Amanda 12/06/2020As vezes só amor não é o suficiente.Eu queria fazer uma resenha bonitinha para esse livro que eu amei tanto. Na verdade, sou suspeita para falar, mas preciso desabafar em algum lugar.
Catherine Pinkerton é uma marquesa muito carismática e gentil, ela sonha em abrir uma confeitaria e poder vender suas tortas e doces para toda a Copas. No entanto, seus pais abusivos são contra seu maior sonho. O que eles mais desejam - e impõem - é que ela se case com o rei e se torne rainha. Cath não quer ser da realeza, muito menos se casar com o rei, um sujeito baixinho e sonso. Ela só quer ter sua confeitaria, e se casar apenas por amor.
Durante um baile, ela acaba conhecendo Jest, o bobo da corte, o homem por quem se apaixona e entrega seu coração. Jest também entrega o dele a Cath e tenta o impossível para ficarem juntos.
Nós torcemos e sofremos por Cath, mesmo sabendo como a história termina, e que infelizmente, nem sempre o amor vence.
O amor de Cath e Jest me quebrou, que romance lindo! O Jest é tudo. Foi uma das coisas que amei no livro, junto com poder rever personagens tão queridos e interessantes, é claro que estou falando do Chapeleiro (antes de ficar louco) e do gato Cheshire.
Esse livro tem muitas frases lindas, daria para escrever um resenha só com essas frases.
Como foi bom voltar para esse mundo louco sob outra perspectiva, antes de ele de fato se tornar O País das Maravilhas e Alice cair na toca do coelho. Desde criança amo tudo relacionado a Alice. A animação da Disney, o livro, o live-action, tudo. Apesar disso, estava com bastante receio do livro não ser bom, afinal, tem que ter propriedade para contar a história de um personagem clássico como a Rainha de Copas. É difícil também criar a construção de um vilão. Bom, preciso dizer que a Marissa Meyer conseguiu, e muito bem.
Ainda não tinha lido nenhum livro dela, me surpreendeu. Achei fantástica a forma como a autora respondeu todas as perguntas, por exemplo "por que a Rainha de Copas não gosta de rosas brancas?" ou então "por que ela gosta tanto de cortar cabeças?" tudo isso e mais acabamos "descobrindo" nesse livro, e mesmo não sendo algo oficial, para mim, enriqueceu e mudou minha experiência com o clássico.
Eu realmente "vivi" nele, sabe? Mergulhei fundo, e as descrições dos ambientes me fizeram imaginar Copas (e Xadrez) direitinho.
É um livro que vou guardar com carinho no coração e que se tornou um dos meus favoritos.