Gustavo Rafhael 27/06/2022O livro é muito bom, muito bem escrito, de forma que prendeu minha atenção do início ao fim.
É uma breve biografia de Virgulino Ferreira da Silva, ou apenas Lampião. E de Maria Bonita, é claro, porque não há de se falar de Lampião sem citar a sua fiel companheira de amor e cangaço.
O livro traz muitas histórias do rei do cangaço, desde como ele entrou para a vida de cangaceiro até sua última peleja que terminou com a sua cabeça, e de mais 10 companheiros, sendo exibidas na escadaria da prefeitura de uma cidadezinha no interior de Alagoas.
Alguns pontos que achei bem interessante foram:
1 - Lampião era aquele cabra machista, valente, matador, ao mesmo tempo em que era vaidoso. Dentro das possibilidades gostava de estar sempre se amostrando, cheio de penduricalhos, com as vestimentas alinhadas e um perfuminho pra disfarçar o futum.
2 - Ele era mestiço e muito racista.
3 - Foi nomeado capitão do exército brasileiro, por intermédio de Padre Cícero. chegando a receber fardas, armas e munições.
Algo que faltou no livro foram fotos, o autor falar muito em fotos durante todo o livro, mas não temos nenhuma foto além da que estampa a capa.
Recomendo muito a leitura para entender que o cangaço não foi um movimento apenas de banditismo desenfreado, há todo um contexto social e político envolto e essa era a forma que aquelas pessoas tinham de bater de frete com o sistema..