Orientalismo

Orientalismo Edward W. Said




Resenhas - Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente


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Annelidea 01/01/2024

Desde o começo do livro dá pra perceber o quão essencial ele é pra interpretar qualquer mídia que se proponha a caracterizar "o oriente". Apesar de ser uma leitura densa, cada exemplo dado, desde livros até guerras bastante atuais, ajuda a mostrar o quanto uma narrativa completamente falsa pode se tornar a norma por um processo histórico que ainda está em curso. Como o próprio livro coloca, é necessário ser vigilante dessa suposta "erudição", que nada mais é do que o mesmo Orientalismo que nos acompanha desde o início do processo de colonização e se fortalece junto ao imperialismo. Também foi uma surpresa muito boa a abordagem direta do autor sobre a questão Palestina (em um livro de 1978 mas extremamente relevante hoje) sem medo de apontar a ação imperialista descarada dos envolvidos (Europa, Israel e principalmente EUA) fazendo conexões diretas com o próprio Orientalismo e o que viria a ser a Guerra ao Terror. Surpreendente o fato de esse livro não ser mais comentado, mas nada surpreendente as acusações de "antiocidental" que o autor se vê obrigado a comentar no posfácio da edição de 1995.
Muito feliz de ter começado ao ano com esse gigante recomendado pelo gigante canal da Broey Deschanel no seu vídeo sobre o mesmo tema. 5/5
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Feliky 14/11/2023

O Oriente como o "outro"
Considerando o contexto atual (toda a situação da Palestina), achei pertinente voltar aqui e resenhar esse livro do Edward Said, que inclusive era de origem palestina.

Enfim, começo dizendo que sim, achei um livro difícil quando li (ano passado, acho). A escrita não é fácil e Edward tem um repertório incrivelmente vasto que eu não chego perto nem de ter uns 5%, então certas referências feitas por ele perderam o peso por eu não conhecer. Por conta disso, pretendo reler esse livro só daqui há um bom tempo quando eu julgar que meu repertório estará mais satisfatório. Não acho que isso necessariamente seja um ponto negativo do livro, mas penso que isso acaba por ditar o público alvo. Não é bem aquele tipo de releitura que qualquer um faz, gostaria de fazer e entende completamente depois de fazê-la, sabe?

O livro traz consigo algumas ideias interessantes, como a formação dos conceitos de Ocidente e Oriente (que, assim como outros conceitos da geografia, são invenções) e como eles podem ser instrumentalizados. Além disso, embora ele não dê uma resposta direta do que é orientalismo, durante a leitura fica cada vez mais nítido que é essa ideia de ver o dito Oriente como o "outro", "outro" esse que é mais exótico, mais sexualizado, mais bárbaro. Que é algo a ser visto como um lugar selvagem que ou vai te fazer ficar hostil em relação a essa selvageria toda ou vai te fazer fica encantada com o quão "exótico" é, mas de maneira deturpada. No geral, Orientalismo pega muito essa ideia de como conceitos nossos são, claro, inventados (a ideia de Oriente e Ocidente, as fronteiras, etc) e como os motivos para serem inventados e como são usados merecem pausa pra reflexão, pois não são apenas palavras, são ideias que estruturam o pensamento coletivo cada vez mais.

Além disso, apesar de ter muita página (em especial porque o livro tem pouca altura, deixando a largura ainda maior) e ser capa comum, não ficou TÃÃÃÃO ruim assim como geralmente costuma ficar quando há essa combinação. Por fim, como já disse, provavelmente vou ter que reler isso algum dia.
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barbaramagalhaesr 22/09/2023

Amor & Ódio
Um livro que me fez refletir tanto mas tão cansativo de ler? Confesso que o conceito de orientalismo sempre foi um conceito muito vago pra mim?não sabia dizer o que defendia ou o que atacava, se era bom ou se era ruim. E pasmem: o livro não me ajudou nisso e sinceramente acho que não tem esse propósito de bater o martelo.
Foi esclarecedor em muitos aspectos mas a leitura é muito maçante, penei durante 2 longos meses pra terminar de ler e apesar de admirar muito o Said e reconhecer a puta pesquisa que ele fez, acho que não consigo ler um outro livro nessa mesma pegada.
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Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
Referência bibliográfica:
SAID, Edward W. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Resumo:
O livro é uma análise crítica e histórica da construção e representação do "Oriente" por estudiosos, artistas e políticos ocidentais, desde a época das grandes navegações até o século XX. Said argumenta que essa representação não apenas criou uma imagem distorcida e estereotipada do Oriente, mas também serviu como uma justificativa para o imperialismo e a dominação ocidental sobre os países orientais. Segundo ele, o "Orientalismo" é uma construção ideológica, baseada em uma relação desigual de poder entre o Ocidente e o Oriente, que perpetua a visão de que os ocidentais são superiores e os orientais são inferiores.

O livro está dividido em três partes. A primeira parte é uma introdução teórica, onde o autor explica o conceito de Orientalismo e as suas implicações políticas e culturais. Na segunda parte, Said faz uma análise histórica da formação do Orientalismo desde o século XVIII até o século XX, mostrando como a representação do Oriente foi utilizada para justificar a dominação e exploração ocidental sobre os países orientais. Na terceira parte, ele analisa as consequências políticas e culturais do Orientalismo no mundo contemporâneo, incluindo a Guerra do Golfo e o conflito entre Israel e Palestina.

Principais ideias:

O Orientalismo é uma construção ideológica e cultural do Ocidente, baseada em uma relação de poder desigual entre o Ocidente e o Oriente.
A representação do Oriente como um lugar exótico e misterioso serviu como uma justificativa para a dominação e exploração ocidental sobre os países orientais.
A construção do Orientalismo foi influenciada por fatores políticos, sociais, culturais e históricos, como o colonialismo, a religião, a literatura e a filosofia.
A imagem estereotipada do Oriente como um lugar primitivo e bárbaro ainda é perpetuada nos dias de hoje, e é utilizada como uma justificativa para a intervenção ocidental em países orientais.
Contribuições:
O livro de Edward Said é considerado um dos mais importantes estudos críticos sobre a representação do Oriente pelo Ocidente, e teve um grande impacto nas áreas de estudos culturais, literários e políticos. Ele contribuiu para a desconstrução da visão estereotipada e preconceituosa do Oriente, e mostrou como essa representação foi utilizada como uma ferramenta de poder e dominação. O livro também levantou questões importantes sobre a relação entre cultura, poder e política, e mostrou como a construção ideológica do Orientalismo tem consequências políticas e culturais no mundo contemporâneo.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Ana 06/02/2023

Demais!!
Usei a teoria Pós-Colonial no meu TCC e o livro me ajudou bastante. Tem partes que são maçantes e eu pulei pois não achava relevante pra minha pesquisa (coisas mais históricas), mas usei muito como referência.
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Fael 29/12/2022

A invenção do ?Oriente?
Durante a aclamada obra, Said aponta as fases do ?Orientalismo?, que seria uma erudição destinada a estudar o Oriente, essa porção ao leste do mundo, visto da Europa como centro dele.

A partir disso, Said trabalha com críticas perante aos orientalistas pretéritos, citando a forma de trabalho e as características presentes, além de situar tais obras no contexto histórico vivenciado pelos autores. A partir da invasão de Napoleão ao Egito, no final do século XVIII, teríamos uma primeira fase que seria responsável por trazer descrições desse Oriente, além dos estudos sobre as línguas, etc.

Com o avançar do tempo, o fascínio descritivo iria dando lugar às verdades constituídas, onde a leitura do orientalista perante o objeto de estudo iria criando fatos consumados, sem levar em consideração a constituição histórica daquela área geográfica classificada como Oriente.

Com essas verdades estabelecidas, a ideologia superior europeia, alinhada à política de dominação, faz do Orientalismo uma peça importante nesse tabuleiro da geopolítica mundial, onde Grã-Bretanha e França ocuparam papeis importantes pela hegemonia global e na constituição desse campo de estudos nomeado Orientalismo.

No século XX, pós Segunda Guerra Mundial, os EUA ganham notoriedade, dando continuidade ao processo já instaurado.

Said busca, em todo momento, criticar o ponto de abordagem de intelectuais que resumiram o Oriente, o Islã, os muçulmanos, etc, além de apontar a complexidade que tal região possui. O autor também deixa evidente em seu posfácio escrito 15 anos depois do lançamento, que seu livro não é uma obra anti-ocidente, ressaltando, como pode ser visto no trecho a seguir, os ?perigos? atrás dos interesses do orientalista:

?Minha objeção ao que chamei de Orientalismo não é que seja apenas o estudo antiquado de línguas, sociedades e povos orientais, mas que, como sistema de pensamento, aborde uma realidade humana heterogênea, dinâmica e complexa de um ponto de observação acriticamente essencialista; isso sugere tanto uma realidade oriental duradoura como uma essência ocidental opositora, mas não menos duradoura, que observa o Oriente de longe, e por assim dizer, de cima. Essa falsa posição esconde a mudança histórica. Ainda mais importante, de meu ponto de vista, ela esconde os interesses do orientalista?. (p. 443).
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Isabelly.Godoy 24/12/2022

Denso e informativo
Há algum tempo estava curiosa sobre esse livro, comecei a ler sabendo superficialmente do que se tratava. O livro aborda o mundo árabe e seu histórico de relações com o continente europeu, como o oriente médio foi o primeiro "outro" para os povos europeus, sendo considerado ao mesmo tempo com uma curiosidade pelo exótico e como um potencial inimigo (especialmente o islamismo como uma ameaça ao cristianismo). O livro é bastante informativo acerca da área de conhecimento denominada de Orientalismo e suas personalidades históricas e teóricos, por isso, penso ser um livro muito interessante para quem é da área da antropologia ou ciências sociais. Para mim, que sou de uma áera completamente diferente, o livro foi bastante informativo e aprendi muito com ele, porém também bastante denso e repetitivo em alguns momentos. De qualquer forma, foi uma leitura de muito aprendizado e que acredito ter valido a pena.
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Natanael Nonato 28/02/2022

Achei meio pombo
O livro trata do tema Orientalismo de uma perspectiva contrária a ele. O orientalismo é basicamente o estudo e a visão do Oriente, em especial do Oriente Médio, pelo Ocidente. Sendo assim, Said monta uma crítica aos escritores ocidentais que, em sua opinião, deturpam a realidade do Oriente.

Said em todo livro reforça que o Orientalismo é fruto do imperialismo europeu e que os orientalistas são preconceituosos em relação aos árabes nas suas ideias. Mas ele não tece qualquer comentário quanto aos muitos escritores alemães que não tinham o peso do imperialismo sobre suas costas, afinal de contas os Estados alemães não colonizaram o Oriente.

Li um pouco sobre o escritor e seu livro me pareceu hipocrisia já que através de uma vida e educação plenamente ocidentais ele tentou formular uma tese contrária aos orientalistas. Além disso, tendo sido um político palestino, fez todo o sentido seus ataques velados ao Ocidente.

A disputa entre o Ocidente e Oriente acirrou muito mais depois dos ataques de 11 de setembro e das consequências desses atos. Hoje em dia ainda é muito difícil pensar em uma convivência pacífica entre os palestinos e israelenses ou entre os americanos e os iranianos (que não são árabes!!!). Mas este livro, como o próprio Said disse no posfácio, não agregou muito ao tema dentro dos próprios países orientais, afinal das contas os árabes de uma forma geral nem se interessam sobre como são vistos pelo Ocidente. Estamos em épocas de puro ódio entre as nações...
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Paula 17/12/2021

Excelente
O conceito Orientalismo foi bem discutido ao longo do livro. O autor entra em debate sobre a questão da visão Oriente e Ocidente , onde temos uma grande supremacia do Ocidente sobre o Oriente.
Além disso, foi trabalhado a visão do preconceito relacionado com a região
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maria 31/08/2021

Que livro BOM! Parece tão obvio, mas alguns pontos são tão enraizados que nem percebia antes. Foi ótimo ter essa experiência de leitura no mesmo período da (fatídica) crise no Afeganistão, porque me deu uma outra visão de tudo. Pretendo reler minhas marcações centenas e centenas de vezes
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Pablo 03/05/2021

Um pouco massante, mas muito bom
O estilo de escrita do autor é um pouco cansativo, talvez um pouco erudito demais. Mas a argumentação é excelente, mostra como séculos de estudiosos, até hoje, pensam "estudar" questões do oriente enquanto não passam de destilar preconceitos construídos em cima de racismo e euro centrismo.

Infelizmente o livro foca mais no oriente médio, com poucas passagens abordando a China, Coreia, Vietnã, Taiwan e outros países do sudeste asiático (pela própria especialização do autor). Nas últimas décadas o orientalismo na economia se radicalizou a tal ponto que todos os autores asiáticos, publicando e demonstrando a direção econômica que o Estado pratica em suas sociedades, são sistematicamente ignorados pelo ocidente, que comprou a teoria neoliberal de Chicago que "fala pelo oriente" jurando de pés juntos que estes países se desenvolvem muito rapidamente por praticarem políticas neoliberais, quase "estadofóbicas". A estrutura do orientalismo demonstrada por Said é muito útil para entender este mecanismo, análogo ao que se praticava nos séculos passados.

Outro detalhe, há meia dúzia de páginas destinadas a analisar algumas declarações de Marx de 1853 sobre o modo de produção asiático, onde Marx de fato pisa no terreno do Orientalismo. Infelizmente Said não abordou as diversas colunas posteriores, de 56 e 57, onde Marx mudou de ideia, admitiu seu erro, e reviu suas teses sobre o desenvolvimento do socialismo na India e na China, a meu ver corrigindo o erro de orientalismo praticado anteriormente. Said "defende" Marx dizendo que a conclusão errada de 53 foi devido as informações erradas que ele recebeu do corpo de autores orientalistas já instalados na Europa. Talvez Said não soubesse da mudança de ideia e auto crítica de Marx, de fato muito menos difundida do que o "erro".
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claudio.louzd 12/02/2021

Chatíssimo e MUITO pouco útil
O livro não é sobre o oriente, mas sobre a visão do ocidente acerca do oriente médio (árabe/muçulmano). Trata das obras ocidentais que estudaram o oriente árabe ao longo da história, mostrando o que seriam visões preconceituosas e deturpadas sobre a região.
Cansativo ao extremo, desinteressante e sem respostas: não espere que no final o autor dê o que deveria ser a visão correta, já que ele tanto critica a visão alheia.
O autor é árabe-americano, acadêmico de letras e fala de algo que não ensina ou pesquisa no cotidiano. Parece o choro de um guri mimado que não aceita a visão que os outros têm dele.
Claro que na maioria dos casos o ocidente é injusto quando trata de qualquer povo não-ocidental e isso não é privilégio dos árabes.
Para não dizer que há zero utilidade, sempre se tira algum conhecimento histórico, além de perceber o mindset de um árabe nascido e criado nos EUA. Em 1978 já tínhamos esse fenômeno do imigrante/descendente que não se sente genuinamente natural do novo país, e cheio de complexos.
Há também alguma coisa interessante no adendo acrescentado em 1994 (mas mesmo o adendo consegue ser chato). Não recomendo. Existe tanta coisa boa para ler e tão pouco tempo para se desperdiçar na vida! A não ser que seu campo de atuação exija.
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Isabelle 07/02/2021

Depois de quase um mês de leitura, finalmente terminei. É um livro extremamente denso e cansativo em diversas partes, parte do motivo para não ter dado 5 estrelas, sou da opinião que algumas passagens foram desnecessárias e poderia ter passado batido. De resto, a leitura é maravilhosa, abre os olhos do leitor de uma forma que poucos livros fazem; estudei um pouco sobre esse assunto na faculdade, mas nunca tinha aprofundado. O autor abre portas para uma reflexão que ainda é ignorada e pouco comentada e para quem gosta dessa área é uma leitura essencial. Recomendo.
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Gabslareine 24/01/2021

Construções
O livro que foi escrito em 1975, mas que teve uma grande amplitude nos anos seguintes, tendo inclusive um posfácio do autor para a edição de 1995 sobre o seu sucesso e breves comentários sobre suas errôneas interpretações. Terminando de ler a obra é impossível não entender por qual motivo o livro foi publicado em inúmeras línguas e países diversos.

O autor de origem israelense, mas educado nos Estados Unidos se propõem a explicar e mostrar como uma tradição de duzentos anos criou a divisão entre Ocidente e Oriente, delegando ao oriental (aqui, tanto chinês como árabe, mas mais precisamente a população do Oriente Médio) um caráter inferior ao europeu.

Toda a construção desde o começo, do Renascimento, passando pelo século XVIII, XIX e XX é esplanada, citando os autores que mais influenciaram tais visões que infelizmente continuam, de alguma forma, a se perpetuar na contemporaneidade. Pois, essas visões acabaram norteando a forma de interação entre o Ocidente e o Oriente. O objetivo do autor era mostrar como as coisas são construídas, e construída por homens falhos, homens que foram influenciados por suas épocas e que dessa forma tiveram uma visão do outro cheia de preconceitos.

Apesar do livro falar sobre o Oriente Médio e a visão maléfica que o árabe continua tendo, muito por conta dessas construções, a grandeza da obra é justamente tratar de construções. Basta analisar a História do Brasil e perceber as construções de épocas passadas, feitas por homens e influenciadas pelo poder da época. Visões que ainda influenciam pre-conceitos contemporâneo, como o racismo velado, etc.

O autor é especialista em literatura e vale ressaltar que, não é somente na obra de historiografia ou outra disciplina das humanidades que se constroem esteriótipos marcados por uma época, mas sim a literatura em geral. Quando você entende essas construções fica fácil de perceber uma visão racista ou de outro tipo em qualquer gênero da literatura que seja, por isso é importante saber: a época da obra e quem está escrevendo. Assim você já absorveu 50% do texto.
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Hofschneider 07/12/2020

interessante o debate levantado, que dialoga com escritores do inicio do século dezessete até o século vinte, porem ao mesmo tempo um pouco confusa a forma de exposição.

no mais, elogia hannah arent e diz que marx eh antissemita sem desenvolver sobre isso apenas mostrando uma citação isolada.
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