As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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bia 31/08/2023

Tem que gostar muito da escrita
Aos que tem TDAH, não leiam este livro (ou não leiam Saramago).
Fui lendo as páginas, sempre na esperança da história me prender, visto que a temática tinha muito potencial. Parece que o livro poderia acabar na pagina 100, ou começar a partir dela.
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Arthur254 31/08/2023

Naturalidade da morte
O mais interessante para mim foi a maneira do autor de pessoalizar a morte, fazendo com que nós leitores a enxerguemos como um simples ser cumprimdo seu trabalho. Aqui a morte não tem nenhuma característica malefíca ou amedrontadora, mas tem questionamentos e sentimentos assim como um humano. Um pouco mais anedótico que Ensaio Sobre a Cegueira, segue como uma boa leitura àqueles que gostam do estilo caótico do Saramago.
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Léia Viana 30/08/2023

#12livrospara2023 - Livro de Agosto.
"No dia seguinte ninguém morreu"

E é assim que começa esse livro espetacular de José Saramago. Um cenário distópico em que a morte decide não trabalhar. As pessoas pararam de morrer independente da condição em que se encontram. A princípio, a sociedade leva a situação com um certo estranhamento, porém com o passar do tempo as pessoas percebem que a morte entrou "em greve", deixando para a sociedade toda as consequências do caos que começa a surgir mediante a ausência da morte:

- Pessoas acidentadas, em casos muito graves, não morriam por conta dos ferimentos, lotando cada vez mais os hospitais;
- A outra questão foi dos asilos, além da superlotação, a preocupação maior começou a virar em torno de não ter mão de obra o suficiente para atender os idosos;
- As funerárias começaram a abrir falência;
- As seguradoras não conseguiam mais comercializar seguro de vida e os que tinham adquirido queriam cancelar e ter o dinheiro de volta;
- As igrejas perderam seus fiéis, uma vez que sem morte não há ressurreição;
- O governo sem saber como fará para pagar as previdências porque as pessoas não morrem;
- E a Maphia (isso mesmo, com ph), tentando se aproveitar do caos para ganhar ainda mais dinheiro e poder.

A morte - com a inicial minúscula mesmo, porque a Morte (em maiúsculo) não se ocuparia de meros indivíduos, resolve dar uma lição ao pausar sua "ceifadora". E é aqui que fica nítida a discussão desse livro, como lidamos com a morte, com a perda, porque a morte do cotidiano deixa de acontecer.

A única certeza que temos na vida é que o fim de uma existência se dá com a morte, mas em "As Intermitências da Morte", Saramago faz uma baita crítica social ao nos fazer repensar a questão de um dos desejos de muitos de nós: a imortalidade! Além disso, o egoísmo das pessoas diante desse caos, o que leva o leitor a refletir sobre a vida, a morte, o amor e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência, levando o leitor também a pensar sobre a hipocrisia e a falta de ética em diversas circunstâncias da nossa sociedade.

É incrível como Saramago conseguiu tratar de um assunto tão árduo com pitadas de humor! Sim, dei algumas risadas com esse livro, mas também repensei alguns pontos que achava que estava certa.

Livro espetacular!



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Alexia.Faustino 28/08/2023

A morte sob uma perspectiva que nunca vi antes
Incrível a forma como Saramago cria uma história inusitada a partir de um único questionamento: e se a morte parasse de matar?

Com isso, ele traz o impacto do hiato da morte em diversos âmbitos da sociedade, com diálogos inteligentes e um ponto de vista único.

E foi assim que, apesar do uso incomum da pontuação e da sua aversão por quebra de parágrafos, Saramago conseguiu me prender em cada página dessa história.

Nem preciso falar da morte, com inicial minúscula, a personagem central da trama. Com sua forma de enxergar a humanidade, de descrever as nossas manias e perceber nossos sentimentos, é um retrato da genialidade de Saramago.

Do meio pro final do livro, quando a morte ganha o foco total da narrativa, meu marca texto não parou de grifar. A cada página, uma nova reflexão e a cada uma delas, uma nova marcação.

No fim das contas, é um ótimo livro pra começar a ler as obras do autor e com certeza, é um daqueles que ficará marcado em minha memória.
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gabsouo 28/08/2023

Morte com m minúsculo
E quem diria que um dia eu iria me apaixonar por ela, aquela que tira a felicidade e esperança de nós

a partir da metade do livro a vida (e a morte) foram descritas de uma maneira que só o saramago poderia descrever
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Eliezer 27/08/2023

Obra singular escrita pelo renomado autor português José Saramago. Com seu estilo literário característico, que inclui longos períodos de prosa sem a tradicional pontuação de diálogo, Saramago nos leva a uma reflexão profunda sobre a mortalidade e seus impactos na sociedade.

A premissa do livro gira em torno de um conceito imaginativo e provocador: em um país não especificado, a morte decide fazer uma pausa em suas atividades. As pessoas simplesmente param de morrer. Esse evento desencadeia uma série de consequências inesperadas e perturbadoras, enquanto a sociedade tenta lidar com essa nova realidade. O autor explora as implicações emocionais, éticas, políticas e econômicas dessa suspensão da morte.

O livro mergulha na vida das pessoas que, de repente, se encontram imunes à morte, mostrando suas reações variadas: desde a euforia inicial e a celebração dos que escaparam da mortalidade até a progressiva percepção de que a vida eterna pode não ser tão desejável quanto parece.

Saramago utiliza sua narrativa para explorar questões profundas sobre a natureza humana, como o medo da morte, a valorização da vida, a busca pela imortalidade e a maneira como a sociedade lida com eventos extraordinários. O autor também critica a burocracia estatal, os interesses econômicos e a hipocrisia religiosa, expondo as complexidades do comportamento humano diante de situações incomuns.

A escrita de Saramago é reconhecida por sua fluidez única, em que diálogos frequentemente se fundem com a narrativa, e a pontuação é usada de forma inovadora. Isso pode representar um desafio para alguns leitores, mas também contribui para a identidade literária marcante do autor.

"As Intermitências da Morte" é uma obra rica em metáforas e simbolismo, convidando o leitor a refletir sobre a vida, a morte e a complexidade das emoções humanas. Ao longo da história, Saramago nos presenteia com seu humor peculiar, observações sociais perspicazes e um olhar profundo sobre a condição humana.

Em resumo, "As Intermitências da Morte" é uma leitura envolvente e filosoficamente provocadora, repleta do estilo literário distintivo de José Saramago. A obra desafia as convenções narrativas convencionais enquanto nos faz questionar nossas próprias atitudes em relação à vida, à morte e ao significado que atribuímos a ambos.
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Gabriela.Andrade 25/08/2023

Adorei!
Eu já imaginava esse final, mas a grande surpresa foi como este final foi pré desenvolvido!

Com certeza irei ler outros livros do Saramago no futuro ??
lucasmak 25/08/2023minha estante
meu livro preferido do meu autor preferido :)




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Monique.Dias 24/08/2023

Autêntico, obviamente
Já havia lido um livro do Saramago e sabia um pouco o que esperar, mas acho até que gostei ainda mais desse. A leitura exige uma certa paciência, por causa das repetições, mas o final compensa.
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bobbie 20/08/2023

Ah, como seria bom.
E se um dia, cansada de ser odiada e mal falada, a morte (com letra minúscula, mas ainda personificada) resolvesse suspender seus serviços, fazer uma greve? Esse é o mote deste livro de Saramago. Ele nos mostra que, a princípio o sonho da maioria esmagadora dos mortais, essa situação seria uma catástrofe, inclusive para a Igreja, que depende da morte para fidelizar seu rebanho (amo essas provocações). A suspensão dura sete meses - que causam uma catástrofe no país onde ocorre - e logo depois a morte retorna com mudanças na sua política. Ao final do livro, é possível vislumbrar um cenário em que a morte se apaixona por nós, e nós por ela.
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Dalila 14/08/2023

"Não há nada no mundo mais nu do que um esqueleto."
Toda leitura do Saramago pra mim é uma lição de humildade, sempre me sinto analfabeta, pq parece que desaprendi a ler. Mas quando eu consigo engatar na leitura é sempre uma viagem maravilhosa pelos piores lugares onde o mau caratismo da humanidade pode nos levar.
Nessa caso, a história é pra ser sobre a morte, que deixa de matar. Mas vai muito além, é sobre o peso de executar sempre a msm função sem questionar. E sobre como a morte está em todos os lugares e ocupa todos os espaços, com dor, com saudade, com perda, com esperança. E que no fim a gente vive pra morrer, e morrer é a única coisa certa em todas as incertezas da vida. No geral é a mesma pegada de o ensaio sobre a cegueira, um país aleatório onde o impossível de acontecer, de repente acontece e toda a dinâmica social muda pra se adequar a isso. E aí quando tudo se adpata apesar dos horrores, o impossível deixa de acontecer e a sociedade tem que regressar se adaptando de novo, so que pior, pq essa mudança mostra, descaradamente como a gente é facilmente corrompido. Gostei muito. Principalmente pq humanizou a morte, mas no fim acabei não entendendo um monte de coisa. Como todo livro desse querido ficou so lá a ideia, o conceito, a mensagem. Em todo caso, digo e repito José Saramago é uma leitura obrigatória pra todo bom leitor. Recomendo.
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Camila Felicio 14/08/2023

Livraço!!
Amo Saramago! Na adolescência foi meu autor favorito e amei revisitá-lo, pretendo reler algumas de suas obras e ler as que não foram lidas antanho!
Sobre o livro: SEN-SA-CI-O-NAL!!!! Engraçado, debochado, cínico, crítico, filosófico, e etc etc..... O que dizer do sarcasmo do autor ao escrever o que jornais pensaram sobre a escrita da morte? Notei como a tal escrita praticada pela morte ( em minúsculo por favor) que os jornais criticavam era a mesma da sua própria kkkkkkkkkkkkkkkk
Texto para fazer-se pensar, dando um final sem final, afinal a morte é cíclica e ninguém escapa dela!
Sobre o jeito Saramago de escrever, eu amoooooooo, acho original demais kkkkk!! A forma de escrita em parágrafos longos e pontuações estranhas também são fáceis depois de lermos algumas páginas... basta entrar na história e desfrutar porque vale a pena
Marcelo Oliveira 14/08/2023minha estante
Comecei a ler hoje! Espero que seja tão bom quanto Ensaio sobre a cegueira e Claraboia !


Camila Felicio 15/08/2023minha estante
Tou com claraboia para ler!!!! e o evangelho segundo jesus cristo!!
É ótimooo! li o ensaio sobre a cegueira (é dos meus livros da vida), este tá um degrau abaixo por ser menos chocante, mas tem mais sarcasmo e é mais fluído! amei


skuser02844 15/08/2023minha estante
Tb adorei esse livro, apesar de achar a primeira parte mais interessante porque me fez pensar em quantos desdobramentos não morrer pode causar! Ri muito com o desenrolar do enredo, mas tb fiquei triste em outras partes.


Camila Felicio 15/08/2023minha estante
Siiiiiimmmmmmmmmmmmmmm, a primeira parte ao envolver a maphia, governos e questões éticas achei muito mais incrível!!!! mas vi q tem uma galera q preferiu a 2ª kkkkkkkkk




PedroSF 13/08/2023

A vida da morte
Com sua escrita única, Saramago consegue trazer tanto o cômico quanto o dramático em sua história nada convencional. Afinal, quando o tema de seu livro é a morte em sua mais pura essência, não poderia ser diferente. A leitura pode ser dividida em duas etapas: em um primeiro "ato", temos a conjectura plural da sociedade, na qual, quando foi abandonada pela morte, vê todos seus dilemas e construções de mundo colocadas a prova, mostrando assim as hipocrisias e problemáticas e diversos setores da sociedade. Porém, conforme vamos avançando na trama, deixamos o coletivo um pouco de lado e, assim, partimos para uma percepção mais intimista da própria morte. Nesse segundo ato, o livro encerra-se de uma forma um tanto inesperada e até simplista, deixando-me pensativo se realmente entendi a moral da história. Contudo, considero uma ótima leitura.
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Marco Oliveira 10/08/2023

No dia seguinte ninguém morreu.
Saramago esbanja inteligência. Um homem ATEMPORAL!!

Confesso que demorei a pegar o ritmo da leitura, pois a escrita do autor é um pouco complicada. Capítulos Enormes, Diálogo sem travessões, aspas ou divisões de forma contínua (foram meu maior desafio pois eu tinha que prestar muita atenção para entender quem estava falando o quê) e parágrafos imensos mas tudo isso vem do estilo do Autor e depois de conseguir se adaptar a leitura flui muito.

Na minha opinião, a obra é dividida em duas 'histórias' mas transmitem a mesma essência com críticas diferentes e sarcásticas. Morrer é um ato extremamente político e -infelizmente?- necessário. Saramago realizou esse trabalho com maestria e me fez chorar na reta final do livro.

Recomendo imensamente a leitura. Uma distopia divertida, emocionante e MORTALMENTE (?) chocante.
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