Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Tiago Mujica 14/05/2022

Uma família de retirantes e as dificuldades de seu cotidiano agreste.

A humanização da cachorra (Que tem nome), a animalização da família (Os filhos de Mariano se chamam Menino mais velho e Menino mais novo).

"Você é um bicho, Fabiano”. Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.

Empossado nas constantes tensões políticas da década de 1930, Graciliano escreve essa novela de tom crítico contra o coronelismo e o autoritarismo e as revoluções ressecadas em sua base feito a palma com que se alimenta o gado magro.

Acompanhamos os sacrifícios da família desterrada de sua história e a escassez de palavras para se comunicarem com a sua gente que não se reconhece cega pelo Sol e entre os agentes da família de protagonistas (pai e filhos, especialmente).

Cada personagem é um livro em si. Merece ser lido.
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Daniel.Silva 15/07/2021

Clássico nacional
♡Leitura do lazer♡
Publicado originalmente em 1938, Vida secas está entre as principais obras da 2a Fase do Modernismo entre 1930 a 1945. A obra narra a história de uma família de retirantes que vive situações extremas de seca e fome no ser tão nordestino, composta por cinco membros: Fabiano, um vaqueiro, Sinha Vitória, o filho mais novo, o filho mais velho, juntamente com a cachorra Baleia que na história é humanizada, mostrando um afeto racional muito grande pela família e que nenhum momento a abandona. Juntos fogem de onde estavam e migram de cidade por cidade com intenção de fugir da seca do nordeste e procurar melhores condições de vida em outros lugares. O autor mostra como era difícil a vida no nordeste e o sofrimento que os sertanejos passavam na época muito bem representados na tristeza vivida pelos personagens.
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Lerinha80 20/02/2022

Vidas secas
Clássico da literatura nacional. Graciliano Ramos narra a história do sertanejo Fabiano, homem simples, e sua família. As adversidades e incertezas que assolam esses personagens pela falta de perspectivas de transformação da realidade dentro da sociedade em que vivem é extremamente desoladora. Fabiano passa por conflitos internos em razão de situações que vivencia, sofre pela miséria e por sonhos que dificilmente serão concretizados. Forte crítica social e incrivelmente atual.
Carolina.Gomes 27/02/2022minha estante
????????


Marcos 27/02/2022minha estante
Quero ler em breve




DIRCE 16/04/2022

Necessário
Na verdade, “Vidas Secas” trata-se de uma (re) leitura, mas foi uma releitura tão impactante que me vi “estendida na lona”.
Como um livro que ocupa apenas 134 páginas para narrar a migração de uma família sertaneja ( Fabiano , sinhá Vitória, o filho mais velho, o filho mais novo, um papagaio e a esquálida cachorra baleia(!!??) que sai em busca de um lugar para sobrevivência face a aridez e inclemência do sertão nordestino pode ser tão contundente?
Penso que assim como “Morte e Vida Severina” do grande João Cabral de Melo Neto,” Vidas Secas” é um grito de revolta, face todo um contexto que dita a miséria no nosso sertão nordestino.
Ameaças injustas cercam a família do Fabiano por todos os lados. Temos a aridez do sertão que faz com que a seca mate homens e animais. Temos a autoridade representada pelo soldado amarelo que, ainda contando com a obediência do oprimido ( neste caso o Fabiano), sente prazer em punir injustamente.
Ainda que desprovidos de qualquer perspectiva de um futuro mais digno, Fabiano sonha com uma terra, sinhá Vitória sonha com uma cama de couro, os dois meninos não sonham – vivem na miséria como se não houvesse outro mundo.
Vidas Secas é um livro melancólico, seus personagens são solitários e essas condições torna o leitor também melancólico, mas é um livro tão necessário...

Thiago275 13/05/2022minha estante
Gosto de Graciliano, mas ainda não li Vidas Secas. Seu texto foi tão sensível que me deu vontade de ler o livro o quanto antes.


DIRCE 15/05/2022minha estante
Oi Tiago!
Livros que tratam do sofrimento humano sempre me tocam muito. Espero que leia logo e que goste.


DIRCE 15/05/2022minha estante
Ah! Tiago, se você não leu Vida e morte severina tem uma animação maravilhosa e imperdível no youtube


Thiago275 16/05/2022minha estante
Vou procurar, Dirce! Obrigado pela dica!!




Felipe 26/08/2020

O melhor desconforto
Na década de 30 Graciliano foi preso aqui em Maceió. Hoje Graciliano é rua, é bairro, Graciliano é estátua. Merecido.
Vidas secas é um “Romance desmontável”, o que, pra mim, que prefiro contos a romances, tornou a experiência muito melhor e engrandecedora. Graciliano é um mestre da prosa. Um dos melhores que já vi(se não o melhor). Quantos advérbios você consegue contar no livro? É duro, é seco e áspero. Cada palavra está onde deveria para cumprir sua função. Função essa, Graciliano decidiu que seria: te machucar com a visão fundamentalmente existencialista e crua da realidade. Não é lúdico, não oferece saídas, não quer passar uma mensagem de “tudo vai dar certo se…”. Não quer “mostrar para”, quer mostrar. O narrador é terceira pessoa mas tão personagem como qualquer um dos outros. A crítica é presente desde a distribuição injusta da terra, até a camada de uma visão inocentemente distorcida que muitos temos sobre conhecimento, na qual o conhecimento é visto como a salvação do ser humano. Muitos esquecem, entretanto, que conhecimento por conhecimento não passa de um amontoado de palavras sem praticidade alguma para salvar o sertanejo retirante. Palavras difíceis, “palavras de brancos da cidade” podem não apenas sofrer de uma falta de sentido mas também pender para o perigo.
Fabiano, Sinha Vitória, os meninos e Baleia são os (sobre)viventes antagonizando a natureza e a ordem dos homens(ambos de crueldade similar). Mesmo a faca à cintura e a pederneira no ombro não seriam suficientes contra opositores invisíveis.
A comunicação é quase uma personagem por si. Fabiano e a família mal falam, não tem vocabulário extenso para expressar suas vontades e opiniões. Muito da compreensão vem de gestos, grunhidos, olhares e uma aptidão de sobrevivência que beira o instinto. As palavras do homem branco são pensadas para complicar e muitas vezes “esconder a ladroeira” como lembra Fabiano. Infelizmente a consciência do grupo é perdida na cidade. Fabiano entra em confusão pois não sabe se defender, não tem palavras pra usar. Sinha Vitória se envergonha em certas situações, e os meninos observam e tentam entender “‘Inferno, Inferno.’ Não acreditava que um nome tão bonito servisse para designar coisa ruim”. Ainda assim cada um deles não deixava de ter uma certa admiração pelo desconhecido, uma pontinha de “e se eu fizesse parte disso?” mas o calor, o desprezo dos homens, e as chagas nos pés serviam como âncora da realidade. Fabiano quer se rebelar, quer devolver a violência recebida, quer aproveitar o momento sozinho com o Soldado Amarelo no seu próprio ambiente mas a realidade vem, e Fabiano lembra “Governo é Governo”, se meter com gente desse patamar é perigo pra ele e pra família. Num momento “Mas um dia sairia da toca, andaria com a cabeça levantada, seria homem.”, noutro “Não, provavelmente não seria homem: seria aquilo mesmo a vida inteira, cabra, governado pelos brancos, quase uma rês na fazenda alheia.”
E lembramos com ele “Quem é do chão não se trepa!”.
O capítulo da cachorra Baleia é algo fora de série e poderia fazer uma resenha só dele. Não é à toa que todo o livro se originou dele, que seria apenas um conto. O único momento em que Graciliano se permite botar um pé no lúdico mas cirurgicamente e propositalmente. O próprio nome como costume nordestino de animal aquático para afastar a hidrofobia é um toque deliciosamente triste e irônico. Marca.
Mesmo dentro da família os papéis e o modo de enxergar o outro se misturam. Fabiano é herói, um exemplo para o menino mais novo, mas para ele mesmo (e Sinha Vitória) o menino vencerá quando sair dali.
Admirável como Graciliano põe em palavras cenários e sentimentos pesados e crus que para muitos parecem conceitos estranhos e exóticos mas basta algumas horas de viagem saindo da Capital(da minha, pelo menos) para nos depararmos com os mesmos cenários e sentimentos. Acredite, a primeira vez que vemos um cavalo sem vida, seco à beira da estrada é uma imagem que carregamos pro resto da vida.
Não há mais como desvencilhar a seca, a descrição da caatinga e a força do sertanejo sem lembrar de Vidas Secas. Tornou-se instantaneamente uma das minhas obras preferidas.
Laiz 29/08/2020minha estante
sua resenha ficou incrível parabéns


Felipe 30/08/2020minha estante
Ah, muito obrigado! :) Foi um livro que me marcou bastante. Um dos meus preferidos já.




Sabnssx 28/12/2023

Foi o meu primeiro contato com o autor e com livros clássicos, por não ser o estilo de leitura que eu tenho com frequência acabou sendo um livro mais arrastado para mim, levando em conta claro, as circunstâncias na qual estou, então num resumo foi um bom livro, gostei de ter iniciado minhas leituras de clássicos com está obra que é Vidas Secas, e espero reler mais na frente com outra mentalidade para que assim ele signifique mais do que significou nessa.
A.livia.m3ndes 28/12/2023minha estante
Q palavras bonitas


Sabnssx 29/12/2023minha estante
muito obrigadaaa ??




Gabriel1994 09/01/2023

A Vida Seca como um Inferno Purgado: A Esperança D Igualdade
Meu primeiro livro de Graciliano Ramos e achei a história bem interessante. Todo um drama, melancolia, realismo e vivência dos personagens que nos fazem refletir muito sobre a vida.

O romance em si não me pegou por completo, creio que me atentei mais para as críticas sociais que me vinham na cabeça assistindo enquanto passavam as páginas, as dificuldades e a realidade daquela família.

Alguns pontos me levaram a ficar bem interessado; a história se passando no sertão, a narrativa raíz com palavras, expressões, gírias e bordões das regiões nordestinas do Brasil (Confesso que parei em alguns momentos para pesquisar essas palavras e criar uma imagem do que era aquele objeto para melhor imaginação).

Fabiano nunca pôde ou poderia ter sido julgado por sua ignorância. É um homem trabalhador e que apesar de ser pobre e humilde é um homem com virtudes e valores que ele mesmo não reconhece. Durante a história o personagem tende a não se considerar um homem no que representa ser um, mas no final das contas se enxerga como tal. Percebe-se como provedor e 'susten' da família! Tomando a frente para tentar o melhor, mediante os ricos e os riscos que os mesmos traziam.

Toda dificuldade dessa família, o cenário que se construiu em minha mente imaginando aonde moravam, aonde dormiam, o quanto faltava em sua mesa e o quão dificultoso era para conseguir as coisas e vencer mais um dia.

Com toda certeza a cena da cachorra Baleia, que levou Fabiano a uma atitude drástica, foi uma das mais marcantes e que melhor pode refletir o cenário ali vivido pela família.

Apesar de todo lado romântico do imaginário que nos leva a criar o ambiente e as cenas e dar vida aqueles personagens, abrigando-os no nosso palco teatral mental... O reflexo perfeito desse livro, desta história, está dentro dela... A forma como o filho mais velho vê uma palavra aparentemente inofensiva e bonita "Inferno", mas descobrindo, quando buscando o conhecimento do significado da mesma, uma tradução ardilosa, ardente e seca como a sua realidade.

Esta obra pode ter a aparência mais bela que queiramos dar, mas não podemos desviar-nos do fato de que reflete a realidade dos sertões que existem e são presentes nos interiores nordestinos do nosso país. Que o conhecimento, o acesso e a cultura seja viabilizado e chegue aos olhos, aos ouvidos e as mentes daqueles do nosso povo que precisam.

Uma leitura que recomendo! Uma história boa que vai te levar a muitas reflexões.

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130 páginas de conteúdo. O restante é pura encheção com um Posfácio pomposo sobre o que você captou durante a leitura e bibliografia, vida e obra e afins que podem ser pesquisados no Google caso queira se aprofundar em uma biografia do autor.
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@guicouto13 04/02/2021

Angústia
Angústia define meu sentimento lendo este livro. As dificuldades enfrentadas pelos personagens durante todo o período da história é de causar indignação, pois mesmo sendo um livro antigo, ainda se adequa muito bem à vida do povo nordestino.
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Belly 26/04/2021

Um dos poucos livros que me já me fez chorar
Não tenho palavras para descrever a grandiosidade desse livro... É verdade que eu não esperava muita coisa, mas acabei me surpreendendo. É possível sentir as inquietações de todos os personagens; as angústias e incertezas de ser um retirante tendo que viver e depender da terra para sobreviver. Digo que é impossível não amar Baleia; dei algumas boas risadas nas partes em que ela apareceu e sofri profundamente com sua morte. A carência de diálogos no livro não incomodou e é completamente entendível, de qualquer forma me apeguei à cada personagem. Esse livro livrou- me do bloqueio que tinha em ler clássicos nacionais. Estou grata por realizar a leitura dessa preciosidade.
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Reccanello 25/03/2022

Sucinto e seco como a vida árida dos sertões nordestinos, a obra nos traz a história fictícia (mas baseada na triste realidade cotidiana) de uma família de retirantes que, em constante fuga da seca, sonha com uma vida melhor. Fabiano, o pai duro e rude vaqueiro, Vitória, a mãe dona de casa que sonha com uma cama de couro, o menino mais novo, o menino mais velho, e Baleia, a cachorra que é a mais humana da história, a quem o autor dá traços psicológicos inexistentes nos demais (note que, ao contrário dos filhos, ela tem nome). Enfim, um profundo retrato das dificuldades diárias dos pobres nordestinos, constantemente vilipendiados em sua dignidade não apenas pelas pessoas mais abastadas mas, principalmente, pelo governo que as deveria proteger. Leia com um copo d'água ao lado!
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Maycon Silva Aguiar 20/07/2022

Baleia para sempre
Que se explodam os críticos! "Vidas secas", em minha opinião, é a obra definitiva da literatura brasileira, com seu retrato cru e quase naturalista das relações humanas - se é que, além de Baleia, a cadela, existe outro personagem com características tão humanas em todo o livro.

Graciliano Ramos acertou na estruturação do romance, entregando ao leitor uma radiografia das vidas sobre as quais decidiu escrever. De longe, dentre o enorme conjunto de títulos maravilhosos produzidos pelos autores nacionais, é o meu favorito.
Letícia.M. 21/07/2022minha estante
Li no início do ano sem esperar nada e me surpreendi demais com esse livro. A maior surpresa foi com a querida Baleia! Maravilhoso!




Fernando Campos Kanigoski 17/04/2020

Curta, porém muito forte. A história nos leva em uma jornada de persistência e luta de uma família que nos comove em seus desejos e perdas.
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wel - @nanquimcomleite 02/06/2021

Baleia baleia baleia!
Um livro fininho mas com uma história gigante. Chegou com tudo, furando a fila de leitura deste ano para aplacar de vez minha curiosidade de conhecer a tão famosa cachorrinha Baleia. Curti demais! =)

site: https://www.instagram.com/p/BKrPZGOj2id/?utm_source=ig_web_copy_link
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Clara 21/04/2023

Baleia...
Para mim, a cadela é a representação de uma parceria entre um animal e seu dono.
Se transformam em família. Há reciprocidade e sentimentos muito puros.
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