rxvenants 09/04/2019O suspeito, o criminoso, o homem. O responsável.Eu Terei Sumido Na Escuridão é uma obra prima de uma mulher que teve a busca por justiça como algo intrínseco nela.
Sem dúvidas de que Michelle foi uma grande pessoa e importantíssima para o caso do EAL. Ela dedicou anos para sua investigação e teve a sensibilidade de preservar as vítimas e trazer atenção ao caso do homem com mais de 50 estupros e 10 assassinatos no histórico.
Como Haynes e Jensen disseram eu seu capítulo, a escrita de Michelle é notável. Traz um excesso de fatos e quando o leitor está prestes a ficar fatigado, ela mostra uma revelação que recupera a atenção do mesmo.
Michelle conseguiu, com este livro, trazer noções extremamente técnicas do caso e contar sobre a própria vida ao mesmo tempo. O capítulo dedicado à mãe foi um dos meus favoritos.
Sem duvida uma mulher incrível que merece todo o descanso do mundo agora que uma de suas maiores obsessões tem um nome, um rosto e está atrás das grades.
A única coisa que me faz dar menos de 5 estrelas para esse livro é a densidade dele. Claro que com mais de 60 vítimas, o caso seria extenso, porém não sei se eu li da forma certa.
Talvez se eu não tivesse tentado terminar o livro em alguns dias, e sim lido ao passar dos meses, eu não teria me sentido tão cansada ou impaciente com ele.
Porém, não sei se demorar meses para ler um livro faz o meu estilo.
Eu Terei Sumido Na Escuridão me cansou pela quantidade de nomes e detalhes e quase me levou à uma ressaca literária e embora seja fenomenal, a nota com a falta de uma estrela é algo estritamente pessoal.
Quando um livro me faz passar o olho rápidamente por alguns parágrafos e não achá-los tão importantes, me sinto meio incomodada.
E eu, infelizmente, não consegui não fazer a comparação com Falsa Acusação, de Ken Armstrong e T. Christian Miller, um dos meus livros favoritos e que lida com um caso muito parecido.
Ao final, nada tira o crédito de Michelle McNamara e sua mente poderosa, além das minhas preferências pessoais - que não importam a ninguém além de mim mesma.
P.S.: A introdução de Gillian Flynn é incrível.