Resenhas - Não Me Abandone Jamais

Isabelle.Jaguszewski 14/11/2023

Confesso que demorei para engajar na leitura, mas depois fica muito fácil? é estranho perceber a Kathy sempre se colocando em terceira pessoa, nunca como um indivíduo. e isso vem muito de em Hailsham ela ter aprendido a cuidar dos outros, apesar de que nos outros personagens isso não aparece tanto. eu sinto que ela não se vê como alguém e sim dentro do grupo. é uma perspectiva triste, porque ela só foi criada para servir a um outro grupo, mesmo sendo a mesma coisa que nós. que mundo devastador e assustadoramente possível. 5/5 ??

abelha6 12/11/2023

Comprei sem saber do q falava
Foi a leitura mais aleatória que já li, gostei, tava na promoção e comprei.

Me surpreendi, é bom o desenvolvimento dos personagens e do cenário em q vivem, apesar de ser bem confuso no início e eu ficar sem entender muito. Mas, você se apega aos personagens e entende os pensamentos deles.

Fiquei torcendo pelo romance da protagonista, e eu fiquei um pouco desapontada como aconteceu, mas eu entendi que é a realidade, e isso é um dos pontos positivos do livro.

Os personagens são diferentes, são destinados a outras coisas, mas n perdem a essência do que é toda a dúvida, angústia e curiosidade que temos em cada fase da vida, particularmente eu me identifiquei e senti suas dores e questionamentos.

Sobre o final esperava mais, porém foi o suficiente e me deixou extremamente pensativa sobre como eu vivo minha vida. :)

Leiam.

Allison 11/11/2023

Mais um típico Kazuo Ishiguro
É muito interessante comentar que todos os livros de Ishiguro que li, em tradução brasileira, conseguem transpor toda a carga musical do texto dele, é possível, através da ritmação imposta pelos pontos e virgulas. Sendo assim, ao conseguir se adaptar ao ritmo é possível apreciar a grande vantagem das obras do nipo-inglês, pena que esse charme não seja suficiente para bancar o insosso desenvolvimento de trama ou seus chatíssimos personagens.
Mesmo com bons momentos e com boas ideias, nada consegue engrenar na monótona divagação de lembranças da personagem Kath, simplesmente uma das piores protagonistas do autor, modorrenta e sem força de vontade, sendo necessário aos acasos externos a sua vida ditarem o ritmo do livro, até faz sentido dentro da narrativa, mas que encabula o fato de nossa narradora não ser minimamente interessante só faz com que o texto não dê a mínima vontade de se prestar atenção.
Fraco, porém ainda sim, vale a pena pela escrita do autor.

Paula 10/11/2023

Inquietante
Uma distopia muito inteligente e bem escrita. O livro deixa muitas questões subentendidas e propõe muitas reflexões pertinentes. A leitura flui muito bem, a dinâmica de leitura, apesar dos capítulos serem longos, é muito boa.

Emy01 08/11/2023

Uma boa ideia,mas a execução deixa a desejar
Esse livro eu particularmente descreveria como aquele típico romance misturado com ficção científica.O que se inicia como uma história promissora e divertida,no decorrer da leitura torna-se entendiante e genérica.

A história é contada em primeira pessoa,em específico pela personagem principal Kathy,que guia o leitor na descoberta da sua própria origem e suas relações com seus amigos,revelando seus segredos e vivências desde a infância até a vida adulta. Porém,o problema encontra-se exatamente na questão da escrita mais "intimista",já que são colocadas descrições desnecessárias que atrapalham e não adicionam muito à história,além de que a personagem principal fala sobre muitos acontecimentos e nem sempre conclui suas ideias,o que gera um certo incômodo.

Mesmo assim,a ideia principal do livro me agradou e trouxe aquele "desconforto existencial" que pretendia e,de certa forma,mesmo sendo um pouco previsível,entregou o que prometeu no final :)

M. Lima 03/11/2023

Não me Abandone Jamais
Imagine um mundo, em que a medicina é tão avançada que doenças como o Câncer não mais assolam a humanidade, a resolução para tal, foi a criação de Clones humanos para que Sirvam como doadores de órgãos para o restante da população. Em "Não me Abandone Jamais", Kazuo Ishiguro retrata esse cenário utópico para a humanidade, sob a ótica da protagonista "Kathy", que é um desses clones e logo iniciará os procedimentos para ser uma doadora ativa.
a História não abrange acontecimentos de nível geral ou mundial, mas conta infância, juventude e inicio da vida adulta destes, criados só e somente para um único propósito. A Escrita é muito discreta, explica sem explicar, mostra sem mostrar (sempre nas entrelinhas do dia-a-dia desses jovens que crescendo em um Fundação especializada para este fim), expõe dilemas sobre a vida, sobre amizade, sobre filosofia, sobre amor, sobre muitas coisas. Não poderia eu falar muito mais sobre esses casos e problemáticas, mas a pergunta que fica é: Qual o preço para o desenvolvimento Humano?
Sabemos que os momentos em que a humanidade mais avançou, cientificamente em todas as áreas, foram, momentos de guerra. Os Conflitos induzem a Humanidade a se desenvolver, é o instinto de sobrevivência, podemos até comparar com a teoria da Evolução, neste caso. Mas, será que algumas conquistas valem os preços que foram pagos? Este título faz-nos pensar muito, no sentido ético, sem dar o gabarito, afinal, não é uma ciência exata.
Por fim, recomendo o título, é uma leitura simples, rápida e fluida, como diversas emoções garantidas ao leitor.

Gabrielle 30/10/2023

Tinha anos que eu queria ler esse livro porque imaginei que seria parecido com o filme A Ilha, mas na real, não tem nada a ver. O livro conta a história de Tommy, Kathy e Ruth, todos clones que vivem para serem repositores de órgãos. Mas assim, zero conflitos e ápices, suspense ou qualquer outra coisa. É só a história deles até o fim, uma vida normal se fosse pensar em um orfanato, uma história bem normal.
Mas achei legal que, apesar de tudo, a escrita era tão boa que nem se percebe o tempo passar e, apesar de não ser um tema UAU, você fica ali lendo até o fim das páginas.

larissa3546 24/10/2023

Baby baby não me abandone jamais
Ficção, ciência, drama, romance, tudo misturado em uma das melhores leituras que fiz.

descobri esse livro lá em 2017 e enrolei pra ler e finalmente consegui pular de cabeça na história deles. a leitura é extremamente fluida que ficou até difícil de parar de ler em alguns momentos porque eu sentia que precisava terminar o capítulo logo pra conseguir entender tudo.

pensamentos sobre a existência humana, sobre sermos livres, sobre o futuro determinado (como é o caso deles que já tem uma função obrigatória pro futuro), sobre até onde a ciência pode ir (mesmo q seja uma distopia), e tantas outras coisas vieram na minha cabeça e foi incrível.

definitivamente vale MUITO a pena a leitura. no início pode parecer confuso de entender o que são cuidadores e doadores, o que eles tão fazendo na ?escola?, porque ela detalha tanto algumas cenas mas no final da pra perceber como fica redondinha a história e por mais que o livro termine daquela forma, o leitor já imagina quais são os próximos passos da personagem.

Sofs 23/10/2023

Narradora melancólica e inocente
Eu gostei muito de ler sobre a infância e juventude de Kathy a partir da sua visão resignada, mas consciente, em relação ao seu "papel" ali e aos vários afetos dela. Amigos, colegas, guardiões, Tommy e Ruth...todos eles eram interpretados pela narradora de uma maneira que me fez sentir muito mais conexão com a "alma" verdadeiramente humana dela do que se a narrativa tivesse sido uma história de ação, com tentativas de fuga e etc. Essa aceitação do destino aterrorizante (porque é tudo de fato absolutamente aterrorizante e cruel), seguida da esperança inocente, seguida da aceitação de novo foi o que me fez sentir muito muito mais por ela e todos os outros e entender a história, não ironicamente, como uma narrativa do que é ser humano.

Jeferson.Alcantara 20/10/2023

Sobre propósitos
É um romance que se passa em uma realidade alternativa e acompanha a vida de três amigos, Kathy, Ruth e Tommy, que crescem em um internato. A história explora a complexa dinâmica de amizade e amor entre os personagens, enquanto desvenda segredos sombrios sobre o propósito real e o destino que aguarda seus alunos.

O livro aborda temas de identidade, destino e moralidade em um contexto que desafia as expectativas do leitor. É uma narrativa emotiva e reflexiva que levanta questões profundas sobre o que significa ser humano e as escolhas que fazemos ao longo da vida.

Moya2 14/10/2023

Uma reflexão profunda mas que foi desvirtuada
A premissa do livro é ótima, com a abordagem do mistério acerca do futuro e do papel dos principais personagens, mas o autor se concentra em profundos detalhes (e por vezes, insossos) mas que pouco contribuem para o tema que poderia ser melhor abordado.
O autor tem uma habilidade incrível em promover as características dos personagens e transmite os sentimentos com clareza ímpar, por isso não entendi o foco tão grande em diálogos tão profundos, mas que acrescentam tão pouco a ótima trama que acabou ficando em segundo plano.

Jéssica Libranumo 13/10/2023

Kathy H. tem 31 anos e está prestes a encerrar sua carreira de "cuidadora". Enquanto isso, ela relembra o tempo que passou em Hailsham, um internato inglês que dá grande ênfase às atividades artísticas e conta, entre várias outras amenidades, com bosques, um lago povoado de marrecos, uma horta e gramados impecavelmente aparados. No entanto esse internato idílico esconde uma terrível verdade: todos os "alunos" de Hailsham são clones, produzidos com a única finalidade de servir de peças de reposição. Assim que atingirem a idade adulta, e depois de cumprido um período como cuidadores, todos terão o mesmo destino - doar seus órgãos até "concluir". Embora à primeira vista pareça pertencer ao terreno da ficção científica, o livro de Ishiguro lança mão desses "doadores", em tudo e por tudo idênticos a nós, para falar da existência. Pela voz ingênua e contida de Kathy, somos conduzidos até o terreno pantanoso da solidão e da desilusão onde, vez por outra, nos sentimos prestes a atolar.

GiKT 07/10/2023

Acho difícil fazer a resenha deste livro, pois gostei ideia da história, mas não consegui me adaptar com a escrita, não consegui engatar na leitura, achei muito cansativa, um vai e volta de explicações que demorei muito mais do que o normal para conseguir terminar de ler. Por diversas vezes quase desisti.

Maria Camila 06/10/2023

Indicado por @bruno, esse não é o tipo de leitura que eu iria pegar por livre e espontânea vontade, mas ele me prometeu que eu me surpreender e realmente me SURPREENDI com o que li!

Aconselho a NÃO LER NENHUMA SINOPSE antes de ler esse livro, pq vai estragar a surpresa! Aqui não vou contar nada que venha comprometer a experiência de vocês mas preciso falar sobre minhas impressões.

O livro é em primeira pessoa, e quem nos conta toda a estória, é Kathy. Ela está preste a se aposentar e começa a relembrar sua infância no internato, Hailsham, junto de Ruth, Tommy e outras tantas crianças especiais!

Na lembrança de Kathy, tudo que eles vivem em Hailsham é misterioso, nem mesmo eles sabem o que os aguarda, e nos vamos descobrindo tudo junto com eles através de suas lembranças.

Kathy vai nos deixando pistas, ao mesmo tempo que vai contando o dia a dia deles em Hailsham, e vamos juntando partes desse quebra cabeça até descobrirmos o ponto principal do livro e somos simplesmente SURPREENDIDOS!

Além de toda a temática proposta, o livro fala sobre relações, amizades, escolhas, destinos, futuro, sobre os questionamentos que em muito momentos fazemos na vida!

Eu comecei a ler sem saber de nada e fiquei surtando com Vruno em vários momentos! Achei genial!

Bruno236 01/10/2023

A premissa desse livro é incrível, uma das mais fortes e originais que eu já vi mas a execução não foi das melhores.

Apesar de bem escrito achei ele bem arrastado, cheio de situações que ao meu ver eram muito bobinhas quando comparadas a magnitude do que os personagens (que tbm achei bem chatinhos) SABIAM que iam enfrentar.

Além disso não curti o conformismo deles em relação ao seu destino. Quando o plot principal é revelado não há qualquer tipo de catarse, não há revolta, não há surpresa. Eles até tentam fazer algo a respeito mas é uma coisa tão boba que olha?

A impressão que tive lendo é que se o rolê ?principal? não fizesse parte da história, não faria tanta diferença.

Pra mim, foi uma ideia genial desperdiçada numa história bem qualquer coisa.