@blogleiturasdiarias 28/06/2017Resenha | Jogo de SeduçãoSendo meu primeiro contato com a autora, Nora Roberts não me decepcionou. Com uma escrita leve, fluida e ao mesmo tempo com alta carga emocional, Jogo de Sedução me conquistou. Vai ser difícil não se apaixonar pelos MacGregors.
Serena MacGregor é a filha mais nova da família. Dona de uma mente inteligentíssima e cheia de diplomas, ela decide virar crupiê de um navio para tentar ter uma visão mais ampla do mundo. Sempre conhecendo pessoas novas em um ambiente que passou a amar, numa das suas viagens ela acaba conhecendo Justin Blade.
Justin é um homem misterioso que sempre apostando e ganhando, consegue abalar seus sentimentos como nenhum outro, afinal seu jeito diferente despertou algo na Serena. Ela que logo após essa aventura no mar irá se demitir, e querer se encontrar no mundo, fica perdida com a intromissão desse homem e uma proposta que pode mudar sua vida. Mas como nem tudo é destino, ela também descobrirá um complô que aconteceu para que se conhecessem. Será capaz dela resistir a essa jogador nato? E o futuro, o que os reserva?
Um livro bem curtinho, mas recheado de tensão, drama, risadas, paixões e muito mais. Foi realmente fascinante ler algo da autora e que me agradou. Confesso que não estava esperando muita coisa pois era um romance contemporâneo — o qual não sou de ler muito . Eu gosto mas, de alguma forma a leitura tem que ter elementos que me chamem atenção, o que não tinha acontecido até então com a sinopse da história. Peguei a obra porque parecia que seria uma leitura rápida, e era o que estava precisando no momento. A medida que fui conhecendo a protagonista, sua família, Justin e tudo presente, percebi que mesma com poucas páginas, tínhamos enredo bom para ser trabalhado. E foi o que aconteceu.
"Atraente de uma forma perigosa. Mas era parte de sua natureza encarar o perigo como um desafio. Riscos podiam ser calculados, porcentagens medidas, e ainda assim... E ainda assim Serena não achava que aquele homem seguiria o caminho seguro da teoria." pág. 16
Conhecemos um pouco de cada personagem, um pouco da família — que é o tema principal da série — e isso é um dos maiores pontos positivos. É um grupo unido, compacto e que se completam na medida certa. Fiquei bem curiosa em conhecer mais sobre os outros e principalmente sobre o patriarca que tem sangue escocês—- nem vou falar que adoro.
Fora também a história por trás do Justin, que é um Comanche, um grupo nativo que tem seu passado. Junte todos esses pontos em um romance, com personagens bons, reviravoltas ótimas, boa escrita e teremos esse primeiro volume.
Admito que talvez esperasse um pouco mais do final, que apesar de se apresentar cheia de tensão e com um acontecimento bombástico dentro do contexto mostrado ainda é aceitável. Nossa mocinha destemida, atrás do que quer, e de personalidade roubou toda a cena durante a narrativa. São mulheres assim que gosto bastante em romances contemporâneos, e esse empoderamento é o que mais temos aqui. Aliás ela irá protagonizar uma cena no final hilária justamente por ser independente e correr atrás do que quer, que adorei. Espero encontrar mais disso nos próximos volumes.
A parte física foi o que mais gostei também. Essa roupagem nova da Harlequin trazida pela HarperCollins Brasil para mim foi muito bem vinda. Ótima capa, diagramação, escolha de formato e tudo mais. Na opinião própria sempre gostei dos romances de bancas e não tinha muito do que reclamar do formato, o que me chateava era o corte da história em si, onde tinhas omissão de várias cenas e partes mesmo do livro, e não sei se isso continuará com eles trazendo para o formato padrão. Inicialmente parece que não.
"—Amor que não é loucura não é amor. — Sorrindo, ela traçou a linha do queixo dele. — Eu nunca entendi isso até agora. Sei que nunca mais quero ser sã outra vez." pág. 156
Eu entendo que houve muita reclamação por causa dessa renovação só que ao meu ver veio para melhor. Todos sabemos que editora é mercado, quer lucro, e trazer o selo para as livrarias é chance de mais público ser conquistado. Não procurei saber, e não sei ainda se eles irão continuar publicando em formato pocket. Mas isso não desmerece eles resgatarem um selo que até então parecia estar esquecido.
A narrativa é feita em terceira nos dois pontos de vista. Foi caprichado o cuidado que eles tiveram na edição, com o símbolo da família presente em cada inicio de capítulo, detalhes em quebras de cenas, na questão geral mesmo. Bem aprovado. Já estou ansiosa para o próximo e espero que eles consigam relançar em breve.
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