Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Liviaxxs 11/09/2022

"Chorou, mas estava invisível, e ninguém percebeu o choro."
Esse livro é mais um daqueles que não tem como descrever, você só entende a emoção quando lê. Ele mostra uma realidade brasileira o qual por muitos é desconhecida, mas é muito surreal pensar que essas palavras já foram sentidas e também vividas por milhares de pessoas.
Com esse livro eu não aprendi apenas as palavras que ainda não havia lido, mas também aprendi sobre a valorização de pequenas coisas e sinceramente a parte que mais dói nesse livro é o fato de que Fabiano e Sinha Vitória não queriam nada além do básico.
O livro é incrível não é atoa que é um dos clássicos brasileiros, apesar de sua leitura ser diferente para quem não está acostumado a ler livros nacionais, ainda sim vale a pena, é sempre bom ver outras realidades para que possamos agradecer pela nossa e ajudar as outras. Amei ler páginas que inspiram esperanças, ver os personagens tendo confiança de algo melhor é realmente reconfortante, porque não são apenas personagens, mas é a história de muitas pessoas, eu realmente me pergunto quantos Fabianos e Sinhas Vitórias existem e me pergunto se assim como os do livro eles ainda conseguem ter esperança. Ler esse livro é desejar que todas as Sinhas Vitórias tenham camas como a de seu Thomas da bolandeira, é desejar que as crianças tenham o necessário e também que os Fabianos não sejam tratados como bichos.

- "Se aprendesse qualquer coisa, necessitaria aprender mais, e nunca ficaria satisfeito."

- "Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás."

Ps: Sobre a personagem baleia ela foi o personagem mais humanizado apesar de ser um cachorro e foi a parte que eu mais chorei.
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Leticia 05/10/2021

Chorei largado
Não é uma resenha, somente minhas singelas impressões.
Foi o meu segundo encontro com essa leitura,e foi como disse Heráclito, parafraseando: Ninguém entra duas vezes no mesmo rio, quando se entra nele novamente, não se encontra as mesmas águas e o próprio eu já se transformou.

O meu primeiro contato com o obra foi na escola, por volta dos meus 14 anos, e nessa época não consegui apreender a potência dessa leitura. Hoje eu consigo enxergar um pouquinho mais, a luta de classes, o oprimido versus o opressor, a luta pelo direito à terra, a resistência e a sobrevivência, e não menos importante a afetividade.

Personagens que são brutalizados pelas agruras de uma vida sofrida, de uma vida seca, seca na relação com o outro, seca de direitos mínimos, em que falta tudo, mas sobra exploração e humilhação.

Personagens que mesmo desumanizados, um entre bicho-homem, mas é um bicho-homem atravessado pela afetividade, pelo amor. Essa questão me lembra quando Lacan fala : Toda demanda é uma demanda de amor [...].
Joao 05/10/2021minha estante
Bela resenha!!! Leitura muito forte


Leticia 05/10/2021minha estante
Obrigada! Mas são só alguns pensamentos soltos ?. O livro é vidas secas, mas a leitura é voraz.


Joao 05/10/2021minha estante
Demais hehehe. Lembro que quando li a primeira vez, já teve um impacto mas pouco. Na releitura foi que tudo veio a tona. É uma obra que merece revisitas periódicas rs.


Pagliuca 05/10/2021minha estante
Vidas secas fala mais. Fala que além da secura da vida, dos sonhos e da esperança, fala da secura do homem. O ser humano não nasce seco. Ele se torna seco em seus relacionarmos, em seu dia a dia em seu íntimo por conta da secura que a vida entrega a ele.




@ysalemos 20/04/2021

“A arte é a antítese da sociedade.”
⠀⠀
“Chorou, mas estava invisível, e ninguém percebeu o choro.”
⠀⠀
“Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.”
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stee 27/10/2021

a obra tem uma crítica muito boa, mas pra mim a leitura ficou arrastada e o começo não prende nadinha
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Stefânea 27/03/2022

Tocante
Porém, não marcou a minha vida.

Cheguei nessa leitura ansiosa, mas não com expectativas grandiosas. Graciliano costuma não funcionar para mim, porém esse livrinho fisgou meu coração.

Fiquei imersa na história, gostei de sua construção mais solta e me emocionei ao final. É realmente possível tirar daqui muitos objetos de analise e discussão, mas, sinto que não senti as coisas certas.

Gostaria que o sentimento tivesse me arrebatado, porém, senti apenas que estava lendo um bom e velho livro ótimo.

No final, sinto que não entendi todas as suas nuances e que preciso ler em outro momento com mais apoio teórico.
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Vicente Tavares 30/07/2023

O Sertão visto de dentro.
Vidas Secas é a obra-prima de Graciliano Ramos, publicado em 1938, o romance é uma narrativa que retrata a dura realidade de uma família de retirantes, composta pelo pai Fabiano, a mãe Sinhá Vitória, os dois filhos pequenos e a fiel cadela Baleia. Vivendo em extrema pobreza, essa família enfrenta condições climáticas inóspitas, falta de recursos e a opressão dos latifundiários, que os mantêm em um ciclo de exploração e miséria.

Cada capítulo apresenta um episódio separado, um momento isolado da vida dessa família, começando com uma dura caminhada em busca de melhores condições de vida até sua chegada a uma fazenda, onde são submetidos a um trabalho exaustivo e mal remunerado.

A escrita de Graciliano Ramos é seca, objetiva e repleta de metáforas que retratam com maestria a aridez do sertão e a aspereza da vida desses personagens, repleta de termos e expressões típicas do nordeste brasileiro, a obra tem uma autenticidade única.

É um livro marcante e lamentavelmente atemporal.
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oliver.skywalker 08/04/2024

Esse livro é brutal, ele é muito uma reflexão que nos leva a pensar na potencial ingratidão das pessoas no mundo, enquanto algumas realidades, como a de sinhá vitória sonham com uma cama melhor. o livro trás algo que acontece na realidade e retrata isto com uma linguagem muito acessível e reflexiva, acho que cada frase do livro era impactante pra mim e me fazia pensar, principalmente nas cenas da cachorrrinha baleia que me partiram o coração, e eu que tenho um cachorrinho próprio afagava o mesmo por dó de imaginar ele passando por perrengues. o livro também retrata a exploração da pobreza quando mostra as injustiças que fabiano se submeteu, e a falta de uma educação própria enraízada de fabiano quando lhe falta linguagem para se explicar, comunicar e protestar. o livro faz diversas denúncias importantíssimas e no final, a leitura é super gratificante e necessário. se eu fosse recomendar pra alguém, eu diria que é uma leitura crucial para a maioria das pessoas.
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omanoel 11/04/2021

UMA DAS MAIORES OBRAS BRASILEIRAS
Realmente é uma obra onde nos deparamos com uma história fantástica e ao mesmo tempo, terrivelmente triste. Arrepiei-me em vários momentos ao passar junto com os personagens por tamanhas situações.
Everton Vidal 14/04/2021minha estante
Tremendo livro!


omanoel 14/04/2021minha estante
Muito bom mesmo!




Aldemir2 16/07/2021

Seco, seco, seco...
O livro todo é seco: sua história é seca, a escrita do autor é seca, os personagens são secos, o contexto é seco, absolutamente tudo é seco. A história é seca por ela jogar na cara do leitor todos os problemas sociais pelos quais interior do nordeste brasileiro, em meio a um período de seca, passa, como a pobreza, a fome, a miséria e, além disso tudo, ainda há espaço para a violência policial e o abuso de poder. Nessa parte é interessante notar como o personagem principal, Fabiano, o pai da família, se refere aos policiais, chamando eles de "o governo", enxergo isso como uma crítica do autor ao governo da época: o governo de Getúlio Vargas, um governo totalitário e por vezes até mesmo opressor. Os personagens são secos porque eles, ao mesmo tempo que são aprofundados, não são profundos e ficam rasos e arenoso, como um rio seco. Eles tentam sobreviver em meio as dificuldades da vida e tem poucas metas de vidas. É uma história triste e forte que é necessária sempre.
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liaw. 19/03/2022

só li pra escola, é o primeiro clássico q eu gostei um pouco mais, algumas partes do livros eu ficava muito ???
Jujuba 19/03/2022minha estante
Muito muito muito triste




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luizfsricardo 11/08/2022

Clássico
Vidas secas é o retrato da família nordestina que assolada pela seca sai pelo sertão em busca de algo melhor, mas que no final o ciclo reinicia. A história é marcada pela morte da cachorra baleia que acompanha a família na primeira viagem, mas por conta de uma doença é sacrificada pelo Fabiano.
José Redson Sena Vital 15/08/2022minha estante
O que lhe impediu de dar 5?? Esse escritor é um dos nacionais não tenho interesse em ler.


luizfsricardo 29/08/2022minha estante
José, não foi um livro que me conectei muito. É um livro bom, mas a linguagem não é tão simples assim. Por ser um clássico de linguagem antiga, requer um pouco de paciência pois a leitura não flui com facilidade. No entanto, reforço que é uma obra de muito peso.




Cristiane 28/01/2023

Vidas Secas
Está obra completará 85 anos e, infelizmente ainda é atual. É comum relatos de casos de trabalhadores sendo resgatados de situações análogas à escravidão. A vida de Fabiano, Sinhá Vitória, dos meninos e da cachorra Baleia, é uma vida de escravidão.
A fuga da seca, a exploração do fazendeiro, a humilhação e violência da polícia, a pobreza extrema, não são suficientes para silenciar o sonho. O desejo simples de uma cama, das crianças frequentarem a escola, o desejo de saber se comunicar, falar palavras bonitas, tudo isto permeia o universo desta família.
A cachorra Baleia é um personagem à parte, ela pensa, ela tem sonhos, ela tem desejos. Ela faz parte da família.
É impossível não se emocionar quando ela morre.
É impossível não trilhar o caminho da seca em busca de uma vida melhor junto com esta família.
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