O construtor de pontes

O construtor de pontes Markus Zusak
Markus Zusak




Resenhas - O construtor de pontes


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Fernanda631 13/12/2022

O construtor de pontes
O construtor de pontes foi escrito por Markus Zusak e foi publicado em 9 de outubro de 2018.
O Construtor de Pontes contrasta entre a história dos irmãos Dunbar e também dos pais dos meninos, desde a origem tanto do pai quanto da mãe, até os fatídicos eventos que desestabilizaram toda a família. A perspectiva de Matthew sobre os eventos nos joga dentro do mundo Dunbar, toda a dinâmica entre os irmãos chega a ser uma das partes mais verossímeis de toda a narrativa.
O novo romance de Zusak conta a história dos garotos Dumbar, cinco irmãos que foram abandonados pelo pai em virtude da morte da mãe e cresceram sem a autoridade e afetividade familiar. O irmão mais velho, Matthew, nosso narrador, assume então a responsabilidade pelos mais novos e os cria dentro de suas limitações e entendimento de mundo. Os meninos ainda precisam conviver com a sombra do abandono e da morte da mãe que os acompanha durante todo o crescimento.
A sina dos irmãos é evidenciada pela presença dos cinco animais de estimação: a mula Aquiles, a cachorra Aurora, o gato, a pomba e o peixe. Eles preenchem o buraco no seio familiar deixado pelos pais.
Cabe a Matthew, o irmão mais velho, a tarefa de martelar as teclas de uma velha máquina de escrever e registrar a história de sua família. Abandonando qualquer cronologia ou linearidade, Matthew vai costurando uma colcha de lembranças entre passado e presente e, devagar, situando o drama que marca a vida dos Dunbar.
Matthew “ressuscita” a velha Tec-Tec – uma máquina de escrever – para registrar a história de seu irmão Clay, pois de acordo com as próprias palavras, “tudo aconteceu com ele”. E é verdade. Logo no início nos deparamos com a existência do Assassino e que este homem cometeu o maior crime de todos: assassinou sua família.
Parece um tanto chocante falando assim, mas isso faz parte da linguagem poética com a qual Zusak tece sua história. O Assassino é o pai dos meninos, o Michael Dumbar. Ele é chamado assim por tê-los abandonado e assim colocando um ponto final na história de uma família muito unida. Michael matou os filhos por deixá-los, eles agora são apenas garotos jogados à própria sorte. Os garotos Dumbar.
O convívio entre os irmãos Dunbar não é fácil, mas o companheirismo, a preocupação, o cuidado que um tem pelo outro, aquele amor de farpas e beijos, que só quem tem irmão conhece, é irradiado pelo livro.
Embora a família Dunbar seja a estrela do livro, é o quarto irmão, Clay, que vai protagonizar a obra. Dos cinco órfãos, é ele quem vai presenciar o momento que marca a ruptura na rotina familiar: a morte da mãe. A partir disso, o pai é o primeiro a ficar sem chão e num rompante abandona os filhos à própria sorte. O amor entre irmãos é que vai sustentar esse grupo para sobreviver e, principalmente, crescer.
Clay é o irmão mais sensível, amoroso, quieto e observador. Desde pequeno, interessado nas histórias dos pais. Clay é quem melhor vai personificar as fases de crescimento em meio à dor. E ele vai sofrer dois golpes, e na pouca idade com a nenhuma experiência vai encontrar os meios necessários para continuar.
Apesar de ser esperado dele uma postura paterna ante a perda de Penélope, a mãe Dumbar, o Assassino fica destruído e não consegue viver no mesmo teto em que foi tão feliz com ela e com os filhos que ela lhe deu. Sua dor lhe impele a deixar aquelas memórias para trás.
Certo dia esse pai reaparece com um pedido inusitado aos filhos: quer ajuda para construir uma ponte.
Michael retorna um dia para construir uma ponte, na esperança que seus filhos o ajudassem, mas todos eles o ignoram. Ciente que ele os tinha abandonado, o Assassino não poderia esperar recepção diferente. Entretanto Clay se mostra favorável à ideia do pai e trai seus irmãos.
Durante o livro, o leitor percebe que a ponte não é apenas uma manifestação física, mas também uma metáfora sobre as alianças. Quando Michael retorna propondo a construção de uma ponte, ele está revelando seu desejo de reestabelecer uma ligação com seus filhos novamente. Os meninos se recusam. Clay constrói a ponte com o pai porque ele não poderia produzi-la sozinho. É claro, uma relação não se faz apenas com uma pessoa. A história explica porque Clay é o filho com mais afinidade e depois revela um evento que o faz compreender o motivo de seu pai tê-los assassinado.
É por isso que a história é sobre Clay, porque ele foi o único a reestabelecer contato com o pai, tornando-se então a ponte entre os garotos Dumbar e o progenitor. Isso fica evidente durante toda a narrativa, pois o autor faz questão de repetir na voz de seus personagens que a ponte também será feita de Clay, não apenas de pedras e argamassa.
Um ponto que eu queria muito frisar são as metáforas colocadas no livro, entre os pontos positivos estão o uso lírico de diversas expressões que dão um tom mais romântico a história, evidenciando os gestos dos personagens e suas intenções.
A ponte é uma passagem entre a superação e a reconciliação. Com eles mesmos e com quem os rodeia. Na vida real não há metade das flores que enfeitam o caminho dos Dunbar, mas talvez seja nisso que resida a beleza e a poesia da ficção de Zusak.
O Construtor de Pontes, apesar do tom dramático, promove uma discussão muito bonita sobre o verdadeiro valor da vida: ser rodeado por pessoas que te amam. Para Zusak devemos aproveitar nossa família ao máximo, pois um dia eles se vão e, caso não tenhamos construído pontes, não teremos por onde passar para seguir em frente. Uma ponte construída de memórias, de dor, de alma.
A narrativa de Zusak é envolvente, caprichosa e sabe conduzir o leitor assemelhando-se a uma fábula narrada pela voz de um grande contador de histórias.
Todos os personagens são bem construídos e têm participações fundamentais na trama, até mesmo os secundários. A maioria deles adora ler, a importância da leitura e dos livros é acentuada a todo momento.
No contexto geral, o livro trás a tona todas as dores e feridas que cometemos e sofremos por aqueles que amamos, a força da família e dos laços que nos envolvem e nos moldam desde antes de nascermos. Posso dizer que Markus acertou em cheio em sua obra.
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SubaLivros 22/11/2022

Não tenho palavras para descrever a grandeza e sutileza deste livro. Na maré do passado Dunbar?
Foi uma leitura saborosamente surpreendente. Sabia que seria um bom livro, mas não que me arrebataria por inteiro e me faria sentir tantos sentimentos ao mesmo tempo. Temos uma narrativa poética e que te faz sempre querer saber mais, mas nem sempre isso é possível através da narrativa. Dá pra saber o que acontece só pelos sentimentos que te invadem com as descrições dos momentos vividos pelos personagens.
No início achei meio confuso, mas valeu a pena cada página. É um livro maravilhoso!
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Isabela.Silva 07/11/2022

Clay
É estranho acostumar com a forma como o livro foi escrito, as mudanças de passado-passado2 me deixou meio confusa.
A vontade conversar com o Clay, entender a confusão dentro dele...
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Carla513 06/11/2022

O Construtor de Pontes
Me afeiçoei bastante aos personagens do livro, a família Dunbar apesar dos altos e baixos que passaram sempre foram unidos e amorosos à sua maneira. Carey Novac foi uma surpresa triste, gostava bastante dela e acompanhar a trajetória de Penélope me trouxe um misto de emoções. Recomendo muito a leitura.
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Thamirys.Melo 03/11/2022

Confesso que precisei de muita paciência pra seguir com a leitura, mas o final vale muito a pena. Termino o livro emocionada.
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Isabella.Wenderros 10/10/2022

“No fim, é só mais uma história. Sobre o amor entre garotos e irmãos”.
Tudo começa com uma antiga máquina de escrever, os esqueletos de uma serpente e de uma cadela. Porém, antes disso, houve outro começo: a visita de alguém há muito esquecido, uma proposta inacreditável e uma partida surpreendente. Para isso, é necessário voltar ainda mais no tempo e falar como os destinos de duas pessoas se cruzaram, formaram e balançaram uma família. O passado é remexido, uma história precisa ser contada e um irmão vai mergulhar nas memórias do caçula para narrar o que aconteceu com os Dunbar.

Eu sei, o que escrevi acima é um pouco confuso, mas a escrita – nas primeiras páginas, pelo menos – também é. No momento em que Matthew Dunbar decide falar sobre o passado, ele sabe que o protagonista precisa ser o quarto dos cinco filhos do casal Penélope e Michael, Clay. Seus pais, principalmente sua mãe, sempre gostaram de contar histórias e era Clay o mais interessado em ouvir o que eles tinham para dizer. A escrita exige foco nos capítulos iniciais justamente porque o narrador está indo e voltando em suas memórias, pescando coisas que só soube depois de acontecidas e que tiveram um impacto tremendo ou pensando nas consequências de tal atitude antes de chegar a hora de falar sobre elas.

Entrei nessa leitura sabendo apenas a sinopse, sem expectativas e é por isso que quero falar mais sobre a minha experiência do que qualquer outra coisa. Eu tinha lido em alguns lugares que a maneira que o autor escolheu para escrever esse livro era confusa e cansativa; é verdade, eu precisei me esforçar um pouco mais no começo, mas aquilo que era uma pedra no caminho se transformou na minha parte favorita. Não demorou até eu perceber que estava totalmente encantada. Foram poucos capítulos até eu olhar para as páginas na minha frente e notar que estava simplesmente amando cada linha, que estava envolvida e torcendo pelos personagens.

O foco é nos garotos Dunbar e na partida de Clay, mas foi o passado mais distante que primeiro chamou minha intenção: os caminhos percorridos por Penélope e Michael até se conhecerem e construírem aquela família caótica, permeada de música e literatura, cheia de amor. Logo de cara, assim que aquela mulher é apresentada enquanto uma criança nos confins de um país europeu sob um governo autoritário, sendo ensinada e cuidada por um pai estoico, vi que o potencial era muito alto para que eu me apaixonasse – estava absolutamente certa.

Se a escrita foi o recheio do bolo, os personagens – incluindo os animais maravilhosos – não ficaram esquecidos. Esses jovens me conquistaram enquanto mostravam suas próprias personalidades, vivendo altos e baixos – chorei em alguns momentos, vibrei em outros e sorri com verdadeiro afeto em muitos. Clay é o fio condutor, mas cada um ali tem seu destaque e sua importância para o desenrolar da narrativa. Foi natural criar um apego genuíno por esses meninos que sofreram perdas irreparáveis, mas criaram formas de continuarem unidos no meio do furacão. O Construtor de Pontes é, acima de tudo, uma história sobre o amor entre irmãos e sobre a continuidade de uma família lutando contra os problemas que a vida pode oferecer.

Cheguei ao final arrebatada e com a certeza de que encontrei uma das melhores leituras do ano. Tropecei no começo, mas valeu cada minuto. Eu recomendo demais!
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Hugo. 04/09/2022

Queria ser vizinhos dos meninos Dunbar
Fico na dúvida de dizer que o livro é lento, porque depois que finalizei acho que ele teve a medida certa, chegou um momento onde eu pensei "ah, mas está voltando mais uma vez para essa parte", porém agora eu quero reler toda essa história. Eu consigo me conectar de diversas maneiras com a história, eu consigo sentir todas as dores do Clay de tudo que ele sentiu. Teve um momento que eu queria que a história fosse narrada pelo Clay, mas ele não conseguiria se expressar tão bem como o Matew; É uma leitura leve, sem grandes emoções, tem um plot que deixa você bem triste, até porque no momento que acontece isso você com certeza está envolvido com a história. O Clay traz um dialogo importante sobre o perdão, sobre o processo de amadurecimento de cada um. Ele ser a ponte faz uma alusão ao que acredito em relação a fé, ligando pessoas, ligando histórias, religando amores fraternos. Zusak fez o que eu sempre quero que é saber da vida dos personagens que tanto amo e amei a história e de cada um. E o final que liberou meu choro, ter todos em casa. Ah, não posso esquecer o nome das filhas do Mathew. Livro emocionante e lindo! Na medida.
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lizmr_rm 07/08/2022

Perfeição
Markus Zusak demorou 13 anos para escrever esse livro e eu posso dizer que valeu cada segundo.
A história dos meninos Dumbar cativa e aquece o coração do leitor. Vale as suas 524 páginas
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Tiago 18/07/2022

3 meses
Demorei 3 meses pra ler esse livro, gosto do autor mas realmente este livro não é tão fácil, só no quarto final que realmente embalei. Mas sim, você acaba criando afeto pelos personagens e até se emocionando junto. É uma história pesada, triste, mas que nos ensina muito.
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Elis 30/06/2022

O construtor de pontes, novo romance de Markus Zusak, presente e passado se fundem na voz de outro narrador igualmente potente: Matthew, o filho mais velho da família Dunbar. Sentado na cozinha de casa diante de uma máquina de escrever antiga, ele precisa nos contar sobre um dos seus quatro irmãos, Clay. Tudo aconteceu com ele. Todos mudaram por causa dele.

Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay.

É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças ? lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos.
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Alisson 16/06/2022

Até 2015, todos os livros que eu havia lido eram técnicos, auto-ajuda ou os obrigatórios da época da escola. O primeiro livro que peguei pra ler "por prazer" foi Eu Sou o Mensageiro, do Markus Zusak.

Sete anos depois, O Construtor de Pontes foi o sexto livro que li do autor, e resgatei os mesmo sentimentos de quando li Eu Sou o Mensageiro. São livros pra se ler devagar, curtindo a poesia dos capítulos e os jogos de palavras, se apaixonando pelos personagens, chorando pelas perdas.

Muitos podem julgar os livros dele prolixo, subjetivos.. e de fato são. Mas esse é o estilo de Zusak de contar história.
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Isaac 22/05/2022

uma ponte feita de todos nós
O que falar desse livro?! Mesmo pelos defeitos, como entender as várias linhas temporais, esse livro é uma explosão de sentimentos. A partir do momento que vamos entendendo as lutas, os lutos, as felicidades, desses irmãos. Queremos abraça-los, chorar com eles, brigar como eles. Marcus Zusak consegue construir um livro tão tocante e lindo, ao mesmo tempo triste e enigmático. Esse livro foi feito para todos nós, assim como a ponte é feita de Clay.
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Evelize Volpi 21/05/2022

Esse autor é maravilhoso, me encantou com A meninacque roubava livros e com esse livro também.
Uma história que te prende do início ao fim.
Encanta e aquece nosso coração.
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Lua 27/04/2022

As camadas de uma família estranha
Nesse livro, Markus boa apresenta os irmãos Dunbar, e todos os desdobramentos que levaram às suas existências. Mas na verdade, o que ele nos conta, é a história de Clay, um dos irmãos e que é um enigma durante a narrativa. Até não ser mais.

Narrada por Matthew, o Construtor de Pontes tem várias passagens arrastadas que por vezes me fizeram sentir vontade de parar. Mas sou insistente e sabia de alguma forma que valeria à pena.

Com personagens bem construídos e delineados, a história vai nos conquistando bem aos poucos e passagens que nos narram episódios de adolescências, primeiros amores, relacionamentos familiares, perdas mágoas e perdão, o enredo é delicado e bem peculiar e que envolve a morte de um jeito que quase a humaniza (acho que é uma característica do autor), "O construtor" é uma metáfora bonita diante de várias ruínas, concretas ou imateriais e mesmo assim reais.

Entre os dois livro que li do autor, ainda preferi "A menina que roubava livros" mas mesmo assim, achei que a leitura valeu e tem sua beleza.
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 22/04/2022

Gostei
Um livro que vai te fazer mergulhar na vida dos irmãos Dumbar, e contar todos os perrengues que eles passaram.
O autor não conta a história de maneira LINEAR, o que pode ser um pouco confuso no começo, mas a medida que você conhece a familia tudo fica mais fácil.
Uma história, que tem muito drama, superação e perdas, o coração dói em alguns momentos, afinal eles eram apenas meninas quando tudo começou.
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