O mundo da escrita

O mundo da escrita Martin Puchner




Resenhas - O mundo da escrita


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Leonardo.Moura 06/05/2020

Uma Bússola Literária
Livro para quem realmente gosta de literatura. O mesmo serve de material de apoio para o curso da Universidade de Harvard: "Masterpieces of World Literature" (professores Martin Puchner e David Damrosch). Martin, apesar da vivência acadêmica e de produzir outros livros com este teor, conseguiu dar fluidez e leveza ao texto, além de compilar em 456 páginas, milênios de conhecimento acumulado sobre a literatura mundial e seu avanço. Use como uma bússola para aprofundar pesquisas literárias.
almeidalewis 06/05/2020minha estante
Opa Leonardo,bom dia como chegou até essa literatura ? Vi aqui por vc e dei uma rápida pesquisada e despertei um interesse para lê ele.grato desde já.valeu !!!


Leonardo.Moura 06/05/2020minha estante
Bom dia!! Descobri justamente no curso de Harvard citado no texto, estou fazendo o mesmo, finaliza no dia 12/06/2020. Infelizmente não temos nenhum autor brasileiro, considerado "Literatura Mundial/Universal", ainda estamos longe.




Marcio 18/04/2020

Boa leitura para os amantes de história e suas relações com a literatura e as artes. Traz alguns capítulos interessantíssimos, como o que trata da literatura maia e caribenha.
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Giuliana 17/04/2020

Prazer
Sabe aquela leitura prazerosa, que vc não vê a hora de se aconchegar e ler?! Pois é, esse livro é assim. Com muito a história sobre pessoas e lugares e, curiosidades o autor tem uma forma clara e gostosa de contar os episódios históricos.
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Bel * Hygge Library 09/03/2020

"O mundo da escrita" (Martin Puchner)
Uma delícia de leitura que nos transporta, ao longo do tempo, pela história da escrita, da literatura e de obras fundamentais que transformaram ideias na sociedade. Não possui aprofundamento em cada época, mas é ideal como porta de entrada para pesquisarmos os assuntos de nosso interesse, assim como nos aventurarmos por entre páginas que nunca nos atreveríamos a ler.
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Hildeberto 15/02/2020

Basicamente, o livro trata do desenvolvimento das técnicas necessárias para a escrita, desde os primeiros alfabetos, passando pela descoberta do papel, da impressão, do surgimento do mercado literário... A partir disso, o autor aborda como esses processos afetaram a forma como os textos eram escritos e consumidos.

Puchner começa bem o livro, mas acaba sem fôlego. Os primeiros capítulos, até aquele que fala sobre Dom Quixote, são longos, detalhados e bem estruturados, ocupando quase a metade do livro. A partir daí, o livro continua interessante, embora os capítulos sejam menores e sem o nível de refinamento da primeira parte. A abordagem torna-se um pouco displicente, culminando em um capítulo que o autor conta de suas férias no Caribe, Santa Lúcia (sob o pretexto de uma entrevista com o ganhador do Nobel de 1992) e um outro minúsculo sobre as novas tecnologias de leitura - uma revolução tão importante como esta mereceria um pouco mais de atenção.

"O mundo da escrita" é um livro bom o suficiente para passar o tempo e entreter, principalmente para aqueles que se interessam por história e amam ler; com uma escrita fluída, ele traz muitas informações interessantes que nos mostram como o ato de ler e escrever é importante para a história da humanidade. Seu defeito está, na minha perspectiva, em não aprofundar-se nos movimentos dos últimos dois séculos.
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Karin 10/02/2020

Esperava mais...
O inicio e parte da metade são bem divertidos, apesar de superficiais. Depois senti que se tornou, mais um relato de viagens do que qualquer coisa... Ao contrário do título, você não se aprofunda muito na literatura, apenas em algumas poucas histórias. Algumas das quais são até um pouco questionáveis de se estarem lá (Seria mesmo a declaração da independência dos Estados Unidos e O Manifesto Comunista, literaturas? Seriam elas realmente merecedoras de um capítulo inteiro para si em vez de explorar outros trabalhos com maior importância literária?
Outro problema é que o livro não se decide se quer lhe contar a história da fabricação de livros e alfabetos ou se quer te contar um relato de viagens ou detalhar a vida de alguns escritores.

Você acaba descobrindo mais sobre o processamento do papel mas ainda não o suficiente para ficar satisfeito com a leitura. Acaba que o livro não detalha direito nem sobre a arte da escrita e processamento de livros, nem da literatura, só um geral de tudo. No início é agradavel, mas para o final de minha leitura, já me questionava sobre o que estava lendo, quando os relatos de viagem ficavam ocupando cada vez mais espaço...

O autor também incessantemente tentando ligar os capítulos uns aos outros com referências forçadas também me irritou muito.

É um livro de curiosidade, interessante para leigos, mas definitivamente não é o livro aprofundado que eu esperava e que ouvi tantos elogios.
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Camila Faria 02/02/2020

Um livro para quem ama livros. Uma viagem muito agradável (e extremamente curiosa) pelo universo da literatura, a partir de 16 textos fundamentais, que vão da Ilíada a Harry Potter. Que delícia ler sobre textos tão importantes para a história universal e tão pouco comentados, como A Epopeia de Gilgamesh (capítulo incrível!) e outros super famosos, mas cheios de curiosidades surpreendentes, como Dom Quixote. O autor passa pelas grandes conquistas tecnológicas que permitiram o avanço e a evolução da literatura, como o alfabeto, o papel e a impressão ~ em textos informativos e, ao mesmo tempo, divertidos (uma raridade). Um presentão para aquele amigo/parente/crush que vive por aí agarrado com um livro. #ficaadica

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-26/
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Paulo 19/12/2019

O Mundo da Escrita é uma viagem por milênios de história da publicação. Puchner percorre desde os primórdios da civilização com obras como Ilíada e a Epopeia de Gilgamesh, passando pelo surgimento da impressão, os escritos de manifesto e até chegar aos dias de hoje. Alguns leitores vão estranhar a ordem dos capítulos que segue muito o gosto do próprio Puchner. A gente percebe logo de cara que não se trata de uma obra acadêmica per se, mas algo introdutório e voltado para incentivar o leitor a refletir mais sobre o quanto a literatura foi fundamental para diversos acontecimentos históricos como a ascensão de Alexandre, o Grande, o domínio do cristianismo durante a Idade Média, a Revolução Francesa, o socialismo e tantos outros.

Puchner é muito gentil na forma de escrever e é como se o livro tivesse sido escrito por alguém que gosta de ler e de conhecer mais sobre esse hábito. O capítulo final é uma prova cabal disso quando ele nos conta como foi sua experiência já mais velho no mundo de Harry Potter. Ele tentando compreender o que atraía as novas gerações a esse estranho e mágico mundo. São intercalados momentos factuais com experiências e reflexões do próprio autor, o que deixa tudo leve e fácil de ser compreendido.

Como historiador algumas coisas me incomodam aqui ou ali, mas vai mais das opiniões do autor do que propriamente incongruências. Acho que ele deu pouco espaço para literaturas do Novo Mundo e do continente africano. Para os brasileiros, há uma total ausência da nossa literatura... poderia ter tido algumas páginas dedicadas ao caráter regionalista da escrita brasileira ou até para falar do realismo mágico, um fenômeno tão latino e que hoje é visto com reverência entre algumas escolas literárias. Eu também teria dedicado um capítulo para falar sobre a literatura de gênero e em como ela consegue remeter à nossa realidade. Mas, são escolhas e eu só posso lamentar as ausências.

No mais, eu discordo da comparação com Sapiens. Acho que a obra de Puchner fala por si só, sem a necessidade de comparações. Temos essa mania incômoda de buscar parâmetros para as coisas e esquecer da individualidade de uma obra. O Mundo da Escrita é uma ótima e inspiradora leitura para aqueles que são amantes dos livros ou simplesmente quem deseja conhecer este rico universo.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Mariana Dal Chico 13/11/2019

“O mundo da Escrita” de Martin Puchner foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras que me enviou um exemplar de cortesia.

O autor leva o leitor por diversos cantos do mundo para contar a origem da escrita, que foi inventada ao menos duas vezes em lugares diferentes. Na introdução ele avisa que “os protagonistas mais importantes da história da literatura não são necessariamente autores profissionais”.

Para fins didáticos, Puchner divide a história da literatura em 4 etapas:
1 - pequenos grupos de escribas que dominavam sozinhos os sistemas de escrita e controlavam os textos.
2 - professores carismáticos que influenciaram sacerdotes e escribas que desenvolveram novos estilos de escrita.
3 - surgimento de autores individuais mais ousados com novos tipos de literatura.
4 - uso generalizado do papel e imprensa, popularizando a literatura.

O autor escolheu algumas obras para ilustrar momentos chaves da história da literatura, como “Ilíada”, “A Epopéia de Gilgamesh”, “Romance de Genji”, “O livro das mil e uma noites”, “Popo Vuh”, “Dom Quixote”, “Manifesto do Partido Comunista”, “A epopeia de Sundiata”.

A literatura como símbolo de poder e autoridade vem desde sua concepção, poucos podiam compreendê-la. Mas com o surgimento da imprensa, papel mais barato, literatura voltada para o povo, a disponibilidade do livro cresceu, gerando na população o desejo de alfabetização, que aumentou a procura por livros, gerando um ciclo que difundiu a escrita e leitura.

A queima de livros com a finalidade de restringir conhecimento é uma prática antiga, que se repete ao longo dos anos. Ainda hoje temos ecos dessa prática e, se os livros não são literalmente queimados, muitos recebem o status de “proibido”.

Atualmente estamos vivendo uma nova revolução na literatura onde novas formas de produzir, consumir e distribuir literatura estão surgindo.

O livro é repleto de informações interessantes, mas a narrativa do autor me incomodou em diversos momentos. Ele coloca suas experiências pessoais com frequência em primeiro plano e essa prática cresce principalmente a partir do capítulo 11, onde ele foca mais no relato de suas viagens do que na história da escrita/literatura em si.

Foi uma experiência incrível, aprendi muita coisa e recomendo a leitura para todos e não apenas para amantes da literatura. Apenas tenha em mente que esse não é um livro de não-ficção imparcial.

site: https://www.instagram.com/p/B4z1pf6DoDD/
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Cheiro de Livro 10/09/2019

O Mundo da Escrita
Não sei como vocês conhecem e descobrem novos livros mas eu, além das dicas de amigos, sou uma grande frequentadora de livrarias. Não fico só flanando entre as estantes, tenho livrarias preferidas – Timbre e Malasartes – e nessas eu aceito todas as dicas. Foi assim, acreditando cegamente na indicação obtida na Timbre, que “O Mundo da Escrita” (tradução de Pedro Maia Soares) chegou na minha mão. Que dica perfeita, mais uma da Rosana.

Martin Puchner é professor de literatura comparada em Harvard e escreve um livro que faz um grande panorama sobre a escrita através da história. Ele vai traçando a criação dos alfabetos e a evolução da escrita e mesclando com as evoluções tecnológicas que também influenciaram como escrevemos ao longo dos séculos.

Como conquistas, invasões e um mundo mais conhecido e conectado fez com que histórias como “As Mil e Uma noites” e “A Odisseia” tornaram-se universais. Puchner nos leva a uma viagem pelos grandes impérios e chega até Hogwarts.

Ver a criação do papel como tecnologia primordial para a expansão de todo o tipo de escrita, sejam os textos sagrados e diversas religiões chegando a livros proibidos na União Soviética. “O Mundo da Escrita” é um jornada interessantíssima sobre como ler, escrever e se conectar moldou o mundo em que vivemos. É dessas leituras que não se consegue colocar de lado.

site: http://cheirodelivro.com/o-mundo-da-escrita/
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Letuza 14/08/2019

Incrível viagem pelo mundo da literatura
Uma viagem pelo mundo da literatura e dos livros passando pela Ilíada, Epopeia de Gilgamesh, Romance de Genji, Bíblia, Vedas, Corão, Mil e uma noites, Popol Vuh, Dom Quixote, Manifesto do Partido Comunista, Réquiem, Epopeia de Sundiata, Poemas caribenhos e Harry Potter. Além da história dos povos, o livro traz histórias de batalhas, revoluções, ideias, conquistas e derrotas. É uma leitura incrível, um trabalho de pesquisa espetacular do autor que viajou pelo mundo para ver e explorar os segredos da literatura. A escrita é leve, prende a atenção e estimula a curiosidade. Um livro para ser guardado e lido novamente! Super recomendado!
#omundodaescrita #martinpuchner #livros #leitura #amoler #literatura
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/06/2019

Martin Puchner - O Mundo da Escrita
Editora Companhia das Letras - 488 Páginas - Tradução de Pedro Maia Soares
Lançamento: 17/05/2019

Martin Puchner, professor de literatura comparada da Universidade de Harvard, apresenta uma descrição apaixonada da literatura e da sua evolução ao longo do tempo por meio de alguns textos fundamentais da história da civilização: A Epopeia de Gilgamesh (2.1000 a.C.), Ilíada e Odisseia de Homero (800 a.C.), Romance de Genji de Murasaki Shikibu (1.000 d.C.), Dom Quixote de Cervantes (1605 d.C.) e muitos outros. O autor demonstra como a palavra escrita ajudou a construir este mundo globalizado como o conhecemos hoje, "um mundo em que conversamos rotineiramente com vozes do passado e imaginamos que podemos nos dirigir aos leitores do futuro". Das escrituras sagradas da Bíblia até o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, uma viagem fascinante e sem preconceitos pelo universo dos livros.

Neste momento em que vivemos uma nova revolução tecnológica nos processos de escrita e leitura, utilizando os nossos tablets e celulares de última geração, curiosamente retornamos no tempo a um procedimento de rolagem de texto como nos antigos rolos de papiro, sem falar nos ícones do tipo emoji que nos remetem ao processo de escrita por hieróglifos como no antigo Egito. Nesta confusão entre forma e conteúdo, Martin Puchner nos chama a atenção para uma constatação óbvia, mas normalmente menosprezada: "um texto precisa permanecer relevante o suficiente para ser traduzido, transcrito, transcodificado e lido pelas gerações para persistir ao longo do tempo. É a educação, e não a tecnologia, que vai assegurar o futuro da literatura."

"[...] A revolução do alfabeto, iniciada no Oriente Médio e na Grécia, facilitou o domínio da escrita e ajudou a aumentar as taxas de alfabetização. A revolução do papel, iniciada na China e prosseguida no Oriente Médio, reduziu o custo da literatura e, assim, mudou sua natureza. Também preparou o cenário para a revolução da impressão, que começou no Leste Asiático e, centenas de anos depois, se espalhou para o norte da Europa. Houve revoluções menores, como a invenção do pergaminho, na Ásia Menor, e do códice, em Roma. Nos últimos 4 mil anos, houve alguns momentos em que as novas tecnologias transformaram radicalmente a literatura. [...] Está claro que nossa atual revolução tecnológica está lançando para nós, a cada ano, novas formas de escrever, de e-mails e e-readers a blogs e tuítes, mudando não só o modo como a literatura é distribuída e lida, mas também como é escrita, à medida que os autores se ajustam a essas novas realidades. Ao mesmo tempo, alguns dos termos que começamos a usar recentemente parecem momentos anteriores da longa história da literatura: como os antigos escribas, estamos cada vez mais desenrolando textos e sentando curvados sobre tabuletas. Como compreender essa combinação de velho e novo?" (p. 20)

É claro que a tradição oral foi essencial para a formação de alguns textos fundamentais como é o caso da Ilíada e Odisseia de Homero. Existem semelhanças entre alguns textos fundadores de muitas escolas filosóficas e religiões modernas que tomaram como base os ensinamentos transmitidos oralmente por mestres como Buda, Confúcio, Sócrates e Jesus, ideias registradas posteriormente por discípulos, que permitiram a distribuição e perpetuação do conhecimento. De fato, o judaísmo, cristianismo e islamismo, tem como base escrituras sagradas, muitas vezes sujeitas a um efeito de "fundamentalismo textual que se baseia em duas suposições contraditórias: uma sustenta que os textos são imutáveis e fixos, a outra reconhece que eles precisam ser interpretados, mas restringe a um grupo exclusivo a autoridade para fazê-lo".

"O nome de um cantor, Homero, tornou-se famoso (embora nem tenhamos certeza de que tenha existido um cantor com esse nome), mas desconhecemos o nome do talentoso escriba que registrou no papiro a história da guerra de Troia. E, no entanto, foi sua colaboração que tornou a versão de Homero excepcional. Uma vez que o escriba anônimo anotou a versão de um cantor, uma vez que a Ilíada não foi montada por diferentes escribas e diferentes cantores ao longo de muitas gerações, o resultado foi muito mais coerente que o de outras escrituras, como a Bíblia hebraica. Ressalte-se que, no mundo da Ilíada, com uma única exceção, não há descrição da escrita: a epopeia apresenta-se como sendo cantada, em vez de escrita. A Ilíada e o alfabeto grego, um alfabeto baseado no puro som, constituíam uma combinação poderosa, e juntos teriam consequências de longo alcance. Em algumas centenas de anos, a Grécia tornou-se a sociedade mais letrada que o mundo já conhecera, testemunhando uma extraordinária explosão de literatura, teatro e filosofia." (p. 38)

Voltando o foco para a literatura, Martin Puchner analisa um clássico de todos os tempos, "O livro das mil e uma noites" que compreende uma variedade de contos populares e fábulas de cunho moral do Oriente Médio e do Sul da Ásia, compiladas em língua árabe desde o século IX e reunidos em uma única história, narrada por uma das protagonistas mais interessantes já imaginadas, a inteligente Scheherazade que devia contar novas histórias todas as noites, interrompendo cada conto ao amanhecer para continuá-lo na noite seguinte, o que a manteria viva ao longo de muito tempo. O uso do papel transformou a literatura no mundo árabe porque era muito mais fácil de ser produzido do que o papiro ou o pergaminho. Portanto, reduziu o custo de produção e isto foi perfeito para a divulgação do "livro das mil e uma noites".

Outra abordagem do autor é a influência política dos livros, para o bem e para o mal, principalmente quando foi exercido o controle sobre a impressão, por exemplo nos Estados totalitários como a União Soviética e a Alemanha nazista. No período de maior crescimento do regime nazista, Mein Kampf tornou-se o título de maior sucesso na Alemanha com 1031 edições e 12,4 milhões de exemplares publicados (o livro mais não lido da história segundo Martin Puchner). Já na União Soviética, durante o governo de Stálin, a poeta Anna Akhmátova precisava memorizar os seus poemas e transmiti-los oralmente para um grupo de amigas, posteriormente esses poemas e outros textos de autores perseguidos, como Alexander Soljenítsin, foram divulgados em uma publicação clandestina denominada "samizdat".

Um livro de caráter enciclopédico, mas que se lê com muita facilidade e prazer, tanto pelos amantes da literatura quanto por aqueles interessados em história de uma forma geral. É um fato peculiar que este lançamento tenha sido inspirado por um curso sobre literatura universal, "Masterpieces of World Literature", para estudantes em Harvard e em outros 155 países, graças à nova tecnologia de educação on-line, o que comprova que, depois de 4 mil anos de história, testemunhamos agora uma novíssima transformação dos meios de divulgação do conhecimento e da escrita.

No entanto, precisamos ter atenção redobrada na questão do conteúdo, se por um lado a facilidade de autopublicação nas diversas plataformas eletrônicas e redes sociais transforma todos os leitores em potenciais escritores, esta produção nem sempre se traduz em qualidade literária, como bem sabemos. Enfim, por essa e outras questões, O Mundo da Escrita é uma recomendação que não deve faltar na sua biblioteca, seja ela digital ou impressa.
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