 124-125)

Ambos os livros precisam ser lidos com calma. Eles exigem sensibilidade e reflexão. Estou encantada com tudo que li até agora dessa escritora nascida no Rio de Janeiro e da minha idade.
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Luiz Gustavo 13/08/2020

O título desse romance remete a um local turístico de Quioto, que poderíamos traduzir como “Cabana dos caquis caídos”, criado por Mukai Kyorai, discípulo de Matsuo Bashō, o grande mestre do haiku (uma forma curta de poesia). Foi o primeiro romance que li da Adriana Lisboa, e a impressão que ficou quando o li foi a de que é um livro de grande sensibilidade poética. O enredo da narrativa não é tão importante quanto as emoções que são suscitadas pelas figuras de linguagem utilizadas. O livro foi escrito com o auxílio de uma bolsa de pesquisa da Fundação Japão, e é claro que a cultura japonesa está presente do início ao fim da narrativa, mas o que mais chama a atenção é o tema da viagem, que sugere reflexões que vão muito além das referências culturais e/ou geográficas. Mais significativa do que a viagem que a escritora e seus personagens fizeram ao Japão, é a viagem interna que os protagonistas do romance, Haruki e Celina, esta principalmente, fazem internamente, desvelando memórias e sentimentos em busca daquilo que é mais essencial. Há muita intertextualidade com os escritos de Bashō, tanto suas poesias quanto seu diário, e a autora parece ter se deixado inspirar pela sensibilidade japonesa, que apresenta o mais banal com muita delicadeza, com imagens que preenchem o cotidiano de poesia, como “o instante que se desmanchava, colher de sal dentro d’água”. Tenho diversos trechos do livro destacados, e me lembro de comentar com algumas amigas o quanto a leitura me deixou impactado, reflexivo e um pouco melancólico. É um romance belíssimo.
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