Em Nome de Deus

Em Nome de Deus Karen Armstrong




Resenhas - Em Nome de Deus


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Marcos774 14/10/2023

Ótima pesquisadora, traz em ordem cronológica o avanço das religiões. Centra o islamismo no Egito e Irã, o judaismo obviamente em Israel, mas a meu ver perde em conteúdo ao tratar do cristianismo apenas pela ótica protestante nos EUA, deixando de lado esse periodo na Europa.
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Fran 15/09/2022

Fundamentalismo e secularismo
Concluindo a leitura desse livro com perplexidade... Embora tendo a ciência dos ataques ocorridos entre grupos religiosos de seitas/crenças diferentes, é inaceitável ainda nos dias atuais haver ataques, intolerância por motivos ideológico e/ou religioso. Matar em nome de Deus? Perseguir, agredir uma pessoa por que tem uma posição contrária! Enfim... Esse livro fala de um tema que é extremamente importante e que teve origem em tempos longícuos... Conhecer as escrituras, e a história transcorrida entorno desta deveria ao meu ver pregar a paz!

Karen Armstrong traz nessa obra resumidamente a questão do Fundamentalismo no cristianismo, judaísmo e islamismo. Para mim que não tenho um conhecimento aprofundado sobre as questões mais profunda sobre o tema, foi uma leitura enriquecedora. Por exemplo, compreender melhor a origem da guerra entre palestino e israelenses na faixa de Gaza essencialmente. O secularismo x fundamentalismo etc, etc..
No final do livro a autora no Prólogo escreve: "Às vezes parece que secularistas e fundamentalistas estão numa espiral de hostilidade e recriminações". Fundamentalistas precisam manter fiéis e suas tradições religiosas, os secularistas também precisam cultivar mais a benevolência, a tolerância e o respeito pela humanidade...
A autora fala do fundamentalismo religioso especialmente nos Estados Unidos e Oriente Médio (disputas território/religião entre povo mulçumanos e judeus).
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Luiz.Goulart 15/09/2021

Uma obra de fôlego e fé
Após ler vários romances em sequência gosto de variar um pouco e ler uma biografia ou um livro de não ficção e há tempos este livro da ex-freira católica Karen Armstrong, considerada uma das principais autoridades em história das religiões estava na minha lista. Nesse livro ela analisa os movimentos fundamentalistas surgidos das três principais religiões monoteístas. Ela parte do ano de 1492, quando ocorreram episódios históricos decisivos para cristãos, muçulmanos e judeus. O livro se apoia em ampla documentação e bibliografia e a leitura flui facilmente. O tema da história das religiões me agrada muito.
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Em nome de Deus, de Karen Armstrong
“O exílio é um deslocamento físico e espiritual. Seu mundo é inteiramente desconhecido e, portanto, não tem significado. Uma extirpação violenta, que nos priva de todos os nossos esteios normais, despedaça nosso mundo, arranca-nos de lugares repletos de lembranças cruciais para nossa identidade e nos joga para sempre num ambiente estranho”.
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“Apesar de seu extraordinário sucesso na esfera prática, o pensamento racional não consegue aliviar a dor.”
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“Calvino não via contradição entre a ciência e as Escrituras. Em sua opinião a Bíblia não fornece informações literais sobre geografia ou cosmologia, mas tenta exprimir uma verdade inefável em termos que os limitados seres humanos possam entender. A linguagem bíblica é infantil – uma simplificação deliberada de uma verdade complexa demais para ser articulada de outro modo.”
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“Para Karl Marx (1818-83) a religião constitui um sintoma de uma sociedade enferma, um ópio que torna suportável o sistema social doente e elimina a vontade de encontrar a cura, afastando a atenção desde mundo para o outro.”
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“Mas os imperativos morais e espirituais da religião são importantes para a humanidade, e não se deve relegá-los impensadamente à lata de lixo da história para atender aos interesses de um racionalismo desenfreado. A relação entre ciência e ética continua sendo um tema crucial.”
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“(...) e o ódio geralmente acompanha um amor não admitido.”
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“Mas todo movimento que começa matando em nome de Deus toma um rumo niilista que nega os valores religiosos mais fundamentais.”
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Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2012/01/em-nome-de-deus-karen-armstrong.html
Marcos N. 14/09/2023minha estante
É um dos meus livros favoritos, de uma das minhas escritoras favoritas.




Antonio Luiz 11/03/2012

Uma obra análise enviesada para poupar o catolicismo, lamentavelmente
Com o tema do fundamentalismo transformado em tema central da geopolítica das potências e obsessão da mídia mundial, toda forma de vida inteligente neste país sentiu uma necessidade aguda de entender com mais profundidade esse fenômeno e se surpreendeu com a escassez de estudos sérios sobre o assunto.

"Em Nome de Deus: o fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo", candidatou-se a ocupar um vácuo. Da escritora e ex-freira Karen Armstrong, conhecida dos leitores brasileiros por outros títulos sobre o relacionamento entre judaísmo, cristianismo e islamismo ao longo da história – "Jerusalém" e "Uma História de Deus" – ela dá sua visão do fundamentalismo em 490 densas páginas.

A informação histórica nele contida basta para afastar dois dos enganos mais comuns entre jornalistas apressados e analistas improvisados. O primeiro é pensar no fundamentalismo como um fenômeno principalmente árabe e muçulmano. O termo foi cunhado para descrever uma corrente do protestantismo estadunidense surgida no início do século 20. Só bem mais tarde foi estendido para incluir tendências mais ou menos análogas em outras religiões.

O segundo é pensar que o fundamentalismo é uma mera volta a um passado idealizado. Pelo contrário, é a busca de uma modernização alternativa. Os televangelistas dos EUA e os mulás do Afeganistão não repudiam a ciência e a tecnologia em conjunto: selecionam delas o que convém a suas crenças e valores. Clamar pela jihad via satélite e usando um relógio digital não é mais paradoxal do que defender na TV e na Internet que o mundo foi criado em seis dias.

O livro, porém, falha em extrair uma adequada visão geral do fenômeno e cai em um esquema tão dogmático quanto o dos próprios fundamentalistas e às vezes até mais simplista.

Segundo a autora, haveria duas formas de conhecimento. O "mythos" previne o desespero, explica onde estamos e dá sentido à vida, mas não é para tomado ao pé da letra, nem para desencadear mudanças concretas. Quando temos de fazer coisas acontecerem ou persuadir os outros, só cabe recorrer ao "logos". No passado a necessidade e separação de ambos teriam sido evidentes. Só na modernidade o racionalismo teria desprezado o mítico como mera superstição e provocado a reação fundamentalista, que consistiria em interpretar o mítico de forma literal, colocá-lo no lugar do lógico e dele extrair verdades científicas e normas morais, conduzindo a todo tipo de absurdos e atrocidades.

Porém, com ou sem fundamentalismo, nenhuma das grandes religiões jamais apartou totalmente o texto sagrado da realidade objetiva, nem a contemplação da vida prática. Todas esperam que seus fiéis sejam consequentes na vida concreta, como sugere, por exemplo, a parábola do Bom Samaritano.

Também é simplificar demais identificar fundamentalismo com literalismo. Toda leitura, por literal que pretenda ser, exige contextualização, opção e interpretação. William Miller, precursor do adventismo que anunciou para 1843 a Segunda Vinda de Cristo, “acabou por demonstrar o perigo de interpretar-se ao pé da letra o 'mythos' bíblico”, diz Karen Armstrong.

Mas a leitura de Miller não foi literal: exigiu, por exemplo, interpretar “2.300 alvoradas e crepúsculos” como “2.300 anos” (Daniel 8:13-14). Uns lêem na Bíblia a igualdade entre os homens, outros a justificação do racismo; estes o Big Bang, aqueles o geocentrismo. Tomado ao pé da letra, o Alcorão (Surata 24:30-31) não obriga as mulheres a esconder seus rostos: só diz que devem cobrir os seios.

Ainda mais importante, enfatizar o simbólico e as mediações entre o mítico e o lógico e acautelar-se contra o literalismo não previne a intolerância nem o fanatismo. É o caso do extremismo católico, ausente desta obra que estuda em detalhe os fundamentalismos judaico, evangélico, xiita e sunita.

Não foi pela inadequação do termo protestante “fundamentalismo”, pois não houve esse escrúpulo para com o judaísmo e o islã. Mesmo se “integrismo” for historicamente mais apropriado, parece difícil deixar de reconhecer aí um fenômeno com linguagem própria, mas causas e consequências semelhantes.

Apesar disso, Karen Armstrong vê precursores do fundamentalismo nos judeus expulsos da Espanha, enquanto os Reis Católicos que os perseguiram haviam trazido a “modernização”. Reformadores como Lutero estavam “arraigados no passado”, enquanto Inácio de Loyola encarnava “a marca registrada do Ocidente moderno”.

Análises mais isentas, completas e profundas da história do fenômeno fundamentalista continuam sendo necessárias. Reconheça-se, porém, o mérito de abrir um debate indispensável e de chamar a atenção para uma brilhante intuição do iraniano Al-Afghani, precursor do fundamentalismo egípcio: a modernização imposta de fora tem uma falha inerente e inescapável: “enquanto a modernidade ocidental florescera em grande parte graças à busca de inovação e originalidade, os muçulmanos só podiam modernizar sua sociedade mediante a imitação”.

O Afeganistão, as periferias do Brasil e os grotões dos EUA enfrentam o mesmo dilema: ser moderno é ser criativo. Como ser moderno quando só resta reproduzir uma cultura globalizada? Como dizia uma personagem da tirinha argentina Mafalda, só “no dia em que deixarmos de imitá-los e conseguirmos ser como eles vamos começar a ser como nós mesmos”. O fundamentalismo pode parecer uma saída dessa armadilha quando um povo perde as esperanças em bandeiras políticas mais racionais, como o socialismo e o nacionalismo.
Marct 05/05/2011minha estante
Caro Antonio, sua análise é perfeita. Adquiri o livro pensando ser uma coisa e, ao ler, verifiquei ser outra muito diferente. A autora é extremamente tendenciosa o que me fez abandonar o livro lá pela página 200. Eu até vou um pouco mais à frente e leio outros capítulos. Mas o livro pra mim foi uma decepção.


denis.caldas 10/03/2012minha estante
Antonio, que estudo hein! Parabéns pela resenha imparcial.


Carol 18/11/2015minha estante
Obrigada pela resenha, me fez evitar uma decepção.




Nery 23/11/2010

Um livro profundo e percebe-se facilmente que é fruto de uma pesquisa imensa.

A autora consegue expor o fanatismo de três grandes grupos: os cristãos, os judeus e os mulçumanos, sem tomar partido de nenhum deles, fazendo uma rigorosa análise histórica e psicológica.

Recomendo a todos que gostam de ter o que pensar por muito tempo.

Em breve reiniciarei a leitura, desta vez indo até o final.
Cleuzita 29/01/2018minha estante
Sua nota foi zero?


Nery 18/02/2018minha estante
Corrigido. Obrigado.


Cleuzita 19/02/2018minha estante
Esse livro está na minha meta para 2018. Desejo ótimas leituras para nós.




Leandro 25/07/2009

Por que abandonei
Livro cansativo, e com acumulo de informações, não estou com espírito para ler agora, vou ver se volto a ler mais para frente.
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