Mey 28/02/2024
Eu já havia lido “Hilda Furacão” há alguns anos, quando ainda estava na escola, mas percebi que não me lembrava de absolutamente nada da história, porque totalmente influenciada pela rede vizinha, achei que leria um romance entre um Santo e uma prostituta.
Apesar de levar o nome “Hilda Furacão” , o livro de Roberto Drummond não é sobre a figura misteriosa que agitava as noites da Guaicurus, em Belo Horizonte. O autor vai fazer mais um retrato da sociedade da capital mineira, às vésperas do golpe de 64.
O autor tem uma narrativa bem coloquial, que segue o seu fluxo de pensamento, indo e voltando na história, contando detalhes de histórias paralelas, para preencher o pouco que se sabe sobre Hilda e Malthus, ela uma jovem rica que desistiu de tudo para se prostituir e ele um jovem candidato a santo, que pouco conhecia da vida.
Além de Hilda e Malthus, vamos acompanhar Arame, um jovem ambicioso que trabalha atraindo ninfetas para um homem poderoso e também, Roberto, o próprio autor do livro, um jovem comunista que trabalhava como jornalista.
O livro não é ruim, achei divertida a forma que o autor tem de contar a história, parecia que estava sentada numa mesa de bar, conversando com um amigo. E como mineira, que mora em Belo Horizonte, é encantador ver como tudo era antes do golpe e como caminhou para isso tudo.
Para os fãs de história e principalmente, para quem tem interesse em saber mais sobre o período da ditadura brasileira, vale a pena ler “Hilda Furacão”. Mas se quer ver uma história de amor, assista a minissérie da Globo. Aqui temos duas figuras enigmáticas, com histórias misteriosas e um romance com um triste fim (afinal, é a vida real).
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