joaoggur 30/06/2021
Montagem boa para final tão merda, desculpa a palavra.
Vi muitos posts no Instagram relacionados ao livro ?O Homem de giz?. Todos, e tenho quase certeza que não teve excessões, eram constituídos de bençãos e veneração positiva ao livro, dizendo que a história é muito boa, e um final surpreendente. E eu, influenciado pela maioria (e por uma amg minha, mas isso é outra história), decidi ler o livro na qual passo esta madruga confeccionando a resenha.
Eddie (nome familiar, nao?), Gav Gordo, Hoppo (apelido diretamente do mito Anthony Hopkins), Mickey e Nicky (na qual todos os meninos tem uma paixão infantil) sao amigos de uma pacata cidade do interior da Inglaterra, uma cidade tranquila, mas um acidente na roda gigante muda tudo: lá, somos apresentados ao Sr. Halloran, o novo professor e morador da cidade. A partir dali, vários acontecimentos mudam a vida das cinco crianças; e uma delas.... é o aparecimento de um corpo. E um crime de solução sem pé nem cabeça.
Como talvez alguns ja perceberam, a história é uma clara homanagem a It, a coisa. Inúmeros elementos do it estão presentes aqui: os garotos terem uma paixão pela Nicky (que além de semelhança nos longos cabelos ruivos, tbm tem um pai digamos.... abusivo), semelhante a Berverly, os garotos sempre estão brigando entre si e tem Gav Gordo como líder (como Bill Denbrough). Não quero dizer que, por causa disso, a obra é ruim: longe disso. Ela só é uma clara homenagem: uma homanagem a It. E eu gostei bastante disso, mas aí vai a minha primeira crítica: eu achei que, no propósito de homenagear o premiado livro do King, a autora exagerou muito... e ficou forçado. Não forçado, mas como se fosse arrastado, muito só no propósito de homenagear. E isso o livro peca MUITO: tem parte extremamente induzidas, forcadas. Um erro, em minha opinião.
(SEM SPOILERS)
Outra coisa que não gostei foi o desfecho da história. Não irei contá-lo, pois não gosto de fazer resenhas com spoilers (mesmo com a opção de avisar aqui do Skoob), mas resumindo, eu realmente não gostei. Pelo menos motivo do paragrafo anterior: achei um final extremamente forçado. Até diria que foi surpreendente, confesso, mas foi uma surpresa forcada, como se autora estivesse querendo de todas as maneiras possíveis criar uma reviravolta. Ah, e ainda no tópico de reviravoltas, eu senti q autora queria porquê queria colocar inúmeras ?mini reviravoltas? durante todo o livro: em vários capítulos, eles terminam com uma revelação, que será apenas explorado dois capítulos seguintes.
Um fato que devo elogiar foi a montagem do livro: ele foi bem pensado, bem planejado e bem executado. A autora mescla capítulos de 1986 (quando aconteceu o fatídico acontecimento) e de 2016 (quando Eddie, já adulto, procura por respostas), e isso extremamente bem feito, pois além de não ficar confuso, consegue nos prender: quando mais eu lia, mas eu queria resolver a história. Talvez esse foi o grande motivo d?eu não ter gostado tanto do livro: ele é um livro muito bem montado para um final tão sem graça. E além de um final sem graça, ele termina com várias pontas não soltas, mas que foram muito forçadas e corridas, só não para não ficar em branco.
Para aqueles q gostam de certo mistério, até vale a pena. Mas saibam q o final é um pouco frustrante e, todo esse aclame em cima deste, não passa de uma hiper valorização, uma superestimação.