Quem matou meu pai

Quem matou meu pai Édouard Louis




Resenhas -


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Giovana762 25/02/2024

Quando conhecemos nossos pais?
A vulnerabilidade das relações familiares expostas, entre a violência e o afeto. Achei esse livro uma tentativa de reconhecer a história dos nossos pais, mas principalmente a história do que eles queriam ser e não foram. A infância é um elemento muito marcante na obra pois nela buscamos muitos porquês. Por fim, ficamos diante das políticas que perpetuam violências contra as pessoas pobres. Apesar de curto e rápido, é o livro que nos leva a reflexões mais duradouras. Adorei!
Leitorconvicto 25/02/2024minha estante
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Adriano 23/07/2023

Surpreso
Não esperava essa mudança de foco na segunda parte do livro. O afeto e a sinceridade do escritor em relação ao pai chamou a minha atenção.

Não acho justo comparar com Annie Ernaux. É uma outra realidade, um outro tempo, uma outra França.

Foi muito bom reencontrar Édouard Louis depois de 4 anos da leitura de O fim de Eddy

Trecho:

Hollande, Valls, El Khomri, Hirsch, Sarkozy, Ma-
cron, Bertrand, Chirac. A história do seu sofrimento tem nomes. A história da sua vida é a história dessas pessoas que se sucederam para abatê-lo.
A história do seu corpo é a história desses nomes
que se sucederam para destruí-lo. A história do seu corpo acusa a história política.

Esses nomes que mencionei há pouco, talvez aque-
les que vão me ler ou me ouvir não conheçam, talvez já os tenham esquecido ou nunca os tenham ouvido, mas é justamente por isso que desejo mencioná-los, porque há assassinos que nunca são denunciados pelos assassinatos que cometeram, há assassinos que escapam da vergonha graças ao anonimato ou graças ao esquecimento, tenho medo porque sei que o mundo age nas sombras e na noite. Eu me recuso a deixar que eles sejam esquecidos. Quero que sejam conhecidos hoje e sempre, em toda parte, no Laos, na Sibéria e na China, no Congo, na América, por toda parte pelos mares, no interior de todos os continentes, para além de todas as fronteiras.
Será que tudo sempre acaba sendo esquecido?
Quero que esses nomes se tornem tão inesquecíveis quanto Adolphe Thiers, Ricardo III de Shakespeare ou Jack, o Estripador.
Quero pôr seus nomes na história por vingança.
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@emedepaula 24/07/2023

Cortante
Literatura e sua arma de afetar. Uma leitura rápida e que vai no centro nervoso de um problema social amplamente testemunhado em todas as sociedades. O esmagamento físico e porque não, cognitivo, ao qual estamos submetidos, a violência de Estado e suas implicações na vida material e subjetiva das famílias mais pobres. Admiro profundamente a crueza e coragem de Édouard Louis para fazer desse testemunho uma denúncia pungente. Bravo!
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olivromefisgou 28/07/2023

Eu gostei ?. Mas é o tipo de literatura q depois q vc lê Annie Ernaux não tem mais como comparar. Amei a dedicatória a Xavier Dolan, que já tinha matado a mãe dele ?
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@limakarla 02/09/2023

Meu primeiro livro do Édouard Louis e não poderia estar mais positivamente impressionada. Me lembra muito a forma como a Annie Ernaux escreve sobre a própria vida e as próprias lembranças, o que é um imenso elogio.

O autor fala um pouco da sua difícil relação com o pai, quando era uma criança e essa figura era contra quase tudo que o filho representava. Uma vida de um homem criado com machismo e que não teve nada em vida, que torcia para o seu filho ter o sucesso que ele não teve, mas ao mesmo tempo não se permitir ter uma sensibilidade com o mesmo.

No livro ele ainda fala sobre política, aponta diretamente o dedo para os governantes franceses que cada vez mais diminuem os benefícios para aqueles que não podem trabalhar, os impedindo de uma vida digna.
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Artemis 03/09/2023

"Talvez um dia você tivesse sido outra pessoa"
Gosto bastante de livros que tratam das memórias,e o autor de Quem matou meu pai as constrói estupidamente bem,as emoções descritas são cruas e intensas,tão altas que saem para fora das palavras,me emocionei com a relação entre pai e filho e todas as nuances e marcas que esse tipo de relação deixa, há muita dor nesse livro e ainda assim,muita ternura.
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Marcelo 06/09/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Para mim, Édouard Louis é de fato um escritor notável que ganhou destaque no cenário literário contemporâneo com suas obras impactantes e autobiográficas. Há quem compare o autor com a ganhadora do Nobel Annie Ernaux por sua escrita autobiográfica, crua e sentida. Ele aborda temas complexos, como homossexualidade, injustiças de classe, masculinidade tóxica e violência, usando uma escrita afiada e crítica. Suas obras têm o poder de dar voz às pessoas marginalizadas e invisíveis na sociedade.

Esses 2 livros são seus lançamentos mais recentes no Brasil. Em "Quem matou meu pai," Louis responsabiliza as instituições francesas pela decadência de seu pai, explorando as implicações políticas e sociais de sua história pessoal. Como em suas demais obras, não deixa de refletir sobre toda a homofobia que passou, a incompreensão familiar (principalmente paterna), a falta de amor e as dificuldades financeiras de sua família desestruturada. Em "Lutas e metamorfoses de uma mulher," ele narra as transformações de sua mãe após o fim de seu casamento, mostrando como as mulheres podem superar relacionamentos abusivos e encontrar sua própria liberdade. Mas antes de chegar nesse ponto, ele relata toda a vida sofrida de sua mãe, a perda dos sonhos, a vida na periferia, as agressões sofridas pelos maridos, os filhos problemáticos.

Em ambas as obras o autor também discute a masculinidade tóxica e como ela afeta os homens, destacando como os estereótipos de gênero podem ser prejudiciais em qualquer relação, sejam elas sociais, familiares, profissionais e mesmo pessoais.

Eu sou suspeito para falar pois sou fã incondicional do autor por me identificar muito com os relatos vividos por ele, mas no geral, a obra de Édouard Louis é um chamado à reflexão e à ação, destacando questões sociais urgentes e dando voz aos que muitas vezes são negligenciados pela sociedade. Suas obras são uma forma de resistência e um meio de confrontar os leitores com a realidade que muitas vezes preferem ignorar
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Rebeca_Moledo 12/09/2023

De onde vem a dureza de um homem e para onde vai o sofrimento que não pode ser expresso em palavras?
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david andriotto 04/10/2023

Emmanuel Macron tira a comida da sua boca.
Que experiência interessante. Comecei a ler sem imaginar a dimensão política que acabaria tomando. Édouard Louis me deixou entretido a ler seu O Fim de Eddy. Realmente, uma boa revolução seria necessária.
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@Marverosa 09/10/2023

Fantástico
Acabei de encontrar um novo autor favorito.
Escrita crua, desnuda, sensível e política.

Livro pequeno, porém fantástico, tanto em
Linguagem conteúdo e tema.

Um relato da relação conturbada com o pai, sociologicamente, psicologicamente e metaforicamente bem construído.

Prova de que não é tecido
Ser calhamaço para se ter um bom livro.
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Cristian Monteiro 09/10/2023

Como pode tão curto e tão pesado? Tão distante e tão perto?

Edouard Louis é um dos melhores autores contemporâneos, a forma com que ele narra o cotidiano, os dilemas e sobretudo as dores de sua família é tão crua, verdadeira e tão íntima que a torna universal.

E a forma com que ele costura seus dilemas como indivíduo e o viés político de sua obra, sem nunca parecer forçado é coisa de gênio.
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Lucas.Macedo 20/10/2023

Emocionante
Achei a obra de uma sensibilidade notável. A narrativa nos conduz a diversas reflexões e, em nenhum momento, cansa o leitor.

Só não dei 5 estrelas, porque achei que o final foi um pouco abrupto. Sai de um lugar emocional, entra em um âmbito mais político e social e o livro se encerra.

O comentário final sobre como é a atual relação entre o narrador e o pai é muito curto, senti curiosidade em saber mais sobre como foi o processo de redescoberta entre eles.

Mas, de um modo geral, gostei muito e recomendo a leitura!
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Faluz 30/10/2023

Quem matou meu pai - Edouard Louis
Leitura rápida mas densa. Uma relação entre pai e filho que mesmo depois da vida adulta não consegue se desenvolver. Um distanciamento constante presente, não permite que as relações se entrelacem.
Rasqueante.
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Marcos Junior 01/11/2023

Excelente! livro curto com grande impacto.
a forma como o autor vai humanizando seu pai no decorrer da história é muito bonito e especial.
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