As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


1164 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Natija 18/09/2021

Um dos melhores livros que já li
O que dizer sobre um dos livros mais impactantes na minha vida como leitora?

O que dizer sobre um escritor que foi Prêmio Nobel de Literatura e consegue tirar da zona de conforto inúmeros leitores através de suas obras?

José Saramago, em "As Intermitências da Morte", chamado de realismo mágico, é um clássico exemplo de como é possível trazer para a ficção temas nos quais se deseja colocar em pauta sem falar explicitamente.

Neste livro cria-se uma situação hipotética onde a Morte deixa de passar. Assim, em
um país fictício a sociedade precisa se organizar e entender como fará agora que as pessoas não morrem mais.

É possível verificar todas as mudanças sociais, religiosas, familiares e do Estado que decorrem do fato das pessoas deixarem de morrer.

Será mesmo que não queremos que ninguém se vá? Claro que não tenho a resposta, e isso não cabe a mim responder, mas acho interessante o debate apresentado.

As situações apresentadas ali, tais como o excesso de leitos ocupados nos hospitais e a crise no serviço funerário são apenas alguns dos temas abordados. É interessante ver como a trama se desenvolve.

Uma coisa eu garanto: é impossível terminar a leitura da mesma forma que você começou.
Jefferson Martins 18/09/2021minha estante
Sim, esse livro é espetacular!!! Sem dúvida um dos melhores que já li também.




spoiler visualizar
Rafael Kerr 29/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Sam.Menezes 03/09/2021

as intermitências da morte ?
Em um determinado país, as pessoas pararam de morrer, a morte, magoada por ser tão detestada pelos seres humanos, decide parar de cortar o fio da vida de cada um. Pessoas que sofriam acidentes gravíssimos, doentes terminais, velhos, simplesmente não morriam mais.

À princípio as gentes se sentem agraciadas por Deus, por desfrutarem da imortalidade, mas como tudo o que acontece têm consequências, e aqui não seria diferente, tomaremos conhecimento delas.

Saramago com inteligência levanta questões sobre religião e moral, também veremos uma crise existencial da morte, com um toque de humor e ironia.

A narrativa se perde um pouco por repetição, mas lá pela página 130 se recupera quando algo inesperado acontece com a morte, o que resgata a atenção do leitor. Espectativas supridas com sucesso. ???

Sobre a escrita, estranhei um pouco no começo, os diálogos não são separados do restante do texto, e falta pontuação, o que dificulta um pouco a leitura e exige mais atenção, mas depois você se acostuma com a escrita do autor.
Franciele.Simonett 14/09/2021minha estante
Gostei da resenha???




guxtavoy 17/07/2021

Livro lindo
Não sei nem o que dizer... que livro lindo demais!!
O jeito que o Saramago cria essa história maior e depois converte ela em algo tão mais simples e tão mais singelo é fenomenal. Um livro emocionante, complexo e de muita reflexão. Recomendo muito!!!
Marcos Ogre 18/07/2021minha estante
É incrível como a história vai se transformando, né?




Isis C. 15/12/2009

Incrível
Mais um daqueles livros que até a metade eu tive que me forçar pra não abandonar (detesto abandonar livros, por isso sempre insisto até o final). Até a metade apenas, pq valeu muito a pena ler!

"As intermitências da morte" foi o primeiro livro do Saramago que eu li, e tive que "aprender" a lê-lo. O autor tem uma forma diferente de colocar os diálogos, e tive que reler algumas páginas várias vezes até me acostumar com a falta de travessão ou aspas para as falas. Depois que passa essa fase inicial de se acostumar com a leitura, flui naturalmente.

O tema é incrível, pois todo mundo imagina que seria ótimo se ninguém mais morresse. É isso que ocorre no país em que se passa a história, enquanto todo o restante do mundo continua normal. Primeiramente há uma euforia por parte da população, mas depois as desvantagens começam a surgir. Pessoas em fase terminal, doentes, acidentados, todos esses agonizam nos hospitais pq não podem morrer. Pessoas fogem pela fronteira para conseguirem morrer. É um assunto que traz uma grande reflexão, e ensina a gente a dar valor a vida e respeitar a morte. Recomendadíssimo! ;)
Karol Vale 16/12/2009minha estante
Fora o fato de ter gostado do livro desde o começo, tivemos a mesma experiência: esse também foi o meu 1º livro do Saramago e tive de me acostumar com seu estilo de escrever. O que eu mais gostei foi a plausibilidade e a lógica das projeções feitas no livro. Simplesmente fantástico.


claudiney 06/07/2010minha estante
Acredito que o autor pôs em análise sua visão de como se dão as coisas no mundo real. As relações cotidianas estão atadas de forma invisível e pode resultar em desastrosas conseqüências após determinado acontecimento. Talvez por isso ele tenha se isolado do mundo.




João Pedro 08/06/2022

Morte em crise
"As intermitências da morte" foi um livro que me pegou pela premissa - a par, claro, de ser uma obra de Saramago, autor do qual eu já havia lido e adorado o livro “Caim”. Já na quarta capa tem-se o trecho que marca o início da trama, no qual se lê o seguinte: "No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado [...]" (p. 11).

É isso mesmo. Nesse romance, em determinado país, no dia primeiro de um ano novo, ninguém mais morre. Essa ideia intrigante foi suficiente para me atrair. Mas Saramago foi tão genial que conseguiu extrair de inusitado cenário uma oportunidade para escrever um romance com vezes de ensaio, ora profundamente filosófico, ora incisivamente mordaz, descrevendo em nuances quais rumos a sociedade imaginária tomaria caso a morte resolvesse parar de trabalhar.

Considero que esse livro possui duas tramas distintas. Em um primeiro momento, Saramago nos mostra a dimensão coletiva da ausência da morte. Sem focar em personagens específicas, ele põe em xeque as ações do governo, da sociedade civil, da igreja, dos filósofos, da ciência e de tantos mais setores, tornando a experiência muito mais factível do que fantasiosa. Foi nesse ponto que senti certo enfado na leitura. Depois, porém, o enredo se volta para uma personagem específica, e aqui me abstenho para não quebrar surpresas, mas desde logo garanto que é a melhor e mais intensa parte do romance.

Penso nunca ter lido um narrador tão imparcial e destacado da história. Saramago, como um exímio contador de histórias, faz-nos sentir como se estivéssemos vendo a um filme, com ele a nosso lado descrevendo cada cena. Saramago genial.
Kamyla.Maciel 08/06/2022minha estante
Amo esse livro!




Indiano 18/05/2022

Uma obra-prima!
Admito que é meu primeiro contato tanto com José Saramago quanto com esse tipo de escrita portuguesa. O início foi um tanto difícil por causa da adaptação mas fui prosseguindo e não pude negar minha empolgação, pois José Saramago é um gênio. O modo como ele aborda a importância da morte e o que a falta dela ocasiona a um país e ao ser humano nos toca de uma forma que refletimos se realmente vale a pena ou não ser imortal, mostrando que é a morte que dá sentido a vida.
Núbia Cortinhas 19/05/2022minha estante
Adorei a sua resenha! ???




spoiler visualizar
Dudu 13/01/2022minha estante
Outra coisa que esqueci de mencionar é em como o livro é narrado. O narrador parece estar sempre "ao nosso lado", no sentido de que parece que estamos dentro da cena, com uma pessoa que nos explica o que está a se passar e onde estão localizadas as coisas importantes, por exemplo "aqui fica uma porta, e ali nós temos uma janela". Eu achei isso muito bacana, porque a sensação que dá é de que estamos vendo as coisas assim como a morte, quando ela fica observando o violoncelista sem que ele a veja.




Luana 21/08/2021

Tudo depende do ponto de vista
O que seria um evento tão desejado, considerado um ?milagre?, neste livro torna-se um ?encosto?.
Essa narrativa sobre o fim da morte faz o leitor repensar um fato da vida, e escancara a ausência da vilania óbvia da morte, esta temida personagem, que - diga-se de passagem - é interessantíssima! Para quem gostou do Evangelho Segundo Jesus Cristo, esse livro é outro irmão digno.
Amanda 21/08/2021minha estante
4,5??! Saramago se tornou aquele cuspe pra cima! Rs Ainda bem, né?




Letícia 03/07/2021

Depois de uma experiência maravilhosa com A Caverna, senti uma urgência enorme de desbravar o resto da obra de Saramago. Querendo prolongar minha conversar com o português, corri para ler As Intermitências da Morte, um dos livros mais recomendados por vocês para começar a lê-lo.

Publicado em 2005, o romance narra a estória de um país em que um dia a morte, cansada de ser tão injustamente detratada pela humanidade, decide suspender suas atividades. Durante os sete meses seguintes, mais ninguém morre. Mas o que a princípio poderia parecer uma benção divina, acaba se mostrando um desastre socioeconômico, político e religioso sem precedentes.

A partir daí, a trama se divide em dois atos. No primeiro, observamos as consequências práticas da greve da morte. E são várias, algumas mais previsíveis, outras completamente surpreendentes e que só uma mente tão inventiva quanto a de Saramago poderia criar. Ele, aliás, não economiza na acidez, na ironia e nas críticas ao governo, à Igreja, à mídia e ao falso moralismo de uma sociedade que trata idosos e enfermos como "pesos mortos". Já no segundo ato, o romance dá uma guinada inesperada e passamos a acompanhar o cotidiano da verdadeira protagonista do livro: a morte.

Saramago nos coloca em nossos devidos lugares, evidenciando nossa insignificância diante do universo e dos outros seres vivos com quem o compartilhamos. Mais uma vez, ele nos faz refletir sobre aquilo que tomamos como dado e há muito deixamos de questionar, seja pela angústia de olhar para o que nos causa dor ou pela alienação promovida pelo sistema em que vivemos.

Afinal, viver uma meia vida, é viver? Subsistir é viver? Morrer em vida, permanecendo apenas à espera do encontro com a senhora de manto negro e foice, é vida?

Neste segundo contato com o autor, me deliciei novamente com a forma como ele exalta a arte, enquanto experiência estética definidora do caráter humano e sem a qual não podemos viver. Reencontrei, além disso, suas divagações e a metalinguagem constante. Só posso concluir dizendo que a cada dia cresce mais meu fascínio por Saramago.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
Alê | @alexandrejjr 03/08/2021minha estante
Que resenha deliciosa!




Laura Lima 19/10/2021

Espetacular
Eu simplesmente não esperava por esse final, de forma alguma. Que livro fantástico.
No começo eu achei que não me acostumaria com o estilo de escrita do autor, mas quando vi, já estava completamente envolvida por toda a história, e quando dei por conta já tinha chegado ao fim. E QUE FIM!!!
LEIAM esse livro. Saramago me ganhou!
Silvio 19/10/2021minha estante
Eu também adorei e, já que gostou, recomendo "Ensaio sobre a Cegueira"!




Giullian.Monteiro 05/06/2022

A morte nem é tão complicada quanto a vida
Demora muito a engatar e a ficar realmente interessante... na verdade, só o fica mesmo quando a morte é apresentada como uma personagem, mas quando isso acontece: Jesus, fica mtooo envolvente e legal, sério!!!
Giullian.Monteiro 05/06/2022minha estante
Ah, tá!! Esqueci de falar que o autor n sinaliza diálogos com travessão, nem pontos de exclamação ou interrogação. No começo eu fiquei: wtf!! Ta doido cara?!?! Mas dps me acostumei e a leitura fluiu igualmente como se houvesse a pontuação geralmente utilizada.




Anna.Beatriz 07/10/2021

a marca escura da tua irremediável humanidade.
"Apesar de tudo, a morte que agora se está levantando da cadeira é uma imperatriz. [...] olhando com benevolência o rebanho humano, vendo como ele se move e agita em todas as direções sem perceber que todas elas vão dar ao mesmo destino, que um passo atrás o aproximará tanto da morte como um passo em frente, que tudo é igual a tudo porque tudo terá um único fim, esse em que uma parte de ti sempre terá de pensar e que é a marca escura da tua irremediável humanidade."

Ler esse livro foi uma experiência singular para mim, pois sempre tive muita dificuldade de encarar, pensar e conversar sobre o tópico morte. A um tempo atrás seria incapaz de sequer começá-lo. E em cada uma de suas linhas aqui escritas Saramago me mostra o por quê desta aversão. É muito complexo e nos desencadeia muitos sentimentos intensos pensar sobre a finitude da própria existência. Entretanto o autor o faz de maneira tão poética e linda que nos encanta, nos emociona, nos transmite paz e leveza.

Ao contrário do que pensei que aconteceria, essa leitura não me trouxe melancolia ou sentimentos semelhantes. Me trouxe amor e encanto pela existência. O final me surpreendeu completamente, não esperei o rumo que a história veio a desencadear. O começo desse livro parece até mesmo "ser uma outra história", no meio achei que se perderia, mas ao fim todos os pontos se encaixaram e fizeram jus a esse ensaio digno de um vencedor do prêmio Nobel de literatura.

Essa foi minha primeira leitura de José Saramago, me falaram muito das dificuldades de sua escrita única. Mas, pra ser sincera, isso não foi um grande obstáculo pra mim. Me acostumei bem rapidamente com o seu modo de escrever, não tive grandes problemas em entender os diálogos. No começo pode haver um estranhamento, mas em poucas páginas você se acostuma.

Enfim, não tenho uma crítica significativa sequer a fazer. 5 estrelas.
Michelly 07/10/2021minha estante
Foi o primeiro livro que li dele e foi uma maravilha.




Sabrina 03/02/2022

Saramago é genial
Como abordar um tema como a morte arrancando risadas e não obstante provocando muitas reflexões? Saramago com sua genialidade sabe bem como fazer: ?No dia seguinte ninguém morreu?! Essa frase dá início a uma série de desdobramentos pró e contra a suspensão da morte, que inclusive se personifica durante a leitura em uma morte com letra minúscula, ?esta pequena morte cotidiana que eu sou?. Que livro delicioso! que final surpreendente! Uma leitura imperdível!
Rafael Kerr 03/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




@unirversoecafe 08/02/2022

Um jeito diferente de ver a morte !
E se de repente, as pessoas parassem de MORRER?
É respondendo a esta pergunta que Saramago entrega ao leitor uma obra leve, bem humorada e muuuito irônica, principalmente por parte da igreja. Embora seja uma ficção, o autor traz acontecimentos e aflições reais do cotidiano que torna o leitor refém da leitura: ESSE LIVRO É UM VÍCIOOOO, não dá pra parar de ler!!
A obra conta a aflição de um país que em um belo dia, sem mais nem menos, as pessoas pararam de m0rr£r!! Isso mesmo, até aquelas que estavam em leito de m0rt£, nos seus últimos suspiros não morreram.
Cansada de ser odiada pelos humanos e ser vista apenas como uma caveira, a morte decide dar um tempo, ficar em off! E é aí que a coisa começam a desandar, porque embora ninguém morresse, a velhice estava presente e as pessoas envelheciam e ficavam agonizando e sofrendo sem chegar ao último suspiro, e para a família, isto era mais doloroso que a própria morte.
Para o governo, em primeiro momento, foi maravilhoso: Se ninguém morre, está tudo bem. Dizia o Primeiro Ministro.
Para o clero era o fim: ?Sem morte, não há ressurreição?
Para as funerárias era o fim dos negócios.
No meio de todo esse caos, Saramago explora de forma irônica a postura da igreja com seus fiéis, o sofrimento dos enfermos e como o ser humano lida com a não morte.
O que me chamou a atenção é que embora a morte seja um evento que ninguém, ou quase ninguém, esteja preparado é ela que torna a vida tão preciosa, tão única. A vida só tem sentido porque a morte existe. É um fato estranho de se dizer, eu sei. Mas Saramago explora de forma sábia e precisa esse acontecimento natural, e além disto, ele traz a visão da própria morte tornando-a personagem principal.
Quer saber o que acontece no país que ninguém morre??? Só lendo para saber hahahaha
Rafael Kerr 08/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




1164 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR