/QMD/ 05/03/2013
Sophia vai até o fim.
Ela Foi Até o Fim é um chick-lit de Meg Cabot e, como a categoria diz, é um livro destinado a adultos. Porém, eu não achei tão adulto assim. As mesmas marcas que Meg usa para escrever para garotas adolescentes estão aí, as situações são meio parecidas (eu disse parecidas, não disse clichê) e até a capa ficou bem teen.
O livro, narrado em terceira pessoa, mostra Lou Calabrese, roteirista que acabou de receber um Oscar. O filme em questão é Hindenburg e foi escrito basicamente para que seu marido Barry consiga a fama como Bruno di Base, seu nome artístico. O cara consegue o que quer e, como não precisa mais de Lou, ele resolve assumir um relacionamento com Greta Woolston, também atriz.
Jack Townsend, por sua vez, é um ator famoso pela fama de mulherengo e que tem uma certa implicância com Lou. Isso porque ele editou o roteiro de um filme estrelado por ele e modificou uma das falas. No fim, a mudança deu super certo e Lou se sente incomodada com isso. Pra completar, Greta largou ele para ficou com Barry.
Prosseguindo, os desafetos Jack e Lou deverão fazer uma viagem juntos, num helicóptero, que, claro, é minúsculo. O que eles não esperavam é que o piloto fosse, na verdade, um assassino de aluguel, contratado para matar o galã. Uma tempestade começa e, antes de Jack ser morto, o helicóptero cai entre algumas montanhas.
Jack e Lou, então, deverão se unir para se saírem salvos do lugar. No meio disso tudo, a gente se diverte com briguinhas: do lado de Jack, muito charme, enquanto, do lado de Lou, várias farpas e tiradas irônicas são lançadas. E, aos poucos, um amor vai nascendo...
O que me incomodou é que logo quando um ex de Greta apareceu já era de se esperar que ele fosse ficar junto com Lou. O livro é bastante previsível! Quem já leu ao menos um chick-lit já descobre o final logo depois de avançar algumas poucas páginas. Outro ponto negativo é a bipolaridade (???) da personagem principal: em alguns momentos ela luta, atira, age mais masculinamente que Jack, mas em outros ela só fala em amorzinho e casamento. A narração em terceira pessoa também não é algo que eu goste...
Por outro lado, é um livro de Meg Cabot, ou seja, ela escolhe as melhores palavras pra narrar cada cena, inclusive as cenas hot (sim, tem algumas, bem descritas, por sinal!). Outro ponto positivo são as várias citações e observações de filmes, como Náufrago. Eles conseguem se virar com ensinamentos do cinema, gente! Não é demais e criativo?
O RESULTADO
É um ótimo livro? Não. Consigo achar melhores? Facilmente. Vale a pena? Se você quer um pouco de diversão pra uma tarde chuvosa e adora comédias românticas... VALE!
RESENHA COMPLETA: http://www.quermedar.com/2013/02/meg.html