Fernanda631 13/10/2022
A Megera Domada
A história se passa no século XVI e, como tal, retrata os costumes da época. Isso quer dizer que as mulheres eram tratadas como mercadorias ou facilitadoras de negócios. Casamentos eram realizados sem o consentimentos delas, ou seja, elas não tinham opinião na sociedade, nem mesmo na própria casa.
A história inicia com o Sr. Batista que possui duas filhas, Catarina e Bianca. Enquanto Bianca é graciosa, delicada e com muitos pretendentes, Catarina é conhecida como demônio de saias, devido ao temperamento da moça, opiniões fortes, bastante rude e com a certeza que não queria se casar. Catarina, é uma mulher totalmente diferente das demais “donzelas” de sua época. Quem estava chateada com essa situação toda, era sua irmã mais nova Bianca, que possuía muitos pretendentes. Batista deseja casar suas filhas, mas seguindo a ordem de idade, ou seja, primeiro deveria casar Catarina e depois Bianca.
Os pretendentes de Bianca ficam preocupados com isso, e decidem empurrar Petrúquio para Catarina, que aceita a missão na mesma hora em que soube que a família Batista era muito rica e possuía muitas propriedades (nessa época, o noivo recebia dote da família da noiva para que o casamento fosse realizado).
Entra em cena, então, Petrúquio. Interessado no dote que o futuro marido de Catarina vai receber, ele garante que não só vai se casar com ela, como vai conseguir “domar” a moça.
Petrúquio é um homem rústico, mal educado, mas muito inteligente e determinado. Como esperado, Petrúquio consegue se casar com Catarina, deixando Bianca livre para seus diversos pretendentes.
Catarina é “domada” através das loucuras que Petrúquio realiza, variando desde de vergonha em público até mesmo jejum forçado.
Não podemos esquecer que a peça é uma comédia, gênero que tem o exagero como uma característica importante.
A peça é divertida, cheia de diálogos engraçados mas informo que é importante ter a mente aberta, pois a história se passa no século XVI onde casamentos eram arranjados e as mulheres tratadas como mercadorias na sociedade, não se prenda a isso e é bobagem reduzi-la a apenas uma peça que diminui as mulheres perante os homens, pois para mim o final diz muito ao contrário.
Eu gostei muito da leitura e o monólogo de Catarina no final é o máximo, na verdade ele diz para nós mulheres que queremos paz no casamento : Deixe seu marido acreditar que manda e você finge que obedece.
Amo também a disputa de forças entre Catarina e Petrúquio, implicâncias que eu particularmente, acho interessante em romances.
Enfim, adoro toda a confusão envolvida na trama, e essa edição em especial é muito legal, tem leitura fluida.
Recomendo!!!!