Luxcorvere 08/02/2023
A primeira coisa que eu gostaria de perguntar a pessoa que disse que o livro era queerbainting: Mana!? Você tem problema?
Um livro sendo da época que era, era bem explícito o q de romance ente Carmilla e Laura, mesmo que esse não fosse o objetivo principal do livro.
Enfim, deixando a gracinha de lado, agora vamos ao que interessa: Carmilla é um dos poucos livros que eu já li que já me fascinaram e a estória me prendeu bem em cheio. Devo dizer que um dos melhores que eu já li, se não o melhor ( Perdão Papai Jay Kristoff, perdão!)
Laura era uma personagem feita para o interesse de Carmilla, ingênua, criada sobre as asas do pai e de suas "babás" o que me irritava um pouco nela, era realmente a questão de sua inocência, tudo era muito novo, muito estranho e às vezes fugaz a ela, mas enfim era uma personagem sem olhos para a maldade, de tal modo que mesmo assim ela ainda consegue ser uma personagem agradável e bem colocada na narrativa!
Carmilla? Essa querida era o cão, mentia na cara dura e os queridos " oh, é mesmo, ela é sonâmbula!" Amei Carmilla do começo até o fim, jurava que ainda seria um final diferente do que imaginei na minha cabeça, porém não tinha como ser outro.
Não sei se Carmilla é considerado um Clássico, mas se não for, deveria. A morbidez que Carmilla trás ao seu semblante de vampira, os sentimentos doces e amargos de uma vida centenária e ao mesmo tempo ( talvez ) o amor que ela tinha aquela vida.
A única coisa que fiquei realmente curiosa o tempo todo era sobre a mulher que a acompanhou e quem ela era, algo que nunca foi dito depois de tudo, o mistério que ela deixou para trás, pra mim foi uma lacuna enorme no livro.
Em questão ao livro em um todo, tenho que dizer que para aquela época, é algo totalmente ousado, o erotismo que Carmilla trás ao se declarar várias vezes para Laura, a forma como Laura se sente por Carmilla, sendo algo que na época era algo estranho e questionável, no entanto trás para nós a primeira vampira lésbica ( ou Bissexual!?) Do mundo vampiresco.
A descrição de todo o cenário trazendo ambientes góticos e de escultura, pinturas e até mesmo vestimenta e arquitetura gótica é fascinante, aquele que não apreciou tais coisas, provavelmente não é cativo de detalhes.
Outra coisa bem visível é a inspiração para criar Drácula, a forma como as pessoas era cativas da fé e como ao mesmo tempo eram descrentes é claramente Jonathan pensava das pessoas do povoado " bando de pessoas cheias de crença" o jeito como ele nunca levava para algo mortal ou até mesmo como lendas e mosntros, são os personagens como pai de Laura era, até certo momento da estadia r Carmilla em sua casa.
Imagino que um livro escrito em 1872, trouxe mais do que poderíamos esperar com livros que lemos na atualidade.
Uma escrita impecável, um desenvolvimento muito bom e totalmente impossível de não gostar, Carmilla conseguiu de toda forma me cativar e me deixar fascinada pela leitura.
Para aqueles que criticaram, um livro de, 1872 comparando a livros atuais que hoje parecem ter sempre a mesma fórmula, um desenvolvimento ruim e cheio de furos em roteiro, com personagens questionáveis e duvidoso, que em sua maioria gabaritaram o código penal ou simplesmente só são ruins mesmo, a única coisa que tenho a dizer é: Melhore como ser humano e procure consumir livros melhores!