Confissões de uma leitora 17/06/2018minha estanteHá situações, Andrea, que somente iremos entender a dimensão e profundidade qdo passamos por ela. Essa de Luke é uma delas. Nada justifica grosseria, mas, então, relações humanas jamais serão baseadas no 8/80. Sabemos que iremos morrer, aliás, todo dia damos um passo mais próximo da morte, mas no geral abstraímos e fingimos demência para este fato. Mas um diagnóstico de câncer soca essa realidade na cara do paciente de forma crua e cruel, e ainda que hoje haja todo esse avanço na medicina, o sentimento de derrota é o mesmo. Já viu alguém triste, irritada, de mau humor, infeliz e etc, fazer outra pessoa feliz? Já testou alguém qdo está a um fio de perder a paciência? Luke não estava em um momento assim, ele estava assim em todos os momentos... Falta um pouco de compreensão, de senso de realidade de vida. Muita gente ainda vive numa redoma, achando que sua realidade é a única que existe, mas não é.
Luke não ter recebido visitas sendo o garoto mais popular, é uma realidade triste e revoltante e mais comum do que pensa. Muita gente ainda vê o câncer como um atestado de morte, como algo contagioso. Não é todo mundo que aguenta. Muitos por ignorância mesmo. É fácil ser cheio de amigos qdo se está no auge, a prova vem nos momentos tenebrosos. Concordo com a Fabi, penso eu que fora isso que a autora quis mostrar. Claro que vc tem tdo o direito de não gostar ou não concordar. Isso, no entanto, não muda a realidade dos fatos. Eu a aconselharia a ir visitar uma ala oncológica, tomar nota com os pacientes sobre suas histórias... É chocante!