KKbarros82 16/03/2021"quando eu escrevo poesia é motim"Decidi ler poesia como um hábito diário para desbravar essa forma de escrita que foi sempre estranha aos meus olhos. Poesia na escola era sempre massacrante. Odiava. Não me conectava. Drummon, Bandeira, Vinícius que homens são esses que proclamam sobre amor, saudade, solidão e sexo? Que amor, que saudade, que solidão e que sexo é esse que não me identifico? Que mulheres são essas que inspiram esses poetas que não encontro em lugar algum? No entanto ler poetas como Rupi Kaur, Hilda Hilst e Ryane Leão descobri que poesia era muito além de amor, saudade, solidão e sexo na visão masculina, descobri que poesia era revolução, libertação, reencontro, empoderamento. Quando li essas poetas aquelas palavras em versos eram como se fosse declamadas para mim. Percebi que tínhamos voz, nossa voz, nossa libertação. Mulheres que com palavras, rimas e versos usam a poesia como uma desconstrução das regras normativas e usam-a com destreza como arma poderosa para dizer em voz alta: NÓS MULHERES, SOMOS INVENCÍVEIS!!! LIBERTE-SE!!! DERRAME-SE!!!
Então, GRITEM, "isso não vai te fazer inabalável mas toda mulher que fala é invencível."
"Se querem nos privar, ocuparemos espaços! Se querem nos apagar, escreveremos livros! Se querem nos calar, vamos falar mais alto!"