Infância

Infância Graciliano Ramos




Resenhas - Infância


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Jessi 27/12/2021

O livro é um pouco difícil no começo o que dificulta o entendimento, é meio enigmático, mas depois você se acostuma, há muitas passagens racistas da família, quando do próprio Graciliano, mas a passagens muito boas da história de vida do Graciliano recomendo
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Kecia.Viana 18/12/2021

Toda criança merece ser feliz!
Sofri muito durante essa leitura.

Como pode uma criança sofrer tanto na mão de tantos algozes. Eu queria protegê-lo... Fui difícil não sentir a dor.

No final veio um alento... Os livros em sua vida.
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Sheilla Darlen 21/11/2021

Talvez seja esse a história menos triste de Graciliano Ramos. Uma autobiografia com ficção, contando uma história sofrida e realista. Retrata bem o contexto temporal. Tudo que já li deste autor é surpreendemente rico, detalhado, tem aquele poder de prender o leitor.
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Gabriel 19/11/2021

Não curti muito não...
Sinceramente, ao mesmo tempo que eu me inspirei, eu me decepcionei. Me inspirei pela liberdade de Graciliano em sua linha narrativa. Me decepcionei porque não me toquei por nada nesse livro... Esperava muito mais de Graciliano, confesso.
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jota 06/11/2021

ÓTIMO: infância e início da puberdade de um sofrido menino do sertão alagoano que mal sabia ler e escrever...
Relido entre 16/10 e 04/11/2021

No final do volume de Infância (1945) temos Octavio de Faria (1908-1980), jornalista, crítico e escritor carioca, registrando suas impressões sobre o livro num pequeno ensaio intitulado Graciliano Ramos e o Sentido do Humano. Ele serve como posfácio a essa edição da Record de 1975, que traz ainda belas ilustrações do artista plástico Darcy Penteado (1926-1987). Para Faria, se Infância parece ser o livro mais importante de Graciliano Ramos (1892-1953), seu melhor romance seria mesmo Angústia (1936). Ele analisa esses dois livros do autor alagoano – e outros, mais brevemente –, todos fundamentais para quem deseja conhecer o melhor da literatura brasileira do século XX e de sempre.

Para se entender plenamente o autor de Vidas Secas (1938), sua obra mais conhecida e admirada, bem como as demais que escreveu, Faria afirma que é necessário ler Angústia. Não à toa seu ensaio é iniciado com uma citação de Dostoievski, "Mas, isso provém do fato de eu não ter estima por mim. Pode, porém, um homem que se conhece a si mesmo, estimar-se, mesmo um pouco que seja?" Angustiados, humilhados e ofendidos, como são muitos personagens de Dostoievski, também podemos encontrar essas criaturas nas obras de Graciliano Ramos. Apesar das distâncias geográficas, culturais e temporais o russo e o brasileiro têm muito em comum, sem dúvida.

Infância é uma releitura: não me lembrava de muita coisa da primeira vez que tive o livro em mãos, vários anos atrás, apenas genericamente da história. Achei ótimo então, mas agora o livro me pareceu profundamente triste e seco, como seco era (e continua sendo em certos lugares) o nordeste de Graciliano, uma narrativa com muitas passagens até mesmo sombrias por conta do tratamento que as crianças de sua época recebiam dos adultos, com muito pouco ou nenhum carinho de seus pais. Em vez de amor, autoritarismo e medo.

O próprio autor escreve: “Medo. Foi o medo que me orientou nos primeiros anos, pavor.” Infância é, pois, um quadro extremamente amargo e sofrido de memórias vividas (e outras possivelmente inventadas) pelo adulto que um dia foi o menino Graciliano. Além da história do menino temos outros personagens curiosos de sua infância (os pais, seus professores, parentes e amigos da família, vizinhos, visitantes etc.), todos vivendo a maior parte do tempo num cenário de seca, longe de tudo, com um mínimo de recursos para a sobrevivência, muitas vezes migrando em busca de uma vida mais digna, de menos sofrimentos. Graciliano também toca na questão dos negros, sua deplorável situação econômica e social logo após a abolição da escravatura por aqui. Se a situação de uma criança branca era complicada, a de uma negra era muito mais.

Isso tudo não impede, claro, que o livro tenha alguns momentos engraçados, especialmente relacionados ao tempo em que o menino passou na escola. Como na passagem em que somos apresentados a Terteão. E quem era esse personagem, essa pessoa? Com esse nome, Terteão era certamente um homem. Mas um homem desconhecido, que o menino tinha curiosidade de descobrir quem era. Pois nem mesmo Mocinha, sua irmã, mais velha do que ele, sabia de quem se tratava. Isso tudo porque lá pelas tantas páginas de Infância, Graciliano fala de sua dificuldade de ler: estava por volta dos oito, nove anos. Ao tratar de sua vida escolar, ele nos entrega um trecho bem interessante do livro. Vale a pena transcrever algumas linhas aqui:

“Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: "A preguiça é a chave da pobreza — Quem não ouve conselhos raras vezes acerta — Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém."
“Esse Terteão para mim era um homem (...).
“Mocinha, quem é o Terteão?
“Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. (,,,)
“Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão.”

O menino lia porém não entendia o que significavam as palavras que tinha pela frente, como no caso desse aforismo, "Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.", em que ele confundia o som, a conjugação pronominal do verbo ter com o nome de uma pessoa, um homem, Terteão. Está explicado. Depois acompanhamos, sempre com muito interesse, sua crescente relação com os livros, autores, histórias etc. Haveria muita coisa mais para se registrar sobre Infância, mas o melhor mesmo é deixar essas linhas de lado e ler (ou reler) o livro de Graciliano e o ensaio de Octavio de Faria. E depois Angústia, uma de minhas próximas leituras. Ou Vidas Secas, São Bernardo, Caetés, Memórias do Cárcere...
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Gabriel Brandenburg 05/11/2021

INFÂNCIA.
O livro está dentro das expectativas.
Tem alguns capítulos que gostei muito, outras nem tanto. A leitura foi boa, pois os capítulos são curtos, o que facilitou a leitura. Foi uma linda forma de Graciliano guardar sua infância.
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Paula 03/05/2021

Um livro único, sem dúvida nenhuma! Infância é apresentado pelas memórias de Graciliano Ramos quando criança, que viveu em várias cidades do nordeste brasileiro e nos apresenta a simplicidade e as dificuldades daquela época. Mostra sua relação conturbada com os pais e os estudos. Apresenta também como surge sua relação com os livros, o que a leitura significava para ele, mesmo em um mundo em que não havia incentivos. Um livro muito tocante e profundo.
Liliane.Pedroso 16/05/2022minha estante
Paula, eu trabalho com livros didáticos e gostaria de sua permissão para poder divulgar esse seu comentário em um livro, como forma de trabalhar comentários com os alunos. Você poder entrar em contato comigo, por favor? Tenho uma certa urgência. Meu email é lilianepedroso@hotmail.com




Ana Claudia 25/03/2021

Segundo livro do Graciliano Ramos que eu leio. Muito interessante ver o mundo pelos olhos do menino.
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Fernandho7 04/03/2021

Criança
Das fases da vida, a mais prazerosa...a infância. Sobre o olhar da criança a dificuldade de uma realidade difícil do sertanejo, e da sociedade em que está inserido, desde a religião ao modelo da educação escolar e familiar.
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Elianne.Franchella 21/02/2021

Um universo que precisamos resgatar
Graciliano faz uma viagem pelo universo de uma criança, e me fez lembrar de como entendia os acontecimentos e coisas com meu olhar de criança. Como é fantasioso e delicioso lembrar junto com o autor da inocencia e capacidade de fantasia que tínhamos e acabamos perdendo.
Liliane.Pedroso 17/05/2022minha estante
Oi, Elianne! Bom dia!
Meu nome é Liliane Pedroso e trabalho com livros didáticos. Nós gostaríamos de publicar esse comentário seu sobre a obra Infância em um livro que estamos produzindo, como forma de trabalhar os comentários de leitores em redes sociais. Você poderia entrar em contato comigo, por favor? Temos uma certa urgência por conta do prazo de produção do livro. Meu e-mail é lilianepedroso@hotmail.com




Berenice.Thais 12/02/2021

Fazes
E uma leitura para ler aos poucos uma linguagem um pouco antiga mais uma história que nós leva de volta ao passado, convenhamos não tão diferente assim , questão humana sem tecnologia como a infância atual
Mais uma vez sentir a poesia na narrativa desse valoroso escritor .
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Paulo Sousa 11/07/2020

Leitura 34/2020
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Infância [1945]
Graciliano Ramos (Brasil, 1892-1953)
Record, 2020, 352 p.
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?Eu precisava ler, não os compêndios escolares, insossos, mas aventuras, justiça, amor, vinganças, coisas até então desconhecidas. Em falta disso, agarrava-me a jornais e almanaques, decifrava as efemérides e anedotas das folhinhas. Esses retalhos me excitavam o desejo, que se ia transformando em ideia fixa? (Posição Kindle 2306/62%).
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Infância, como o próprio título já diz, reúne as memórias mais remotas do escritor alagoano Graciliano Ramos. São capítulos curtos, primeiro publicados em periódicos da época (por isso mesmo, cada um termina com aquele macete apelativo instigando o leitor a esperar o próximo!) e que são uma espécie de unificação de retalhos da memória e o talento literário do autor.
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O livro reconstrói um pedaço da infância de Graciliano, quando sua família migrou de uma fazenda no interior de Pernambuco para uma vila em Alagoas. O olhar atento do menino vai sendo inundado por tipos humanos esquisitos, por detalhes de secas e cheias, por sentimentos nascentes, pelo nascimento de uma paixão infantil e, principalmente, pelo encontro da leitura e dos livros com o jovem Graça.
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Esses são os capítulos mais interessantes do livro, pois mostram um Graciliano arredio à escola, ao ato de ler, absorto em sua própria estupidez ignorante. As letras esparsas o deixava ainda mais acanhado, atordoado, até que, vencidos os métodos antiquados da alfabetização da época, o menino se apaixona pelos livros e pela leitura...
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Graciliano Ramos sempre foi um de meus escritores favoritos, ao lado de Jorge Amado, Zé Lins do Rego. Soube como ninguém retratar a vida do nordestino, suas mazelas e receios, seus medos e expectativas. Sua prosa seca, enxuta, exaustivamente reescrita, revela, além da economia de palavras, um esmero incomum onde cada palavra deve suficiente para dizer o que tem de dizer. Sem dúvida, um grande escritor!
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