Resenhas - Canção de Ninar

K.G | @kennedy guedes 23/03/2018

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ENTAO EU LI CANÇÃO DE NINAR... E PACEIRAS SERÁ QUE NA FRANÇA NÃO EXISTE XAMPU?

Começando os thrillers de 2018 com o curtíssimo, canção de ninar, diretamente da França.

Aqui nos temos um casal que está vivendo um momento conturbado, Miryan então decidi voltar a advogar e pra isso precisam de uma Babá. Depois de muito procurar eles encontram Louise (Ou será que Louise os encontrou? ) ao que parece a Babá perfeita.

O LIVRO COMEÇA COM UM PROLOGO VIOLENTO, banhado de sangue, LOGO DE INICIO VOCE SABE QUE ALGO TERRIVEL ACONTECEU, E É IMPOSSIVEL LARGAR ATE CHEGAR AO FIM.

O que mais me chamou e que os personagens são descritos com ? CABELOS SUJOS, DUROS OU ENGORDURADOS? Caralho será que não existe xampu na frança? Um sabaozim de coco talvez?. Já nao quero mais crush frances kkk

Eles são bem amargurados, a atmosfera e tensa, VOCE FICA ANSIOSO PRA CHEGAR NO DESFECHO, E ENTENDER O QUE LEVOU A SITUAÇÃO INICIAL. A escrita é fluida, o tipo q te prende durante quase todo o livro.

A narração 100% em terceira pessoa me incomodou, queria ver alguns pontos de vista em 1a. o livro intercala entre o presente e o passado do trio protagonista, apresentado por algumas pessoas que fizeram parte dele.

Esse livro tem uma energia MUITO parecida com ? Até você ser minha?, Uma babá, bebes, gravidez, sangue e violência? Não que seja parecido, mas tem a mesma vibe. Eu to muito de sentir a ?vibe, energia, atmosfera? dos livros, será esse meu super poder, finalmente estou virando um X-men?

A historia pra mim DESANDA UM POUCO NO FINAL, DE REPENTE, PÁ, ACABOU O LIVRO. Eu cheguei no final e pensei ? O QUE?? ESSE LIVRO DEVE TA FALTANDO PARTES?. Apesar de TER UM FINAL, acontece de forma muito repentina, parece que a autora cansou de escrever o livro e falou ? QUER SABER, VOU TERMINAR LOGO ESSA BAGAÇA, CANSEI? num capitulo a personagem ta indo pra casa de carro, no outro a autora conta o final e o livro acaba.

Com isso eu fiquei meio decepcionado, poderia ter sido melhor trabalhado. Ficou muito abrupto, muito PÁ, ACABOU, QUEM GOSTOU BATE PALMA QUEM NÃO GOSTOU PACIENCIA.

Serio, o livro tem menos de 200 paginas, leiam, e me digam se tiveram a mesma sensação.


Agora tenho um IG Literario onde deixo la um monte de indicações ( ou nao kkkk) se quiserem dar uma olhada! todas as resenhas saem primeiro por la, alem de conteudo exclusivo.
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Mari M. 02/08/2018

Conselho:já tire da sua lista.
Esperava por um suspense incrivel, uma angustia revoltada na garganta, mil e uma possibilidades.No entando a história é óbvia e sem surpresas, fraca, morna, li arrastada na esperança de uma virada! Não entendi pq o livro foi tão amado por alguns...mais uma vez acho incrivel como somos diversos em gostos e TEM quem vá amar algo que pra mim foi tempo perdido.

Marlonbsan 10/02/2020

Canção de Ninar
Myriam é mãe de duas crianças pequenas e aparece uma oportunidade para voltar ao trabalho num escritório de advocacia. Após certa relutância por parte de Paul, seu marido, eles começam a procurar por babás e encontram Louise, que é muito educada, metódica e dedicada, ela se dá bem com as crianças, limpa a casa, faz hora extra sem reclamar, ou seja, a babá perfeita. Com o passar do tempo, a relação de dependência entre eles faz com que ocorra algumas frustrações até que uma tragédia acontece.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos os personagens de forma alternada, não há demarcação de capítulos por número, mas sabemos quando eles acabam. O livro é bem escrito, mas achei descritivo demais nas ações, o que trava a progressão narrativa como um todo, apesar de ter só 192 páginas, daria facilmente para reduzir pela metade e ainda passar a mesma história.

Logo no início é contado o desfecho do livro, o foco passa para entender os motivos para chegar até lá, podemos julgar os atos? Com certeza. Os motivos eram suficientes para as ações? Aí não podemos dizer, claro que há prerrogativas, mas o que faz chegar nesse ponto? Quando se trata do caráter psicológico dos personagens, a sua construção define se são ou não capazes de tais ações, havia um ar de obsessão, com tendências mórbidas, mas mesmo assim ainda parece que foi sem motivações suficientes.

A história em si é confusa, há troca entre presente e passado e traz informações não tão relevantes e até mesmo desinteressantes, que faz o livro se tornar enfadonho. Os pontos positivos ficam na questão familiar, tão importante nos dias atuais, nas dificuldades de se criar filhos, de conciliar emprego, rotina e conseguir dar atenção às crianças. Ter filhos é uma responsabilidade imensa e nada fácil.
Como no início já é contado o final, não há muita coisa pra se esperar do livro.

Foto e resenha no meu IG @marlonbsan

Yuri Rebouças 10/05/2018

Que livro viciante!
Ignorando completamente a máxima "nunca julgue um livro pela capa", o Canção de Ninar me pegou de jeito com essa capa linda e minimalista antes mesmo de saber sobre o que se tratava a história. Quando li a sinopse, então não teve escapatória, eu PRECISAVA ler esse livro urgentemente!

Canção de Ninar, o segundo livro da autora marroquina Leila Slimani já nos conquista no primeiro parágrafo ao iniciar a história com uma impactante tragédia. Ela é direta em sua escrita e não nos dá tempo de refletir sobre os eventos que se sucedem porque a cada instante acontece algo novo e chocante ou uma informação inédita nos é jogada para decifrarmos o quebra-cabeça dos personagens e cenários muitíssimo bem desenvolvidos.

Decidindo introduzir a trama pelo final, somos então jogados em uma cena de crime desesperadora (isso não é spoiler, está na contracapa do livro) onde duas crianças foram brutalmente assassinadas e a principal suspeita é a sua babá, o que parece algo incoerente, afinal a doce e aparentemente perfeita Louise parecia a mulher ideal para cuidar de crianças.

Adam é um bebê de colo e Mila não tem mais do que quatro anos, e ambos se encantam por Louise assim que ela ocupa o cargo, se tornando uma presença tão poderosa na casa que em diversas vezes Myriam, a mãe das crianças, se sente incomodada como se estivesse perdendo o seu lugar ali. A primeira cena do livro onde é descrita através de uma análise policial o momento em que encontraram os corpos de Adam e Mila é desesperador, e ainda mais quando ouvimos os relatos sobre o estado enlouquecido da mãe ao descobrir que os filhos foram assassinados.

Canção de Ninar é um livro intenso e trabalha claramente assuntos como preconceito e classes sociais, que na história tomam contornos ainda mais fortes. Os capítulos são narrados em terceira pessoa e isso nos dá um certo afastamento da trama, como se ouvíssemos os relatos através de uma notícia e fazemos então os nossos próprios julgamentos enquanto mantemos distância dos personagens. A maioria dos capítulos apresentam o plano de fundo da própria Louise, como ela chegou ali, os seus problemas financeiros e a vida desestruturada quando não estava na casa dos patrões, e a sua transformação de babá perfeita (no momento em que foi contratada) até uma mulher assustadora e intimidante.

Um detalhe assustador é que o livro é baseada em um crime real, o que torna o choque de realidade da leitura ainda maior. A história é tão viciante que eu li em um único dia, e o jeito como a autora nos conduz de maneira não-linear também torna a trama um suspense desesperador, MAS (e esse é um "MAS" em maiúsculo com negrito porque eu fiquei realmente com um "hã???" gigantesco na cabeça) o final foi decepcionante! Parece uma conclusão desesperada e forçada como se a autora estivesse com pressa de terminar a história e o desfecho se tornou algo vago, sendo que a construção da narrativa pedia um final surpreendente. Como eu disse antes, a autora inicia a história com a cena final onde os corpos das crianças são encontrados, e talvez por isso ela tenha ficado sem cartas na manga.

site: www.yurireboucas.com

David 25/07/2018

O silêncio que tudo diz
Assim como um músico trabalha com a mistura dos sons com o silêncio, Leïla Slimani escreve como música.
Em “Canção de Ninar” ela tem uma história que pode, aparentemente, ser resumida em poucas linhas. Mas, para conta-la, a autora não recorre a malabarismos estéticos grandiosos ou mesmo a um tom exageradamente sombrio. Nem é o suspense o que prende o leitor, dado que o fim da história é o começo da narrativa. O que move o livro é o que o texto não diz. Tudo que importa está no silêncio, no que foi deixado por dizer, no subentendido do que nos foi apresentado.
E a escolha por esse artifício é ideal, já que algo parecido acontece com os temas que permeiam a obra: a xenofobia, o machismo, o preconceito de classe. São comportamentos muitas vezes velados, implícitos. Estão tão enraizados na estrutura social que “meia palavra basta”.
Com uma terceira pessoa onisciente, a autora descreve apenas o suficiente para que consigamos entender que sua crítica (e questionamento) vai muito além do casal Massé ou da babá Louise. Ou melhor: nem os atinge, visto que são apenas espelhos da nossa realidade.
“Canção de Ninar” é o silêncio que precisa nos incomodar.

Adri_Alline 04/09/2018

Faltou o final
O livro é tenso, a narrativa prende, é um livro sombrio, mas... nao tem final!
Quando acaba a gente acha que perdemos as ultimas folhas.
Ficam muitos porquês, além disso, de uma puta narrativa e historia boa, dava pra ter um final fodastico.
Mas sei lá, eu gostei. Não me prendo apenas aos finais. Gosto de analisar o livro todo.

Maria 18/05/2021

A alma alheia é escuridão
Vencedor do Prêmio Goncourt, um dos mais importantes prêmios literários da França e que premiou obras de autores renomados como Proust, Beauvoir, Modiano e  Houellebecq, “Canção de Ninar”, escrito por uma franco-marroquina que, até então, tratava-se, para mim, de uma ilustríssima desconhecida, atraiu-me, inicialmente, pela temática. Apaixonada pelos clássicos desde sempre, senti aquela “fisgada” ao ler a sinopse. E...por que mesmo? Sabe aquele contista russo brilhante chamado Anton Tchekhov ? Pois é. De imediato, lembrei -me de um dos meus contos favoritos do gênio russo, Olhos mortos de sono: a tragédia anunciada que encontra amparo em uma existência onde a miséria; solidão; a completa subalternidade que,”inexplicavelmente” se tranforma em seu oposto, uma rebeldia que ultrapassa a insanidade.

Bem, obtive tudo o que queria do livro. E mais. Se você é um estudioso ou curioso acerca da psicanálise e ouviu, ainda que vagamente, sobre o famoso caso das Irmãs Papin, estudado por Lacan em sua tese de doutorado sobre a paranoia, certamente encontrará pontos de identificação/inspiração na construção da trama.

Palmas para a autora na execução dos capítulos. Poucos conseguem criar uma história de tamanha riqueza psicológica com a objetividade com que “Canção de Ninar” foi construída. Capítulos curtos e intensos, períodos breves e cortantes e, tcharam, o melhor: ela nos permite avaliar as ações, emoções, sensações e encontrar as respostas naquilo que não é dito, naquilo que não é feito, naquilo que não é, em suma, jamais revelado.

Poderia dizer Clarice acerca de Louise: possuía uma consciência tão inconsciente de si mesma que, por isso, se obedecia cegamente.

Aos leitores que busquem “respostas prontas” e “finais fechados”, procurem outro livro, talkey?

Aos que romantizam a maternidade: idem.

E aos que não conseguem entender que os seres “socialmente invisíveis” são muito mais complexos do que se espera/deles, ibidem.

fev 13/01/2021

Não é possível. Deve estar faltando alguma parte desse livro. Não curti a escrita e não achei nada de thriller. Aliás, achei bem fraco nesse sentido. O livro só narra coisas cotidianas com um ou outro episódio que faz você duvidar do caráter da babá. Não valeu a pena insistir na leitura.

Werllen.Rubio 05/09/2019

A decepção do ano?
Bom, esse livro foi a minha pior leitura do ano. A escrita da autora é péssima, a história não anda para frente, é muito confusa e muitas situações são sem sentido.
O livro praticamente não tem final, não nos explica as motivações do crime, o final é aberto.

Isa 13/12/2019

achei que o livro não desenrola, fica sempre naquela mesma rotina de babá e quando o crime é feito, o livro não se aprofunda em apresentar o motivo e nem a autora do crime, e o livro acaba do nada.

marisa13 05/09/2021

No começo tava ruim, no final parecia que tava no começo
Não vale a pena, se fosse pra definir em uma palavra seria ?irrelevante?. Duvido que vou lembrar alguma coisa desse livro daqui uma semana (tomara).
Na tentativa de desenvolver os personagens a escrita fica maçante, sabemos muito sobre eles e você até consegue se importar um pouco com a história por causa disso, mas é chato? As discussões sobre xenofobia, sexismo e a arrogância da burguesia / classe média são legais, apesar de rasas. No que o livro peca mais é no que se propôs a fazer, ou seja, no suspense. Muita encheção de linguiça pra falhar na parte que todo mundo espera. Quando leio esse tipo de obra é com a esperança de me surpreender, caso não aconteça, espero ao menos que a leitura seja interessante. A motivação para o crime foi tão ????? sei nem o que dizer além disso. Apenas que não vale a pena, é esquecível. Melhor optar por alguma outra coisa.

Marina 12/01/2019

Motivo, cadê?
Sim, sei que existem milhares de pessoas que amam esse livro. Que bom! Gostos são diferentes mesmo e é isso aí. Mas quero deixar aqui minha opinião sincera, que acabou sendo contrária a de várias que vi antes de começar a leitura, já que cheguei até esse livro porque vi uma booktuber citá-lo entre suas melhores leituras de 2018.

Ok, a primeira coisa que devo dizer é que eu adoro programas sobre crimes. Daqueles em que são feitas entrevistas com os parentes da vítima e contratam atores para fazer uma reconstituição de como tudo aconteceu. E temos também a polícia (muito importante!) falando sobre o processo de investigação.

Um dos pontos principais em toda investigação: motivo. Quem iria querer aquela pessoa morta? Por quê? Ou, quando já sabem quem é o culpado, se perguntam: o que ela ganharia com a morte dessa pessoa?

Muitas vezes, nesses programas de crime, pela cena inicial ou pelo título do programa você já sabe quem é o assassino. A questão então é sempre saber o que levou aquela pessoa a chegar a esse ponto. Especialmente quando começam a falar sobre uma pessoa calma, querida, trabalhadora, comum. Uma pessoa que você jamais imaginaria que poderia cometer um assassinato. Então assiste o programa inteiro esperando por AQUELE momento em que as coisas começam a mudar, aquele momento em que a pessoa perde a cabeça.

O que senti nesse livro é que ele era exatamente como um desses programas. Li o livro inteiro esperando chegar esse momento, tentando entender o que teria levado aquela babá aparentemente tão calma a cometer os assassinatos. E, o que me intrigava mais: por que ela iria querer matar as crianças? Afinal, ela só tinha o emprego graças as crianças.

Então eu li, li, li... E AQUELE momento nunca chegou. É isso. Não existe um motivo que faça sentido, não existe um desenrolar em que você começa a perceber que ela está começando a chegar a seu limite. Pra falar a verdade, se alguém estava chegando no limite da paciência era a mãe, tendo que lidar com uma babá dessas.

E é isso. Detestei a história. Achei bem escrita, por isso as duas estrelas, mas sinto que a cena principal desse programa não foi ao ar.

Flávia Pasqualin 06/11/2018

“Ela é nossa empregada, não nossa amiga”
Acho que essa frase consegue captar toda a essência do livro. Não se trata apenas de uma história sobre um crime, mas sim de uma critica a dinâmica familiar da sociedade contemporânea. A relação entre patrão e empregado é dissecada nessa obra.
Louise é uma mulher que ganha a vida como babá. Viúva de um marido que só lhe deixou dívidas, ela nunca pode dar o amor e a atenção que a filha merecia, pois estava sempre ocupada cuidando do filho dos outros. Solitária, ela encontra nas famílias em que trabalha uma válvula de escape para enfrentar as dificuldades da vida.
Louise é a baba perfeita. Louise fica ate tarde. Louise cozinha. Louise costura. Louise inventa brincadeiras. Louise não reclama. Louise é quase parte da família. Louise matou duas crianças...

Regina 31/07/2018

Fraco
Não achei o livro tão bom quanto a propaganda que foi feita. A protagonista é uma pessoa com sérios problemas e ao perceber que vem perdendo o controle da situação toma uma reação drástica.

Luiza.Souza 25/07/2018

Infelizmente não achei tão bom. O livro é cruel de certa forma, tem uma história bem triste e até mantém um clima interessante de suspense, mas me senti um tanto enrolada. Achei o desfecho corrido e sem tanto brilho. Vale até uma conferida, mas não acredito que seja prioridade na fila de leitura de alguém.