Laços de família

Laços de família Clarice Lispector




Resenhas - Laços De Família


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antuan_reloaded 19/05/2024

[10/10]?
Em "Laços de Família", Clarice Lispector explora a náusea existencial, por meio da qual as protagonistas de seus contos são frequentemente confrontadas com uma realidade que as desestabiliza e as tira de seu eixo habitual. Cada conto do livro insere os seus personagens em situações cotidianas que não surgem de grandes acontecimentos, mas de interações banais e rotineiras. O ambiente público e urbano, fora de casa, desempenha um papel crucial para esses acontecimentos, ficando o apartamento e os jantares noturnos como resquícios da vida privada e doméstica. Clarice coloca suas personagens em bondes, ônibus, ruas movimentadas, trilhos, restaurantes e parques. A urbanidade moderna serve como um espelho das ansiedades internas das protagonistas, refletindo a confusão e a desordem de suas vidas interiores. Laura, de "Amor", é, sem dúvida, uma das minhas personagens favoritas de todos os tempos e esse conto é um exemplo perfeito do que há de melhor na prosa moderna brasileira. Vale pontuar, ainda, que as tardes, em particular, são momentos significativos na obra de Clarice, pois é durante essas horas de transição entre o dia e a noite que os personagens frequentemente experimentam epifanias perturbadoras. A luz suave, a falta do que fazer durante esses momentos e a calmaria aparente das tardes contrastam com a turbulência emocional que emerge nas narrativas, realçando a tensão entre a superfície calma da vida cotidiana e o tumulto interno dos indivíduos. Com isso, o simples ato de viver se transforma em um desafio constante, já que o familiar se torna estranho e o ordinário se torna extraordinário.
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aillia 18/05/2024

Não leia esse livro se for a sua primeira experiência com a autora!
Nos sabemos da grandiosidade da escrita de Clarice, isso é inquestionável. Mas só consegui salvar uns quatro contos do livro (Amor, Uma galinha, A Imitação de uma rosa, e Feliz aniversário), o resta foi confuso, e por vezes indecifrável. Talvez, seja por pura ignorância da minha parte, mas a maioria dos contos era muito tediosa, uma grande prosa filosófica em que só o autor entende... não me dou bem com esse estilo. Se Querem começar a ler Clarice com gosto, vai pelos mais clássicos como " A hora da estrela".
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PinkPaulaS 18/05/2024

Finalmente terminei esse livro. Clarice sempre me dá trabalho, mas esse requereu um pouco mais de mim. Achei mais denso do que Felicidade clandestina. Muitos momentos de ?ué, quem essa dona pensa que é pra falar comigo desse jeito??. E um conto para o qual eu não estava preparada e me fez deixar o livro de lado por uns dias até digerir o desconforto.

Pra ler sem pressa, como tudo da autora.
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Karol 17/05/2024

Amadurecimento
Só espero poder ler ele dnv daqui uns anos e poder evoluir minha leitura para clássicos, mas espero n deixar os de romance de lado p isso
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iszbellz 16/05/2024

Laços de Família ?
Um livro com 13 contos que em sua maioria tem protagonistas femininas que passam por situações de transformação. É um livro um pouco denso, mas na maioria dos contos dá para entender a mensagem que Clarice queria passar!


?De que tinha vergonha? É que já não era mais piedade, não era só piedade: seu coração se enchera com a pior vontade de viver.?

?E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.?

?Nunca se devia ficar com uma coisa bonita, assim, como que guardada dentro do silêncio perfeito do coração.?

?Era um instante que pedia para ser vivo. Mas que era morto.?
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mylle 16/05/2024

Eu gostei bastante de algumas histórias, me deixou reflexiva e me fez associar com o meu eu. o problema aqui é minha não familiaridade com esse tipo de escrita; um dia eu vou reler ele e quem sabe eu tenha outra visão acerca não só dessa obra mas de outras dela também
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paixão 15/05/2024

"onde aprender a odiar pra não morrer de amor?"
Clarice mais uma vez nós arrebata com vários enredos e várias mensagens contidos em um livro só, que não falha em te marcar a cada conto. Acho que existem trechos ali, e até contos inteiros, que nunca vou conseguir colocar em palavras como fizeram eu me sentir, e nem porque passei o dia todo pensando neles quando li. E isso é tão único de obras da Clarice, com seus contos subjetivos e envoltos por mensagens escondidas em cenários simples do cotidiano, ela invoca nosso lado mais sensível e consegue encontrar uma parte de nós que vai se identificar com pelo menos um dos escritos. Mesmo mais de 100 anos após seu nascimento, Clarice segue sendo atemporal.
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Jeh.vias 11/05/2024

Livro Denso.
Neste pequeno livro temos 13 contos escritos por Clarisse, todos giram em torno de dramas familiares e possuem em comum protagonistas femininas que passam por fases de transformações, geralmente ruins.
Fica muito claro que a escritora procurou evidenciar em forma de crítica os múltiplos papéis exercido pelas mulheres na sociedade, o que é muito interessante, dada a época em que os contos foram escritos.
Nota-se claramente que Clarisse era uma mulher a frente de seu tempo, que tinha um ollhar muito profundo sobre os dramas pessoais e familiares.
Todos os contos possuem certo ceticismo e a linguagem é completamente direta.
É preciso certo tempo para se ler e compreender laços de família, pois a linguagem é bastante cansativa, densa e acaba não prendendo tanto o leitor.
Dei nota 3 para ele, justamente por ter me sentido muito cansada pela leitura difícil e em alguns contos ter que buscar resenhas na internet para compreender melhor.
No geral, é um ótimo livro, principalmente para analisar mais profundamente.
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Rossana 08/05/2024

Foi um livro que, no primeiro momento, li sem grande entusiasmo, apesar de se tratar da Clarice Lispector. Não sou chegada à contos. Prefiro tramas mais complexas. Mas é um livro interessante, rico e intenso.

Sao treze contos que exploram as complexidades das relações familiares, a solidão, a identidade e a condição humana de forma profunda e introspectiva.

Em princípio, não consegui entrar nos personagens, me dispersava muito e o livro não rendia, não envolvia, mas decidi me concentrar e enfim, descobri um livro emocionante e que provoca grandes e importantes reflexões.

Cada conto apresenta personagens marcantes e situações cotidianas profundas e cheia de mistérios, onde a autora explora as nuances da alma humana, os dilemas existenciais e as emoções mais íntimas de seus personagens, levando-nos a pensar sobre nós mesmos. Desperta o nosso lado humano.

É uma leitura essencial para todos aqueles que apreciam a literatura de qualidade. Considerada uma obra-prima da literatura brasileira que permanece atual e impactante até os dias atuais.

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06/05/2024

Curto mais longo ao mesmo tempo
Não sei MT sobre esse livro, engraçado q quando eu lia várias vezes fiquei cansada e n sabia se ia conseguir terminar ele , mas né obriguei a termina-lo pq ele é MT pequeno, e assim acabei ele .

Os contos são MT bons todo estão em torno de coisas ligadas a família, já remetendo a o título do livro né , enfim. Eu mesma me identifiquei com algumas frases de alguns contos .

Confesso que o conto que mais me pegou foi do professor, pq ele desistiu do que ele mais amava por conta da família dele , e sinto q muitas vezes a gente comete isso, pq as vezes deixamos de sermos felizes para agradar nossos familiares, tanto mãe,pai,tio, irmão, namoro, marido, filho, filha etc.
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Gabrielli.Budart 03/05/2024

Laços (estrangulantes) de família
Ler Clarice é se encontrar desnudo contra a própria vontade, pego no ato, e precisar admitir ser humano. Frases aparentemente despretensiosas atingem feito um ônibus sem freio, de súbito, bem nos corações desavisados.

Dito isso, vou deixar pequenos comentários sobre o que achei de cada conto, com um pouquinho de humor em alguns porque sou assim. Lá vai:


1. Devaneio e embriaguez de uma rapariga
Um deleite deixar-se entregar aos pensamentos mais honestos de uma pessoa bebadita.


2. Amor
Esse conto é um sentimento inteiro que ainda não tem nome. Apenas algumas páginas que me deixaram pensando por anos desde que li pela primeira vez.
Clarice traz à tona maravilhosamente a inquietude de ser mulher. Estamos tão acostumadas a estarmos sempre ocupadas, preocupadas com o externo a nós, que o ato de mergulharmos em nós mesmas é arrebatador e difícil. Mas quando os ovos se quebram e lidamos com as gemas que escorrem pelos dedos, aí já não tem mais volta. A hora da tarde sempre volta.
Esse conto é um infinito.


3. Uma galinha
Virei uma vegana triste depois desse, pobre Marilu.


4. A imitação da rosa
Mergulhei de cabeça no pensamento obsessivo e ansioso da personagem. Uma eterna ambiguidade entre o dever e o desejo.
Me fez lembrar O Espelho do Machado.


5. Feliz aniversário
Essa festa virou um enterro. Tem uma reviravolta interessante que me fez sentir uma boba.


6. A menor mulher do mundo
Bem antropológico e filosófico sobre o que é ser humano, o que é amar e afins. Me fez lembrar de Pobres Criaturas um pouquinho.


7. O jantar
Voyeurismo.


8. Preciosidade
Eu amei esse conto, queria ter lido quando eu era mais adolescente.


9. Os laços de família
Um aviso para largar tudo e sair sem rumo sozinha e íntegra, sem laços apertados e sem se esquecer de mais nada. Esse me pegou.


10. Começo de uma fortuna
A infância do Primo Rico. (Tirando essa piada que eu fiz, gostei bastante desse, também queria ter lido na adolescência).


11. Mistério em São Cristóvão
Tive que pesquisar o que é um jacinto.


12. O crime do professor de matemática
:(


13. O búfalo
Uma mulher aprendendo a odiar tranquilamente.


É isso.
"[...] mas não encontrou ninguém que entendesse o que ela não pudesse explicar." (Os laços de família)
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Bianca1771 03/05/2024

Família
Bom... por onde começar...
Pelo que notei, o livro se baseia em histórias avulsas, com características semelhantes entre elas, como personagens pensativos e situações relacionadas com a família em si, todas elas de certa forma negativa.
Os últimos capítulos me marcaram mais, por exemplo, o professor de matemática (homem sem nome) que teve que realizar um sacrifício pela sua família, esse sacrifício seria abandonar seu cachorro, pois iria se mudar e a família convenceu-o que não havia espaço para o cão. Ele tenta recompensar esse ato maldoso enterrando um cachorro morto que encontrou na rua. Temos também o exemplo da mulher mal amada, que em um passeio ao zoológico pondera sobre o fato de não ser amada por ninguém, a mesma também relata seus pensamentos de ódio, pensamentos assassinos.

Também há algo bem marcante no capítulo da festa de aniversário, algo bem comum entre as famílias Brasileiras. Todos se reúnem para comemorar o aniversário da matriarca da família, que completou 90 anos de idade. Ao decorrer da festa de aniversário podemos notar coisas como: familiares que não apareceram por estarem "de mal" com outros familiares, uma ou duas mulheres responsáveis por toda organização enquanto o restante da família apenas aprecia as coisas feitas por elas, e também o ódio da matriarca por eles. Em uma parte do capítulo a matriarca expressa seus pensamento sobre a família, intitulando-os vagabundos, frescos, pessoas fracas. Mesmo ela sendo uma velha rude, as pessoas não levam a sério seus insultos, pois a olham como se ela fosse apenas uma criança, uma velha incapacitada. Ao final da festa, todos vão embora, prometem uns para os outros que irão se visitar, mesmo sabendo que isso não irá acontecer.

É um livro curto, confesso que fiquei meio "encalhada" na leitura, mas não foi culpa do livro em si, foi por conta de uma breve ressaca literária que tive, porém, aproveitei o momento perfeito que me apareceu hoje (luz de vela, chuva) e terminei ele.
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Nayara.Costa 03/05/2024

Esse livro vai dentro do intrisico, daquilo que muitas vezes as pessoas, sobretudo as mulheres, sentem, mas que não falam. Pensam, mas não falam. Gostariam de falar, mas não falam. Aqui se vê o dia a dia de mulheres e situações que muitas vezes elas mesmas se embaraçam, e como consequências vem a tristeza, e porquê não "fiz diferente?". Temos solidão, assédio, inveja, ciúme, dor, falta de sentido...

Um livro pra você ler quando quiser algo pesado. Não se engane, é pequeno, mas, é preciso tempo pra compreensão. Também, a autora, muitas vezes, usa de linguagem que pra ela fazia sentido, mas que, pra hoje, pode exigir subir mais degraus pra compreensão.

Em suma, razoável.
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Lady Rita 01/05/2024

A Saga Lispector
Na saga que chamei de "Livros de Clarice", passei por alguns livros e contos que julgara imprescindíveis para entender a escritora, confesso que apesar de ainda não compreender totalmente, tem sido enriquecedor ler uma mulher com escrita tão autentica, a ponto de não conseguir prever o que vem em seguida.
Pode ser um beijo, mas pode ser um soco.
No caso de "Laços de família", pode ser um "eu te amo", seguido de um "eu te odeio, porque odeio te amar".
Muito interessante, mal posso esperar pelos próximos livros.
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Gillyard0 30/04/2024

Pelo visto não mentiram
Meu primeiro contato com Lispector? que livro!
Acredito que agora eu entendo o motivo de amarem tanto essa mulher.
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