Resenhas -

Eddy15 21/12/2023

Um livro sobre relações humanas (apesar de nem Todos serem humanos). Segue a mesma vibe do primeiro, apenas pessoas vivendo suas vidas, muito gostosinho de acompanhar.

Professor Eddie 09/12/2023

Continua bom
O livro narra a vida de uma ia que assume um corpo e começa a vivenciar uma vida diferente do que foi preparada. Foi lindo ver esse caminho.

Menezes Torres 25/11/2023

Livro OK. O final elevou um pouco a pontuação da obra. Há inserção de linguagem neutra. Ação totalmente desnecessária.

Trabach0 20/11/2023

Apenas perfeito
Nossa história agora vai além das paredes da Andarilha e serão Lovelace (Sidra) e Jane 23 (Sálvia) que irão nos acompanhar nessa aventura.

Depois do final doloroso de "A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil" Lovelace precisa lidar com muita coisa, coisas essas que vão bem além de seu novo corpo.

Sálvia por sua vez decide que irá ajudar Lovelace a passar por todas essas transformações e novidades, o que a princípio não sabemos é que por trás de suas intenções a muito mais do que o simples desejo de ajudar uma desconhecida.

Nossa história é intercalada por dois pontos de vista.
No presente vamos acompanhar toda a dificuldade de Lovelace em se adaptar ao novo corpo, a sociedade e as limitações que vem com o kit corporal.

Já no passado é Jane 23 que nos conta toda a sua difícil trajetória e tudo que teve que enfrentar para se tornar a Sálvia que conhecemos.

A autora intercala ambos os pontos de vista de forma que se complementem, enquanto no passado Jane 23 está aprendendo sobre um mundo que não sabia existir, no presente Lovelace aprende a lidar com um mundo que só conhecia através da rede.

Ambas as personagens trazem uma história dolorosa, cheia de percalços mas também cheia de sentimentos belos e lições inestimáveis.

A narrativa de Becky Chambers continua envolvente e assim como no volume anterior ela irá abordar vários assuntos que vão ao mesmo tempo te encantar e te dar uma verdadeira aula de empatia.

Cada personagem aqui é único e cada um deles a seu próprio modo tem um mundo dentro de si, mundo é esse que você leitor precisa conhecer.

Resumindo bem as coisas "A Vida compartilhada em uma admirável órbita fechada" é muito mais do que um livro sobre ficção científica, é um livro sobre amor, amizade, descoberta, pertencimento, respeito ao próximo... tudo que há de mais belo e verdadeiro em se viver você encontrará nessas páginas.

Aahmanda 17/11/2023

Ótimo livro, mas não conversa com o primeiro
É uma história linda. Doce, cativante, criativaw. Porém perde a oportunidade de desenvolver os personagens de "a longa viagem".

O livro conta a história de duas protagonistas que tem origens completamente diferentes. A autora faz um ótimo trabalho ao apresentar como a cultura atravessa a forma que vivemos.

Este livro nos torna mais empáticos. A dor, o horror, a esperança e a confusão das protagonistas poderiam acontecer a bilhões de anos luz ou aqui mesmo. A universidade dos conflitos é parte da magia de Becky Chambers.

Diogo400 07/11/2023

Que livro bom pqp...
Simplesmente encantado com este livro.
O jeito de contar a história de Sidra e de Sálvia foi muito sútil, e aos poucos o livro te ganha.
Muito feliz com o desenrolar das histórias e com o final do livro.
Recomendo muito.

Leo 06/11/2023

Me trouxe uma série de ótimas reflexões
O Livro traz uma narrativa muito prazerosa e fluida de se acompanhar em um primeiro plano, ao passo que trabalha diversas reflexões profundas e densas, fundamentalmente atinentes aos aspectos éticos da tecnologia e dos seus avanços em um plano de fundo.
Encantou-me a estrutura da obra, onde a autora se mostrou muito competente ao narrar à trajetória de diferentes personagens de forma quase “paradoxal”, colocando em oposição à “desumanização do humano” e a “humanização da máquina”, discutindo para tanto, direitos, sociedade, leis, existência, valor e consciência.
Em tempos de avanços tecnológicos e de expansão das inteligências artificiais, a obra traz à tona a discussão em relação ao “Cogito ergo sum”, e aspectos como cidadania, direitos individuais e outros questões relevantes que se tornam mais complexas à medida que a tecnologia muda o mundo e a forma de se relacionar com ele.

Lais Souza 25/10/2023

Que história linda, não consigo expressar o quanto eu amei, a ambientação, os personagens, que são extremamente carismáticos, os dilemas e questionamentos sobre empatia e humanidade, sério, é muito bom, me arrependo de não ter lido antes.

Ana 21/10/2023

A Vida Compartilhada em Uma Admirável Órbita Fechada é a continuação independente de A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil. Ambos os livros fazem parte de uma série de ficção científica criada pela autora Becky Chambers. As obras podem ser lidas separadamente, uma vez que têm arcos bem fechados, mas eu indico fortemente que sejam lidas em ordem de lançamento e logo mais vocês vão entender o porquê.

Eu li A Longa Viagem em 2021, e foi uma história que me surpreendeu bastante pela forma como a autora construiu seus personagens e as relações entre eles. Em A Vida Compartilhada, tive certeza que a vibe da Becky Chambers é realmente abordar questões sociais, e ela faz isso de uma maneira muito bonita e convincente. Diferentemente do primeiro, em que os personagens tinham que resolver alguns conflitos externos além de lidarem com suas próprias existências, nesse volume, temos uma trama muito mais pacata, que gira em torno de duas protagonistas, Lovelace e Sálvia.

Esse é o principal motivo de eu recomendar que vocês leiam os livros em ordem. Conhecemos Sálvia e Lovelace de A Longa Viagem, e os acontecimentos finais desse volume são cruciais para que a gente entenda as motivações dessas duas protagonistas em A Vida Compartilhada. Resumidamente, para não entregar muito do enredo, Lovelace é uma inteligência artificial (IA) que atuava no núcleo de uma nave, a Andarilha. Eu não vou dizer exatamente o que acontece, mas saibam que é tiro, porrada e bomba, e Lovelace precisa — e escolhe — ser transferida para um kit corporal.

Lovelace, que a partir de determinado momento passa a se chamar Sidra, está acompanhada da Sálvia, uma humana geneticamente modificada que vai tentar fazer essa experiência ser o menos terrível possível para ambas. Vale destacar que colocar o núcelo de uma IA em um corpo que imita o humano é ilegal e elas não podem ser pegas. Dessa forma, Sálvia e seu companheiro Azul vão tentar fazer com que Sidra se adapte à sociedade.

De modo geral, eu gostei muito mais de A Vida Compartilhada do que de A Longa Viagem. Como eu disse anteriormente, não há grandes acontecimentos na trama, mas acredito que esse seja o diferencial dela. Imaginem só uma história ser tão boa a ponto de se sustentar sem grandes conflitos? E isso só acontece porque é muito fácil se conectar com essas protagonistas — o que é muito "engraçado" se levarmos em conta que uma delas é uma máquina.

O ponto alto do livro, para mim, é o estilo da narrativa, que alterna presente e passado. No presente, acompanhamos essa adaptação da Sidra, que não se sente à vontade dentro desse corpo humano, mas que não tem muita escolha a não ser permanecer nele. É muito interessante, porque ela é uma IA, mas com consciência e sentimentos, digamos assim, e que está buscando pertencimento dentro dessa sociedade tão diferente dela. No arco do passado, por outro lado, tivemos a oportunidade de conhecer as origens de Sálvia, antes de ela se tornar o que é no presente.

Foi aí, meus amigos, que eu soube que iria amar A Vida Compartilhada. É sob esse ponto de vista que entendemos o porquê de Sálvia ser geneticamente modificada e, principalmente, o porquê de ser tão importante para ela ajudar Sidra. Gostei muito que história dela é contada em uma crescente dentro do livro, já que acompanhamos essa trajetória por muitos anos, até coincidir com o momento atual. Eu amava as partes sob o ponto de vista de Sidra, mas ansiava ainda mais por conhecer a história da Sálvia.

O mais incrível da Becky Chambers, tanto em A Longa Viagem, mas sobretudo em A Vida Compartilhada, é que ela consegue levar para os personagens dela dilemas que nós vivemos diariamente a partir de uma jornada de amadurecimento. O mais doido de tudo é que a autora escolhe justamente uma IA para nos mostrar isso, algo que é totalmente fora do nosso Universo e, evidentemente, muito fora da nossa realidade.

A Vida Compartilhada conversou muito mais comigo que A Longa Viagem justamente por ter menos elementos e, consequentemente, mais espaço para desenvolver cada um deles. Emocionalmente falando, é uma história muito mais carregada, e grande parte disso se dá por falar majoritariamente sobre pertencimento. De certa forma, é como se eu tivesse me encontrado um pouquinho também. Indico demais e não vejo a hora de finalizar a Saga Wayfarers!

site: https://www.roendolivros.com.br/

Amanda 16/10/2023

Tenho nem palavras...
...para descrever a perfeição desse livro. Cada palavra, cada acontecimento, traz um leque de ensinamentos, sem nunca ser invasivo, e sim de uma maneira bem natural e progressiva com a narrativa. Amo demais a escrita da Becky Chambers.

Bruna2012 15/10/2023

Becky sempre surpreende com seus livros, não esperaria menos nesse. Como o primeiro, muito bom. Esse foca na Lovey, e posso dizer que não teria imaginado nada diferente disso pra ela ??

Wesley 09/10/2023

Mágico, novamente
Eu tenho sérias dúvidas de se chegará um dia em que eu não goste de um livro da Becky Chambers. E só li dois deles até agora.

O que mais me encantou em "A longa viagem..." e agora em "A vida compartilhada..." é a capacidade dela de contar história focadas totalmente em seus personagens e ainda assim contar no plano de fundo a história de um universo riquíssimo e cheio de detalhes.

Nesse segundo livro é impossível não se encantar por Sidra (A Lovey do primeiro livro) e a emocionante história de superação de Jane/Sálvia. Que escrita linda!

Ferreira Linhares 08/10/2023

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Suruassossaurus 08/10/2023

Me surpreendi, mas de uma forma diferente do que esperava
A trama divide-se em dois núcleos e, embora continue seguindo a maravilhosa forma na qual todo o foco da narrativa está no desenvolvimento do personagem e não no cumprimento de um objetivo, aqui a coisa se torna menos "palpável" visto que o é algo muito mais interno. O que nos faz ser um humano? Essa é a questão que as protagonistas encaram de diferentes posições.

Em primeiro lugar temos Lovelace ou Lovey para os mais íntimos. Após ser reiniciada e perder toda a sua memória (e os sentimentos desenvolvidos por Jenks, coisa que partiu meu coração), a IA aceita a proposta de Sálvia para ir morar com ela e seu marido, Azul, em sua casa. Vendo que sua presença seria algo complicado para todos os tripulantes ela aceita e assim começa sua jornada de adaptação. Seu kit, forma como se referem ao corpo dela, possui um manual de instruções e é equipado para transmitir as sensações da sua espécie escolhida da forma mais próxima possível que um "ser natural" sentiria, mas não significa que o processo seja fácil. Criada para observar diversas câmeras e administrar inúmeros sistemas ao mesmo tempo Lovelace, que adota o nome de Sidra, precisa lidar com um redescobrimento e aceitação de si própria de maneiras as quais ela jamais esperaria. Mesmo sabendo que sua mera existência é um crime, em diversas ocasiões age de forma imprudente, o que deixa Sálvia, Azul e Tak de cabelos brancos. Chega a ser bonito como a relação entre essa estranha família se desenvolve com a IA tendo um papel de "filha adotiva problemática" enquanto seus cuidadores, aos olhos dela, são fonte constante de frustração. A autora tem uma percepção excelente da escrita quando vai descrever suas sensações: ao invés defalar "cheia de pensamentos" ela escreve "seus diretórios estavam obrecarregados", auxiliando o entendimento de que, embora Sidra tenha uma forma humana capaz de ter estímulos com sabores, álcool e até mesmo prazer sexual nada disso é algo "natural" (é estranho usar essa palavra para uma IA).

Do outro lado temos Sálvia. Após lidar com os resultados infrutíferos de seu esforço em conjunto de Jenks para recuperar a memória da IA ela decide assumir a responsabilidade de cuidar dessa consciência a qual precisa ser cuidada. A princípio somos levados a acreditar que o que motivou suas ações foram apenas suas convições morais as quais consideram IAs como pessoas e que merecem ter direito. Todavia seus capitulos são em sua maioria flashbacks que remontam sua dura infância. Criada genéticamente para integrar uma casta de recicladores em um dos planetas humanos que se isolaram do resto da galáxia e que por isso sofre com falta de matéria prima, toda sua genética foi pensada únicamente para esse propósito ao melhor estilo Admirável Mundo Novo. Assim entendemos o motivo dela ser totalmente calva e não conseguir ganhar massa muscular, mas também sua aptidão com consertos e, mais importante, seu instinto de "retribuir" o que fizeram por ela de alguma forma. Após um evento a levar para fora da fábrica na qual sempre viveu ela conhece Coruja, uma IA instalada em uma nave abandonada que passa a agir como uma espécie de figura materna e instrutora. Juntas planejam uma forma de sair daquele planeta.

Também cabe mencionar Azul e Tak. O primeiro vive com Sálvia e tem uma aptidão imensa para artes, principalmente artes plásticas e que serve como moderador dos atritos entre Sálvia e Sidra em muitos momentos. Já Tak, aeluonianx gênero fluído e únicx ser não humano neste livro que tem um papel de destaque, serve como melhor amizade para Sidra e acaba sendo arrastadx para situações inusitadas, sendo muitas vezes uma espécie de irmx mais velhx (para mim não é incômodo, mas alguns podem se incomodar com a forma neutra como a autora se refere a Tak).

Se no primeiro livro Lovey foi um dos elementos aos quais mais me apeguei por sua relação amorosa com Jenks, neste Coruja e todo seu cuidado maternal me conquistaram. Ligada diretamente com o ato final, ela foi vital para a sobrevivência de Sálvia em seu momento de maior fragilidade e é uma é com elas que os momentos mais emocionantes ocorrem.

Como comprei toda a trilogia de uma vez (recentemente descobri que está em pré-venda um novo livro) iniciei a leitura deste livro no dia seguinte à finalização do primeiro. Com toda a maravilhosa surpresa que "A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil" estava com a expectativa alta. Dito isso afirmo: o livro é muito bom, mas não chega ao nível do primeiro para mim.
Talvez minha mente funcione melhor com enredos nos quais exista um objetivo mais "palpável". Ainda sim "A Vida Compartilhada em uma Admirável Órbita Fechada" é sensacional e mostra a capacidade da autora de destrinchar as nuances da existência em suas diferentes formas, raridade em ficções científicas que, como já falei antes, tendem a ser muito militaristas e políticas. Becky Chambers expande seu universo de maneira mais indireta neste, o que de modo algum é um problema. Só não darei nota máxima pois eu realmente queria ver mais da tripulação da Andarilha e aqui eles são mencionados, mas não chegam a aparecer.

Juliana.Ferreira 20/09/2023

Se descobrindo um ser humano
O livro intercala os capítulos entre dois narradores diferentes, sendo que um conta a história da Sidra e o outro a de Jane. Sidra é a IA do livro anterior que precisou viver no corpo de um humano. Jane é uma criança que descobre que o mundo que ela conhecia até o momento era uma realidade criada. A história que o livro conta é sobre o que torna ou não a gente seres humanos, ou como tratado no livro seres sapientes, e sobre a sociedade em que elas vivem que determina o que ou quem pode ser considerado um ser sapiente ou não.