O desafio poliamoroso

O desafio poliamoroso Brigitte Vasallo




Resenhas - Pensamiento monógamo, terror poliamoroso


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Jennifer.Ernesto 19/04/2022

Realmente, desafios para uma vida
O livro me surpreendeu positiva e negativamente em muitos aspectos, porém, não deixa de ser um bom livro, merecedor de ser relido, rabiscado, revirado e questionado também.

A parte negativa é que eu esperava muitas respostas, e o livro me trouxe centenas de perguntas. O estudo é assim, e bons livros também são assim, casou bem com o título do livro. O que frustrou foram as minhas expectativas, mesmo. E, dessa forma, o livro me ofereceu a oportunidade de me exergar por outro viés e construir um amadurecimento. Pasmem, é dolorido e não tem como voltar atrás.

Eu, realmente me impressionei pelo fato da autora não ter formação acadêmica. Porém, tem um riquíssimo background. Como eu estou envolvida com academia, com frequência eu me sinto na linha tênue entre o conforto e o desconforto dessas narrativas, tanto dos outsiders, quanto dos insiders.

Apesar de muitos mea culpas, a autora é coerente em sua proposta. Quero explorar as suas outras publicações e ter a oportunidade de ver o amadurecimento de suas construções. Além disso, quero retornar nesse livro em vários momentos, e observar a minha própria maturidade em relação as suas ideias.
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Daniela 25/08/2022

Visão ética, crítica e amorosa sobre o poliamor
Brigitte Vasallo coloca questões muito importantes neste livro, não romantizando uma vida não-monogâmica, mas sim responsabilizando-nos por nossas decisões, pela ética das relações que fazemos parte. Pela forma que escolhemos nos relacionar.
A preocupação é em construir vivências comunitárias e descentralizar a vida em casal, para vivências de amores que não estejam baseados em monogamia ou sexo. Da importância da comunidade, dos laços éticos e respeitosos, da decisão e responsabilidade pelos desejos e tomadas de decisão para que nossas escolhas não sejam narcísicas e egoístas, mas que levem em consideração o bem-estar da rede que se cria.
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Thiago Araujo 10/02/2023

Um estudo sistêmico sobre a monogamia
Apesar do título, o livro foca bastante em entender como a monogamia virou uma normalidade e como isso causa tanto mal em nossa sociedade e em nossas relações. Vassalo é uma pesquisadora incrível e seu livro tem diversos elementos que vão além das questões relacionais. Um livro teórico mas também pessoal, achei uma leitura incrível. Pra quem ta procurando ler sobre o tema sobre um viés mais totalitário e não apenas em questões pessoais e individuais esse livro é ótimo!
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Mila 21/01/2023

Fantástico!
Brigitte consegue fazer com que a gente repense todos os tipos de relações e tenha vontade de revisitar e reconstruir a vida todinha. Ela escreve sobre uma não-monogamia que pensa no todo, na construção de redes sadias e sustentáveis. Lindo, lindo.
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Aniram 26/12/2022

Poliamor não é essa falácia que você encontra nas redes...
Muito me incomoda esse movimento que tenho observado nas redes sociais de mais e mais pessoas que se dizem não-monogâmicas por abrirem uma relação, mas que, de fato, não o são; são apenas o que Brigitte Vasallo denomina em seu livro como "monogâmicas seriais" ou "colecionadoras de cadáveres emocionais".

Em O Desafio Poliamoroso, Vasallo traça a linha do tempo da monogamia, ilustrando os processos históricos de expansão do capitalismo e de colonização que resultaram no que chamamos hoje de "amor romântico". Para quem busca fórmulas mágicas de como se relacionar com várias pessoas ao mesmo tempo ou, até mesmo, de como não sentir ciúmes da parceria, é melhor continuar consumindo os textões de influencers no Instagram pois este livro não trará respostas. Aliás, Vasallo deixa bem claro que não-monogamia não é sobre quantidade, e sim sobre a desconstrução da perspectiva equivocada que temos do amor; não-monogamia é sobre descentralizar nossos afetos, sobre romper hierarquias e sobre combater as estruturas sociais que prejudicam, acima de tudo, corpos dissidentes.

É um livro necessário para quem realmente busca ser responsável em suas relações, trazendo um ponto de vista decolonial e anticapitalista.
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Tati 30/01/2023

O desafio poliamoroso
O livro traz muitos questionamentos, dentre eles, nosso lugar nessa engrenagem toda. O título cria certa distância aos que não compactuam com a ideia de não monogamia. Mas ele vai além de discutir sobre as relações afetivas sexual.

A autora discute tudo que envolve as monoculturas e esse é o foco, que deveríamos trazer para nossa vida tb. Questionarmos onde e como os privilégios/não privilégios nos colocam. Quem lucra e quem se beneficia de toda essa estrutura misógina, que é pensada para quem esta dentro do ?padrão? e para a exclusão de ?resto? de nós que não se enquadra.

É uma leitura por vezes incomoda, por vezes dolorosa? e muito didática.

Rende assunto na terapia e muitas viradas de chaves
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leti 04/12/2022

O desafio poliamoro
Um livro extremamente necessário.

Abordando conceitos que são pilares da sociedade neoliberal capitalista cisheteronormativa, Brigitte analisa a trajetória da monogamia e suas origens. Além de explorar a temporalidade da sexualidade e criar uma linha do tempo relacionando a consolidação do pensamento monogamico, com a consolidação do sistema capitalista neoliberal.

A escrita dela é um pouco complicada, não vou mentir. Acho que a tradução poderia estar mais elucidativa, pois achei difícil compreender algumas partes. Mas num geral, não é um livro para ser fácil de ler.

Tirando isso, é ótimo para iniciar estudos no assunto!

Adorei o livro e a personalidade que a autora trás nele, não passando uma imagem fria e falsa de, como ela mesma diz, a boa poliamorosa.

No fim, o livro não é uma receita, não espere isso. Não tem soluções para seus problemas não monogamicos, mas tem caminhos para se pensar meios melhores de lidar com eles! Gostei bastante e aprendi muito, com certeza vou reler em algum momento.

Se souberem de livros do tipo, podem me recomendar!
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Bruno Hatzfeld 29/06/2023

Um puxão de orelha único
Brigitte consegue uma escrita fluida, alternando entre analogias, experiências, estudos e, principalmente, desabafos. Recomendo a leitura para quem já tenha familiaridade com o tema, tanto em estudos quanto experiências, afinal, a autora possui mais de 20 anos de conhecimentos e de cara já nos diz que não está interessada em fazer um manual ou coisa do tipo. É um livro vivo e fui dragado pela maioria das passagens, mas não por outras, o que é completamente normal. Traz muitas ideias incríveis como a da floresta e principalmente críticas às seriealidades e o ímpeto que a liberdade da NM traz. Contudo, gostaria de entender melhor a defesa de temas como a poligamia no Islã.
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Vitoria 16/07/2023

Necessário
Há tempos flerto com esse livro, adiando a leitura talvez pelo receio de não estar pronta para o que encontraria. E não me equivoquei.

Li de um fôlego só, atravessada por reflexões que nunca havia imaginado. Brigitte Vasallo vasculha os aspectos individuais e políticos do sistema monogâmico, e vai muito além da roupagem poliamorosa com a qual a monogamia de sempre tem se disfarçado nos dias atuais.

Brigitte esmiúça as entranhas das relações, nos mostrando potenciais armadilhas no caminho de tentar construir algo que se distancie do capitalismo afetivo. E esse percurso necessariamente passa por questionamentos sobre a qualidade das relações, para que de fato se possa tecer redes em lugar de monogamias múltiplas, que tendem a ser mais danosas que as tradicionais.

Não há como estar pronta para esta leitura, assim como não há caminho traçado para o horizonte que a autora propõe. Há que se ter disponibilidade para transitar por terrenos desconhecidos, por experimentar novas possibilidades de construção afetiva.
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Pilantrinha 08/01/2024

Coloquem o capacete, vem aí uma pedrada.
A não-monogamia é um tema que intriga há algum tempo, e nunca consegui entender muito bem como a coisa funcionava. Inicialmente eu tinha muita resistência e até um certo preconceito, a ideia de estar um relacionamento com um monte de gente já me dava calafrios e vontade de sair correndo. Mesmo assim a curiosidade persistia, eu queria entender o porquê cada vez mais pessoas assumiam esse estilo de vida.

Li diversas coisas sobre o assunto, vi pessoas falando a respeito, mas o negócio ainda não me descia. Já estava mais tranquilo com a ideia, não me parecia o absurdo inicial, mas a motivação para aquele movimento me parecia muito boba, quase fútil. Qual é, não é possível que tudo isso que chamam de revolução é só uma máscara bonitinha para poder transar com várias pessoas e ainda assim ter um "lugar para onde voltar" sem se sentir culpado.

E então conheci a Brigitte.

Com esse livro eu pude ver o movimento poliamoroso quase como o comunismo. Sim, isso mesmo, o Comunismo. Não por questões políticas -- que até flertam --, mas pela incrível falta de compreensão e compartilhamento de falsas informações a respeito do assunto. Todos têm uma opinião sobre o comunismo, mesmo que a maioria nunca tenha lido uma linha sobre o assunto. Todos também parecem saber o quão ruim é a não-monogamia, mas com base em nada. O diferente é, antes de tudo, assustador.
A Brigitte simplesmente não tem pena de nada, nem de si mesma ou do próprio movimento. Ela faz o seu relato de forma crua, nua, mostrando a coisa real. Ela desmascara a ideia do amor romântico e da monogamia, mas não na tentativa de destruir seu casamento ou fazer com que você namore 5 pessoas ao mesmo tempo. Ela fala sobre a estrutura que rege a nossa sociedade e como o entendimento sobre isso já é revolucionário.

Eu costumava pensar que essa ideia de não-monogamia era só sobre adicionar amantes nos relacionamentos, só mais uma forma de se relacionar que afrouxava um pouco algumas amarras enquanto apertava outras. E esse modelo relacional existe e é bastante difundido, mas não é sobre isso que a Brigitte fala. O poliamor discutido aqui é extremamente político, revolucionário.

Talvez as ideias aqui contidas passem batido, porque esse modelo relacional não vende tão bem quanto o socialmente "aceito". Não é esse tipo de não-monogamia que dá para colocar na bio do Instagram. Acredito que, imaginar a ideia do poliamor como uma grande suruba descontrolada seja menos nociva ao status quo da nossa sociedade do que vê-lo como uma forma legítima de amar que destrói a hierarquia de nossas relações.

Para concluir, quero deixar um trecho do livro que pode acalmar os monogâmicos, como eu, que decidirem se aventurar: "É por isso que continuo afirmando que quebrar a monogamia não consiste em adicionar amantes ou casais nesta última etapa, mas em modificar a rota, dinamitar o sistema. Se isso for feito, pouco importa que o resultado seja um casal exclusivo, ele pode não ser monogâmico".

Tire suas próprias conclusões, você não tem o que perder (não mais do que já deveria).

Bebam água, comam frutas e sejam sinceros mesmo na putaria.
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Geanne 03/09/2022

Ruptura
Essa leitura ampliará sua percepção sobre relacionamentos, fará com que você sinta e tenha maior intimidade com uma possibilidade dentro de uma estrutura que reforça a monogamia como única possibilidade de relação afetiva. Excelente! Uma obra muito completa e que desperta mais ainda o interesse na temática.
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Iara 25/03/2023

Não é sobre concretizar desejos, mas tê escolhas conscientes
Sempre tive muitos conflitos internos com a ideia de me encaixar no sistema monogâmico, esse foi um dilema que tem me assombrado a mais de um ano desde que dei início a uma relação. Ler esse livro me fez me sentir menos sozinha e conseguir me entender muito melhor. O que eu quero, o que eu real preciso, e o que é só mais uma imposição desse cistema disfarçada de desconstruída e poli amorosa? Essa leitura me trouxe muita clareza sobre assunto, em um nível político, social e pessoal. Óbvio que a teoria é só a teoria e que a prática continua sendo complexa, trilhando por caminhos únicos que adentram o desconhecido. Mas a autora mostrou que é possível ser você, e construir relações saudáveis, aprendendo com os afetos que a vida te trás e coletivizando a dor para fazer da não monogamia uma prática política - e não só mais um rótulo desconstruído apropriado pelo neoliberalismo, que age de modo extremamente individualista e cria uma pilha de cadáveres emocionais. É possível amar e ser floresta - em uma imensidão afetiva que não se reduz a caixinhas e fantasias conto de fadas, costurando uma rede que se apoia encarando a realidade e trabalhando em seus processos de cura.
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Ana Clara 25/05/2023

Escolhi ler esse livro para estudar mais sobre a não monogamia e entender suas diferentes formas, modelos e possibilidades. Confesso que esperava muitas respostas, mas acabo saindo dessa leitura com muitas perguntas!

Me interessou muito a maneira como a autora escreve, contando de experiências pessoais e apresentando fatos atuais. Também a relação com culturas que praticam a poligamia como o islã e quais as suas diferenças com a não monogamia que é tratada no livre. Explicando porque não devemos confundir os dois.

Também apresenta na página 150 (versão em espanhol) propondo vários questionamentos reflexivos, um quadro que pode nos guiar para o autonhecimento de qual "tipo" de relação nos encaixariamos melhor.

Ao final, só achei "chistoso" a forma que a autora cita Shakira e Pique como um exemplo e metáfora para relacionamento ideal, perfeito e monogâmico. Quando na verdade, nem isso atualmente é correto de afirmar, depois de um escândalo de traições.
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Luiza 31/08/2023

Necessário
Tava doida pra ler esse livro, e li com bastante empolgação. Fiquei um pouco frustrada em alguns momentos, porque a autora não segue uma linha marxista rs daí fico achando a análise insuficiente. Me irritei um pouco também com algumas referências, tipo Deleuze, Guattari, Hanna Arendt. Mas é isso, são pontos de vista políticos diferentes. Ela não escreve de um jeito acadêmico, o que é bom, e o que a faz usar três referências em um só parágrafo, é bem doido rs Mas uma coisa que ela tem que eu concordo muito, e muito desse concordar talvez seja porque minhas opiniões sobre o tema foram construídas indiretamente por ela, é a questão da coletivização. Já tinha livro brevemente poucas páginas desse livro pra um estudo, e tomei um curso sobre NM Política que ela era uma das referências. Uma das coisas que mais me identifico com a leitura dela é essa perspectiva de coletivização dos processos. O conceito de redes afetivas que ela faz (usando uma analogia muito bonita de uma floresta) é maravilhoso. Coletivizar os processos na NM é essencial pra uma NM política de fato, e não uma NM na lógica do liberalismo, capitalista. No mais, a última parte desse livro foi o que mais me pegou. Foi nas minhas "entranhas", como diz a própria Brigitte. Ler esse livro num momento que estou passando por descobertas, decepções, dores, choros, alegrias, enfim, afetos diversos, foi foda, em todos os sentidos dessa palavra. É um livro que todo mundo que se pretende a ter práticas não monogâmicas (que está para MUITO além de ficar com mais pessoas) deveria ler.
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Baconzitas 26/12/2023

Cabeçudo
Tinha bastante curiosidade e interesse sobre o tema, mas é um livro denso e de estudo. Precisei ler com pausas.

Dividi um trecho com alguns pacientes em terapia.
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