Erica 21/10/2019
Se você está pensando em adotar uma criança. NãO leia esse livro!
Porém, se você curte muito livros de psicopatia infantil. Leia sim! Pois precisamos falar sobre “Janie”.
Basicamente o livro narra a história de um casal formado por Christopher e Hannah, um médico e uma enfermeira bem sucedidos que trabalham juntos no mesmo hospital e que podem ter tudo na vida, menos um filho, já que Hannah tem problemas pra engravidar, tudo muda quando Janie de seis anos é encontrada toda estropiada em um estacionamento e é encaminhada aos cuidados de Christopher, automaticamente ele cria um laço paternal com a menina (achei antiético) e convence a esposa em adota-la, já que nenhum parente surgiu para reclamá-la. Você deve estar pensando, acabou o livro né? Todo mundo terminou feliz em um comercial margarina. Nãooooooooooo!!! Definitivamente não! Na verdade, é aí que começa o pesadelo porque o coraçãozinho da Janie parece ter espaço somente para o pai e 3 é muita gente, logo... faz as contas aí...
Resumo da ópera, a menina é uma demonia, tem uma cena que ela come pedaços do próprio lábio, simplesmente porque o pai não deu boa noite, isso e outras bizarrices, a psique dela é aterrorizante e doentia, palmas para a autora que me fez ter medo da Janie. E você quer saber o pior? Existem crianças assim, mas pelo amor de Deus gente, não necessariamente ela reside em um orfanato. (Eu sei que você vai lembrar do filme "A orfã", mas não tem nada haver, a trama esta mais para o "Kevin")
A historia se torna instigante porque ela é intercalada por Christopher, Hannah e Piper, a assistente social da Janie, nesses capítulos vamos acompanhando a adaptação e “evolução” da menina com o casal e também a desgraça que aconteceu depois porque a trama já se inicia com um caso de homicídio sob investigação. As questões que ficam é: Quem é essa menina, o que aconteceu anteriormente com ela e cadê a sua família original?
A escrita da autora é viciante, sombria e bem perturbadora, tem vários momentos estarrecedores e até tristes, o livro ele não é bom, ele é ótimo! Apesar do final ter ficado em aberto, achei que foi bem realista e chocante.
Recomendo bastante, mas antes de ler tome um Diazepam porque cê vai precisar, esse thriller desgraçou minha paz de espirito e os personagens foram bem marcantes.