Infância

Infância Graciliano Ramos




Resenhas - Infância


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Raquel 17/12/2015

Belo e triste
Graciliano Ramos com todo seu talento escreve um livro baseado na sua própria infância. Belas palavras pra descrever algo tão triste. Não tem como não se emocionar!

Recomendadíssimo
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Sara Muniz 03/06/2015

Resenha - Infância
Resenha

Confesso que adicionar esse livro à minha lista de leituras de 2015 foi uma completa surpresa, eu planejava ler mais nacionais nesse ano, mas não fazia ideia de que realmente os leria, ainda mais os clássicos. Mas sim, eu vou ler alguns nacionais clássicos esse ano por conta da Olimpíada de Literatura que estou participando. Para o primeiro desafio da olimpíada, as leituras selecionadas foram esse livro, "Infância", do autor Graciliano Ramos e "O Meu Pé de Laranja Lima", que vocês também verão resenha por aqui em breve.

Bom, o livro Infância é uma autobiografia do autor Graciliano Ramos, que conta como foi sua infância. Ele vive boa parte do livro no sertão de Pernambuco, conta que na primeira fazenda de que se recorda ter vivido, eles plantavam muita abóbora. Ele ouvia histórias, mas era novo demais para entender. Se muda várias vezes, sua mãe lhe dá vários outros irmãos ao longo do livro.

Graciliano apanhou muito e foi repreendido severamente diversas vezes em sua infância. Seus pais eram impacientes e acreditavam que aquele que ama o seu filho, castiga-o com frequência. O pai de Graciliano era carrancudo. Sua mãe era má. Mas notamos a maior infelicidade de Graciliano quando ele vai para a escola. Muda de escola várias vezes, na verdade. Mas descreve como os professores eram rigorosos (com exceção da primeira) e batiam nos alunos da forma que podiam.

Ele deixa bem claro o quanto o povo sofria com a seca do sertão pernambucano. Ele dizia que era a época que ele mais odiava. Certa vez, chegou a ficar desidratado (ter febre, etc).

É muito legal quando ele começa a se envolver com livros desde que deixa de ser analfabeto, após os 9 anos de idade). Ele lê e vê como os livros podem lhe deixar triste, ele chega a "chorar muito", como descreve, após ler um pequeno conto chamado "O Menino da Mata e o seu Cão Piloto".

E assim acompanhamos, a infância até a puberdade de Graciliano Ramos.

"Desconfiava dos livros, que papel aguenta muita lorota."
"Certo dia vi moscas na cara de um, roendo o canto do olho, entrando no olho. E o olho sem se mexer, como se o menino estivesse morto. Não há prisão pior que uma escola primária do interior."

Meu capítulo preferido

Meu capítulo preferido foi "Inferno" onde Graciliano pergunta à sua mãe o que é esse tal de inferno, já que as pessoas vivem mandando as outras para lá. Sua mãe responde que é um lugar terrível, onde as pessoas pagam os seus pecados e começa a descrevê-lo. Então ele pergunta:
"Você já esteve lá?"
Sua mãe responde que não, ele indaga como ela pode saber que é dessa maneira sem ter estado lá realmente. Ela responde que é o que os padres ensinam e ele retorna a perguntar:
"Os padres já estiveram lá?"
Sem conseguir se convencer, diz à sua mãe:
"Não há nada disso. É conversa."
E sua mãe lhe dá palmadas por dizer isso.

Foi o meu capítulo preferido por uma criança ser capaz de notar que algo é estranho demais para a realidade e desconfiar dele, querer provas concretas porque é uma coisa que ele está descobrindo no momento. Achei isso muito bacana.

✖ Avaliação da escrita: A escrita de Graciliano Ramos é muito descritiva em relação à aparência das pessoas e seus sentimentos internos (aumento da pressão sanguínea, etc). Me lembrou bastante a escrita de Patrick Rothfuss, mas acho incerto fazer uma comparação dessas. É engraçado ler algo com a ortografia de antigamente, com acentos circunflexos na maioria das palavras e ver acentos que não usamos hoje serem usados com frequência.

✖ Avaliação do enredo: Tecnicamente não há um enredo, pois é a infância do autor.

✖ Avaliação da capa: O livro Infância possui diversas edições. A maioria das capas não são lá aquelas coisas... Mas eu gostei da capa apresentada na resenha.

✖ Sobre o protagonista: Não é um livro com enredo e tudo o mais, mas posso falar do próprio Graciliano Ramos enquanto criança. Ele apanhava muito e não tinha em quem confiar seus pensamentos. Reclamava de todos ao seu redor, todos tinham defeitos demais para ele. Mas ele era uma criança como qualquer outra, que vai descobrindo o mundo e ficando completamente confuso com ele, até ser capaz de se adaptar e começar a aceitar as coisas como são.

✖ O que me levou a avaliá-lo como bom?
Não consegui avaliar o livro como excelente porque não foi um livro que realmente mudou algo em mim ou mexeu muito com os meus pensamentos. Eu ia apenas me identificando com a infância do autor. Mas, de qualquer forma, o livro não deixa de ser bom. Ele provoca risadas e reações de surpresa.

site: http://interesses-sutis.blogspot.com.br/2015/04/resenha-infancia.html
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Kennedy 30/12/2014

A narrativa de Graciliano é econômica. Novidade nenhuma até aqui. Algumas memórias de infância são interessantes, outras nem tanto. Algumas pecam pela insipidez, outras brilham pelo uso de metáforas e pela descrição de costumes na educação dos filhos e dos alunos. É impossível não se identificar com os acontecimentos e questionamentos levantados nesta narrativa. Impossível. Seja questões espirituais, culturais etc, todos se identificarão. No meu caso me identifiquei em diversas passagens. Só é uma pena que este livro maravilhoso fique alternando entre crônicas "sem sal" e outras maravilhosas e poéticas, por isso não recebe as cinco estrelas. Melhor livro que já li do autor. Destaco agora os capítulos mais interessantes: Um cinturão; O inferno; Chico Brabo; Adelaide; Mário Venâncio; Seu Ramiro; A criança infeliz; Laura.
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newton16 02/11/2014

Autobiográfico
" Infância" é um livro autobiográfico de Graciliano Ramos, escrito na forma de romance esmiuçado em pequenos contos. O autor-menino narra suas primeiras lembranças, ficando claro não se tratar de uma criança pobre ou miserável, mas, na verdade, de alguém, desde cedo, já triste e solitário. Sem contar com o afeto ou compreensão dos pais, foi desde cedo submetido à rigidez e à distância. Em muito descobrindo a vida sozinho, segue contando várias experiências, como, por exemplo, ter se alfabetizado praticamente sozinho. Percebemos ao logo do livro que o menino, não obstante a tenra idade, cedo desenvolveu senso crítico para não aceitar a hipocrisia e a desigualdade sofridas pela maioria da pessoas que com ele convivem. O autor escreve de forma exímia, dentro de seu estilo, com períodos curtos e muitas palavras desconhecidas.
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Alvarenga 06/04/2014

Menino Graciliano
"Infância" é geralmente visto pela crítica como um livro de memórias de Graciliano Ramos, um relato amargurado de seus primeiros anos, um olhar triste sobre a criação nordestina. Mas, há muito mais que isso nesse que talvez seja o mais bem escrito livro do escritor alagoano.

Sem dúvida, há muito de ficção em "Infância". Relembrar, de certa forma, é reescrever o passado, portanto, ficcionalizar. O que Graciliano parece fazer é construir a partir de suas lembranças infantis toda uma visão de adulto sobre aquele mundo duro do qual ele não esconde seu ressentimento. Ele repassa seu passado com o olhar de homem, e a dor não parece diminuir, pelo contrário.

A relação com os pais, a educação nordestina, a seca, o primeiro e difícil contato com as palavras: tudo é descrito de forma crua, como é de praxe no estilo de Graciliano, mas também com um profundo lirismo, que coloca "Infância" em um lugar especial na obra do autor.

O livro é construído por episódios, numa composição parecida com "Vidas Secas". Cada episódio trata de um personagem ou situação específicos, e alguns se tornaram clássicos na literatura brasileira, como "O cinturão", "A criança infeliz" e "Venta Romba".

A reconstrução da infância parece percorrer um ponto em comum: a Justiça. O homem relembra o menino em busca de respostas, e a pergunta de "onde está o cinturão?", que pode ser lida como "o que é a justiça?", ainda fere o escritor como "pontas de ferro perfurando os tímpanos".

"Infância" não é um livro de memórias, é um livro de busca.
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Camila 04/03/2013

Maravilhoso!
Um livro nu e cru. Tão duro, seco e forte! E tão lindo! Tocante. Tão bem escrito. Uma obra prima em língua portuguesa.
Somente um gênio é capaz de fazer uma obra de arte como essa.
Amei, realmente, maravilhoso!
Um orgulho para nossa literatura e para nossa língua.

O ponto de vista de uma criança, que não foi criada com mimos e dengos, que vai crescendo como uma árvore, ao sabor da natureza.
É tão bonito ver um texto auto-biográfico, podemos ver como as memórias do autor foram construídas.
Impactante.
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Raquel Lima 25/02/2013

Lembranças da Infância
Que delicia!...Não existe momento mais encantador que a infância!...E que ninguém acredite que é um momento alienado, que a criança não entende nada...Ela entende, sim. Mas de uma forma diferente...mais fantástica, mais encantadora, mais mágica. E o Graciliano, sabe contar como ninguém. Maravilhoso!!! Lido em 29/01/10
newton16 12/05/2014minha estante
Gostei muito de sua resenha, pois sinto que é exatamente assim. A infância é a fase da vida mais mágica, mais fantástica e mais cheia de encanto. Há todo um mundo particular; só deles - infelizmente não me incluo mais. Não há confusão com o mundo dos adultos; há dois mundos, mesmo. Ainda não li o livro, mas o tenho e o lerei.




João Vítor 28/05/2012

Infância
Livro bastante interessante justamente por mostrar a visão da criança, do ser que não tem os mesmos conceitos que os adultos já tem da sociedade e das relações humanas.
E o Graciliano faz isso muito bem, mostra a confusão das crianças com alguns fatos que não entendem ainda, a inocência em certas situações e outras características.
Recomendo.
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CMVRCS 10/05/2012

Nele o autor descreve sua vida dura como um menino pobre de uma maneira fria, vivendo naquela época com a seca, o desejo, o descobrir de uma infância repleta de aventuras. O medo de seu pai e sua mãe, foram marcados principalmente pela violência; a falta de carinho o motivou a ter mais medo da sua realidade que a cada dia ia piorando. Realmente, não deixa de ser um livro emocionante.
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Luis Netto 28/10/2010

Infância
Graciliano emociona o leitor na sua obra “Infância”, livro de memórias sobre a infância pobre que teve. Foi um garoto humilde na sua infância e não perdeu a humildade mesmo depois de conquistar a fama. Apesar de passar Graciliano Ramos toda a infância e adolescência na extrema pobreza, ele supera isto com felicidade e descontração. As pessoas pensavam que era ingenuidade, mas não, Graciliano só queria mostrar a todos que o dinheiro não traz felicidade, o que traz é a vontade de progredir superando todas as dificuldades que a vida apresenta.
Era o que Graciliano fazia; esquecia o sofrimento; procurava sempre aumentar a auto-estima de seu pai e de sua mãe, e seguia em frente na espera de um dia realizar todos seus sonhos.
newton16 12/05/2014minha estante
Sua resenha tem, ao mesmo tempo, beleza e maturidade. Parabéns.


Rubia.Budke 07/08/2016minha estante
Li a algum tempo já o livro, parabéns pela sua resenha, o livro nos traz a visão de que a infância, mesmo sofrida, como a de Graciliano, é uma época de felicidade e descobertas, onde mesmo não tendo-se uma vida fácil, pode-se superar as dificuldades e vencer na vida, com humildade, e isso Graciliano nos deixa bem claro nessa leitura.




fabzes 01/10/2010

Uma necessidade
Ler este livro é uma necessidade. Uma escrita de uma beleza incomparável, e um história maravilhosa.
Graciliano Ramos sem dúvida é um dos maiores escritores que este mundo já viu!
Uma pena que algumas pessoas acharam o livro nota 5-6, ou até menos! Mas....
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Raquel Lima 29/01/2010

Lembranças da infância
Que delicia!...Não existe momento mais encantador que a infância!...E que ninguém acredite que é um momento alienado, que a criança não entende nada...Ela entende, sim. Mas de uma forma diferente...mais fantástica, mais encantadora, mais mágica. E o Graciliano, sabe contar como ninguém. Maravilhoso!!!
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