Infância

Infância Graciliano Ramos




Resenhas - Infância


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Paula 05/07/2020

Um livro otimo
A principio, devido a fala um pouco complicada e com expressões nordestinas das quais eu não tinha conhecimento, pensei em abandonar...
Mas, continue e me surpreendi, o livro retrata a infância (com um pouco de ficção) de um grande expoente da literatura brasileira, além de ser notório algumas caracteristicas historicas desse período.
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Jonatas Costa 03/06/2020

Um livro que trata da infância do autor: as lendas, as culturas e as vivências
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Daniele.Couto 10/05/2020

Apesar de ser um bom livro, achei a leitura muito cansativa!
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Ana Letícia 23/04/2020

É um livro muito bom pra se entender o Brasil da época em que se passa. Além disso, é muito interessante acompanhar as memórias do Graciliano.
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Bruna 31/12/2019

Infância - Graciliano Ramos
Nada pesa mais que a pena de Graciliano. Literatura dura, crua, encantadora.
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Lethycia Dias 24/05/2019

Mistura de autobiografia e ficcção
"Infância" é um livro de memórias de Gracialiano Ramos, em que recupera algumas de suas lembranças mais longínquas. É quase uma mistura de autobiografia e ficção, em capítulos que relembram acontecimentos ou passagens específicas, porém que não necessariamente obedecem a uma cronologia.
Graciliano Ramos nasceu em 1892, em Alagoas, mas sua família se mudou ainda no início de sua infância para uma vila no sertão de Pernambuco. Esse acontecimento é retratado no livro. Há o período vivido em uma fazenda, e, ao que me parece, em outra. Mas isso pouco importa. O que interessa de verdade nesse livro são as impressões de um menino que nada sabia, que falava pouco, desconfiava e temia os adultos, e que parecia olhar tudo pelos cantos, temendo ser percebido.
Somos levados pelos capítulos de "Infância" por meio desses pensamentos, reflexões ingênuas porém extremamente profundas, como a frase que citei no início dessa resenha, em referência à falta de compreensão do menino de como os padres poderiam saber do que se trata o inferno sem nunca terem estado nele.
Também é uma espécie de retrato de um Brasil distante e triste, perdido na poeira, em um tempo irreal. Um Brasil em que padres são quase autoridades; fazendeiros e chefes políticos estão acima da lei; em que varíola é doença mortal; em que a escravidão perdura mesmo depois de abolida, como se nada houvesse acontecido; em que livros são coisa rara, cara e quase sem utilidade; em que a falta de acesso ao estudo formal dificulta a compreensão da vida em sociedade; em que guerras e disputas antigas circulam na boca do povo como acontecimentos ainda recentes.
É um livro bastante interessante, mais para despertar reflexões do que para surpreender com acontecimentos. A escrita é menos árida que a de Vidas Secas, único livro do autor que eu tinha lido antes, e mais pontuada de adjetivos. Talvez até pontuada por um afeto nostálgico, porém nem um pouco romântico, que provavelmente foi o que me encantou.
Ao final, um posfácio escrito por Cláudio Leitão ajuda muito na compreensão da experiência de ler esse livro, e outros materiais, como a cronologia da vida de Graciliano, complementam o conteúdo. Uma bibliografia de suas obras também serve de guia para quem deseja ler mais. Mal posso esperar para ler seu outro romance famoso, o "São Bernardo".

site: https://www.instagram.com/p/Bx0tJmBD6z0/
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@fabio_entre.livros 15/02/2019

Um Dostoiévski brasileiro
Pelo título e pelo tema, talvez o leitor devesse esperar de “Infância” uma obra saudosista que idealizasse essa fase da vida do autor. Ledo engano. Se em Graciliano Ramos raramente há espaço para expansões sentimentais, nestas memórias ele não foge ao rigor narrativo, seja por meio da linguagem seca que lhe é tão característica, seja pelo desprezo aos eufemismos e meias verdades ao citar fatos e personagens dos quais guarda lembranças bem pouco complacentes.
Acompanhando a vida do autor desde suas memórias mais remotas, em torno dos dois anos de idade, até o início da puberdade, “Infância” é genialmente construído de forma fragmentada. As recordações são do menino que ele foi, mas a narração nada tem de infantil; ao contrário, intercalada às lembranças – a maioria delas dolorosas, constrangedoras ou traumáticas – está presente a observação mordaz do adulto Graciliano, que apresenta um vasto panorama da sociedade nordestina no início do século XX, dissecando e criticando seus problemas: miséria, violência (inclusive dos adultos contra crianças), corrupção e manipulação política, coronelismo, hipocrisia, métodos educacionais retrógrados, desajustes familiares.
Crescendo oprimido por figuras autoritárias (desde a família ignorante e intransigente até professores que adotavam metodologias bárbaras), o autor não foi, nem de longe, um menino-prodígio. Como ele mesmo diz, “aos 9 anos era quase analfabeto”, além de admitir-se estúpido, parvo, imbecil e outros qualificativos pouco elogiosos, reforçados pelas pessoas grosseiras com quem ele conviveu na infância. Assim, é louvável que ele tenha encontrado nos livros, anteriormente associados a sofrimento e castigo, uma ferramenta poderosa na superação à mediocridade que o rodeava, a começar pela sua própria. E, de fato, as poucas pessoas por quem ele manifesta respeito e veneração são figuras associadas ao conhecimento formal: a primeira professora, o “rapaz feio do correio”, o professor Rijo, o tabelião que lhe apresentou ao mundo da literatura.
Particularmente, considero “Infância” uma obra que supera o rótulo simplista de “livro de memórias” ou autobiografia; embora se encaixe nos padrões da não-ficção, o livro constitui-se como um magnífico exercício de “autoimersão” que não fica a dever a criações fictícias de autores célebres na decifração da psique humana, como Dostoiévski (guardadas as devidas considerações). Trechos como os dois capítulos em que ele revela a angústia e o pavor causados pelos primeiros contatos com a morte, e o outro capítulo, no final, onde ocorre, “de repente”, o despertar sexual, são de uma perfeição psicológica só observada nos grandes clássicos.
Em síntese, “Infância” é uma obra fundamental para quem ainda não conhece Graciliano e, provavelmente, mais ainda para quem já tem familiaridade com ele, pois como esclarece Octávio de Faria no excelente posfácio, muitas das experiências pessoais relatadas nessas memórias tiveram influência crucial na posterior construção de seus trabalhos de ficção. Reitero: um livro fundamental.

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Deghety 02/07/2018

Infância
Infância
Graciliano Ramos
Brasil

Alguém disse algo mais ou menos assim:
"Escrever suas memórias é como que vivê-las novamente" ( a frase é completamente diferente disso, mas a ideia a mesma)
Foi a intenção do autor com essa obra. A leitura não causa muitas emoções, salvo no que se refere à alguns relatos de uma infância sob violência, medo, opressão, abandono e falta de liberdade no âmbito familiar, infligidos principalmente pelo pai.
Aqui temos a introdução e nascimento do escritor à literatura.
Quanto à introdução vemos um defeito na educação que perdura até hoje: livros complexos para iniciantes. Nessa passagem eu ri muito porque me lembrou a leitura de Os Cadernos de Maltes Laurids Brigge do Rilke que fiz há alguns dias, fiquei um pouco perdido como Graciliano ficou com a sua leitura de Barão de Macaúbas, sua reação após o término foi semelhante à de uma amiga que também leu Rilke, quase que com trauma. (Risos) Coisa que nos levou à discussão sobre a literatura à compreensão de qualquer indivíduo, instruído ou não.
"Acordei bambo, certo de que nunca me desembaraçaria dos cipoais escritos. De quem seria o defeito, do Barão de Macaúbas ou meu? Devia ser meu.
Um homem coberto de responsabilidade com certeza escrevia direito"
Referente ao nascimento do Graciliano escritor mostra o florescer de sua paixão pela literatura e todas suas influências iniciais.
As reflexões infantis do autor na obra nos parece inverossímeis para a idade, mas a eloquência com que o escritor as faz nos desperta nossas próprias lembranças e reflexões infantis, o desejo impetuoso de saber o porquê de tudo.
Esse é o primeiro livro que leio de Graciliano Ramos e com certeza os que virei a ler me deixarão mais conectado por ter lido Infância, compreendendo melhor as obras por conhecer a origem da criatividade e personalidade do escritor.
????????
aline 02/07/2018minha estante
Amo a escrita de Graciliano Ramos. :D


Deghety 02/07/2018minha estante
Foi o primeiro, ano que vem lerei outro pra conhecer mais :)


aline 02/07/2018minha estante
Gostei muito do livro Sao Bernardo. Li recentemente e apesar da aspereza dos personagens, a historia é marcante e muito bem construida. Tambem gosto de dar um tempo entre livros do mesmo autor :)


Deghety 03/07/2018minha estante
Provavelmente lerei Vidas Secas




Biblioteca Álvaro Guerra 09/05/2018

Publicado em 1945, Infância é uma autobiografia de Graciliano Ramos que prova ser possível uma obra somar os elementos pessoais com os sociais. Muito do que o autor confessa em suas memórias são problemas que afetaram não só a ele mesmo, mas também o seu meio. Sua dor é também a dor de nosso mundo. Além disso, esse livro lida com elementos que nos fazem entendê-lo como base de todo o universo literário do autor. Nele vemos temáticas que vão povoar suas obras-primas: São Bernardo, Vidas secas e Angústia. O primeiro aspecto que chama a atenção é a descrição de Graciliano como uma criança oprimida e humilhada, pois é um ser fraco diante de adultos, mais fortes. Este é um dos cernes de sua visão de mundo: a opressão. Quem tem poder, naturalmente massacra, sufoca.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501067357
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João Luiz 10/12/2017

Graciliano Ramos relembra os tempos de criança até o início da adolescência, as descobertas, mudanças e o início a leitura. Um bom livro, no início achei um pouco lento, depois a história torna-se mais interessante!
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Israel145 13/10/2017

A obra auto-biográfica de Graciliano Ramos sobre sua infância mostra muito de um dos mais célebres autores da literatura brasileira. Misto de livro de memórias, diário e um toque de romance, a infância do autor é retratada numa comovente sequência de fatos e acontecimentos que trazem diversos casos que viriam a ser retratados no futuro em versões romanceadas e essenciais na formação cultural e humana do autor e até fatos que ajudam a entender o escritor Graciliano.
A fase retratada vai desde a lembrança mais remota que o autor tinha de algo por volta dos 3 anos de idade até o início de sua vida púbere, por volta dos 11 anos de idade. Nesse ínterim, o autor apresenta a visão de um nordeste perdido no tempo, seus pais, seres humanos intransigentes e indiferentes colaboram para a comovente e difícil vida do menino Graciliano, convivendo com as arribadas para fugir da seca, com a frieza de um pai que não sorria ou de uma mãe que o tratava com indiferença.
O menino até então era inapto para os estudos e era considerado “rude”, uma criança com sérios problemas de aprendizado. Associado a isso, o regime violento da palmatória nas escolas contribuíam para o menino Graciliano fracassar continuamente no ambiente escolar.
Seus heróis eram párias da sociedade, o qual ele se identificava haja vista que o próprio se considerava um pária. Além disso, teve que superar a dificuldade para aprender a ler, já que aos 9 anos era semi-analfabeto.
A história de superação de Graciliano nos faz refletir sobre o poder impactante e revolucionário da literatura na vida das pessoas. Após conhecer o acervo de um jornalista recém chegado à sua cidade, tornou-se um leitor voraz, superando aos poucos suas dificuldades de aprendizado graças ao mergulho no mundo mágico das letras.
Histórias como a de Graciliano Ramos mostram que sua formação sócio-cultural e humana na infância deixaram experiências preponderantes para o homem e escritor que viria a se tornar, marcando com fragmentos autobiográficos suas grandes obras: Vidas secas, angústia, s. Bernardo, caetés, memórias do cárcere, insônia, etc.
Apesar de não ser uma obra-prima, é um bom livro e passa a ter um valor maior quando analisado e lido do ponto de vista formador do caráter e obra do autor.
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Maitê 01/10/2017

Achei digno começar a ler Graciliano Ramos por sua "autobiografia". É um livro um pouco desconexo, como se fosse pedaços da infância, relatados em análise. Sem conexão aparente, mas que no fim mostra um retrato de uma criança marcada profundamente pelo descaso, pela falta de um olhar.
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Gloria Ferreira 12/09/2017

O menino homem Graciliano
Tive contato com duas obras de Graciliano: Vidas Secas e Angústia. O primeiro, sem sombra de dúvidas, é um dos meus preferidos. O segundo eu abandonei, achei a leitura difícil e maçante, porém não vou me desfazer dele, acredito que vale a pena uma segunda tentativa. Já Infância, repleto de histórias documentadas da vida infantil do autor, foi uma leitura confortável e nostálgica.

Acredito que a principal característica da escrita do Graciliano que o torna tão especial, é o seu estilo regional. Impossível não me identificar com os termos, linguagem e personagens das suas histórias. Li a edição de 1980, da editora Record.

As 260 páginas apresentam uma versão inocente e frágil de Graciliano, a de um menino que existiu e permaneceu nele, registradas em contos sobre as suas primeiras descobertas de vida, com fatos triste e também emocionantes dessa fase de vida, ao redor de uma realidade sofrida, penosa e cheia de repressão. Uma parte do comentário de Octávio de Faria no final dessa edição, esclarece e resume bem a representatividade de Infância:

‘’[...] Em Graciliano Ramos, o menino Graciliano é tudo. Seus heróis são o menino, sua timidez é a do menino, seu pessimismo é o do menino, sua revolta é a do menino. Em uma palavra: o sentido que tem do humano é o que o menino adquiriu no contato com os homens que o cercavam, com quem travou as primeiras relações, de quem recebeu as primeiras ordens, que conheceu nas suas inúmeras fraquezas. O homem [...]’’

‘’Certamente o meu choro, os saltos, as tentativas para rodopiar na sala como carrapeta, eram menos um sinal de dor que a explosão do medo reprimido’’ pág. 34

“Sozinho, vi-o de novo cruel e forte, soprando, espumando. E ali permaneci, miúdo, insignificante, tão insignificante e miúdo como as aranhas que trabalhavam na telha negra. Foi esse o primeiro contato que tive com a justiça.’’ Pág. 35
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

O período da infância é dito por especialistas como fundamental na formação psicológica, social e física de qualquer ser humano. A psicanálise encontra neste período diversas respostas para os problemas pessoais que os adultos passam. Não é de se surpreender que muitos autores tenham retornado para este tempo cercado de nostalgia para escrever suas obras. “Infância”, do clássico escritor de “Vidas Secas”, Graciliano Ramos, também é uma tentativa autobiográfica de transformar em ficção um período de sua vida. Claro que quem conhece a obra do velho Graça sabe bem que não será um retrato fácil e doce.
O narrador em 1ª pessoa, adulto, faz observações de quando era criança, refletindo na maturidade os fatos que o marcaram na infância, quando a percepção e o raciocínio ainda não estavam totalmente conscientes dos acontecimentos que o afligiram ou agradaram, num técnica parecida com a empregada por Raul Pompeia em “O Ateneu”. O passado revisto pelo presente e presentificado pela narrativa retratada no livro. Aqui temos o pequeno Graciliano passando por dificuldades com a seca, temendo a presença e as atitudes ríspidas do pai, o relacionamento com os irmãos e os raros amigos da rua, além dos vizinhos e outros parentes, as mudanças de casa, a frieza da mãe e, o que mais traumatizou o personagem (e que rende momentos inesquecíveis), a relação tempestuosa e cheia de atritos do garoto com a escola e as dificuldades em aprender a ler (onde as cartilhas com uma linguagem rebuscada e inacessível e a imagem incompreensível do Barão de Macaúbas povoaram de pesadelos e angústias o contato com as letras) e a descoberta da leitura.
O mais interessante neste romance de Graciliano Ramos é a capacidade de colocar-se na perspectiva de uma criança sempre, assumindo a imaturidade e o desconhecimento das coisas, porém não destituída de curiosidade e indagações que deixam os adultos sem explicações ou simplesmente irritadiços e violentos (violência que se reverte em chineladas, como o caso da mãe dele ao ser questionada sobre o significado da palavra inferno), além da simplicidade de suas observações que não deixam de abarcar profundidades.
Trata-se de um romance peculiar que não perde a dureza e a secura das outras estórias tecidas pelo autor de “São Bernardo” e “Angústia”, mas cercado pela tênue ingenuidade do universo infantil que abranda uma realidade mais implacável como a que rondava o nordeste no início do século passado.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2015/12/na-estante-50-infancia-graciliano-ramos.html
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Mariene.Boldiere 03/04/2016

Escrevi uma pequena resenha no meu blog

site: http://ocorvoliterario.blogspot.com.br/2016/04/infancia-graciliano-ramos_3.html
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