spoiler visualizarAnna 05/05/2024
O romance escrito por Dostoiévski quanto tinha apenas 25 anos, conta através de cartas trocadas entre dois vizinhos a história de Diévuchkin que trabalha como funcionário público das escalas mais baixas, e Varvara, uma jovem órfã e injustiçada.
Por meio das tais cartas sabemos da falta de recursos que eles enfrentavam, da história de Varvara e como Diévuchkin age como um verdadeiro protetor dela, acredito que por ser mais velho acaba tendo essa atitude. Ela também, sempre se mostra disposta a ajudá-lo, sem se importar com as fofocas que correm pelos corredores do “prédio” por conta da relação deles.
Como foi afirmado no começo do livro que eles eram parentes (distantes, mas ainda sim parentes), por uma parte considerável do livro, eu achava que ele era um tio distante da Varvara, então quando começou o flerte eu fiquei chocada.
Acho que o que fez com que a obra me conquistasse foi que, nossos protagonistas são personagens complexos, eles tem pensamentos críticos e às vezes contraditórios, se posicionam e agem diante das situações desfavoráveis que lhes são impostas. O livro não tem uma visão simplista em relação aos pobres.
Sobre a leitura, algumas partes são prolixas confesso, algumas dizem que isso é uma característica das obras do Fiódor e não algo apenas desse livro, como esse é o primeiro livro dele que estou lendo não tenho muito aval para dissertar sobre esse assunto, apenas que, essa história foi tão bem contada que essa característica “chatinha” se torna algo pequeno.