Nina @vicioseliteratura 24/07/2017
Bridget Jones é uma mulher de trinta anos que vive na belíssima Londres. Com um emprego mais ou menos, solteira, alguns quilos a mais, sem filhos, fumante e alcoólatra (para mim quem bebe todo santo dia é alcoólatra) ela não está muito feliz com o rumo que as sua vida está tomando.
Ela tem uma lista de resoluções para o ano novo que incluem arranjar um bom namorado (não um canalha como os últimos que ela teve), parar de fumar e beber menos. Assim acompanhamos um ano na vida de Bridget, desde o incidente no jantar de "Peru com curry" na casa de Una Alconbury, onde todos os anos insistentemente as pessoas lhe perguntam quando ela irá arranjar um namorado, até o outro natal.
É neste evento em que Una e a mãe de Bridget ficam a jogando para Mark Darcy, um advogado super conhecido e afortunado que acabou de se separar. Mas Mark não faz o tipo de Bridget. Além do mais, ela está meio que obcecada por Daniel, seu chefe.
Além de ter que cuidar de todos os seus problemas pessoais, ela ainda tem que encarar a “crise de meia-idade” da mãe, que está mais louca do que nunca com seus modelitos coloridos, seu novo emprego e romances. Como é que a vida da mãe dela pode ser mais interessante do que a dela própria?
O livro é como um diário, onde Bridget conta seus temores, seus micos, suas esperanças e a quantidade de cigarros, unidade alcoólicas e quilos que fumou/bebeu/ganhou durante os dias do ano. O livro é bem descontraído, mas por alguma razão que não sei explicar, não consegui gostar dos personagens nem me envolver mais fundo na história. Apesar de ser uma releitura de “Orgulho e Preconceito” achei que o livro deixou muito a desejar, com uma história rasa e de certa forma, um pouco chata. Bridget é obcecada com suas dietas que não funcionam, fuma como um chaminé e bebe como um irlandês (hahaha).
Lá pelas tantas a vida da Bridget parece que vai melhorar, mas ela é tão afobada que estraga tudo do mesmo jeito. Quem em sã consciência faz um jantar de três pratos para os amigos sem nunca ter testado a receita?! Na verdade, sem nem ter dotes culinários? Foram por estas situações e algumas outras que achei bem forçado o humor do livro.
O livro não é de todo mal, mas para quem já assistiu ao filme fica a dica: é totalmente diferente. E acredite. O filme é melhor! Mas ainda sim indico para quem está atrás de uma leitura rápida, para quem sabe curar a ressaca literária, ou por não ter nada melhor em vista.
Mesmo não tendo gostado tanto assim, eu ainda quero ler a continuação para ver se a história melhora. =)
site: http://www.vicioseliteratura.com.br/2017/02/eu-li-o-diario-de-bridget-jones.html