Resenhas - Capitães da Areia

Mary784 04/06/2024

Capitães de areia
Sensacional
Cada personagem possui sua própria história individual que te encanta e te faz querer saber como cada uma irá chegar ao fim, seja ele um bom ou um péssimo final.

Thie 04/06/2024

Saudades da bahia
Na minha humilde opinião, a melhor novela escrita por Jorge Amado. Meu coração chora toda vez que eu releio, como se fosse a primeira vez.

trata da problemática de menores abandonados e das suas consequências: a violência, a criminalidade, a discriminação e a prostituição. tudo de forma bem crua.

“Ele disse que eu era um tolo e não sabia o que era brincar. Eu respondi que tinha uma bicicleta e muito brinquedo. Ele riu e disse que tinha a rua e o cais.”

Dani 04/06/2024

Capitães de areia
Eu morria de medo dos clássicos! Esse livro me fez perder esse medo. Foi uma grata surpresa para as leituras desse ano. Você caminha por diversos sentimentos ao longo do livro, da compaixão à raiva e repúdio.

João Marcos 04/06/2024

“Olhou para o trapiche. Não era como um quadro sem moldura. Era como a moldura de inúmeros quadros."
A perspectiva de Professor, o artista e intelectual dos capitães, é mesma em que somos colocados no decorrer do livro. Tantos personagens e tantos arcos dramáticos incríveis em tão pouco texto. Acho que se fala pouco do quão difícil é fazer o que Jorge Amado faz aqui. Pedro Bala, Sem Pernas, Gato, Professor, Boa-vida, Pirulito, João Grande, Volta Seca, Dora, Padre José Pedro e outros. O mérito não é só de profundidade social, dramática e literária, mas de logística. É algo que não se vê quase nunca, um elenco tão grande, tão bem aproveitado em um livro de 300 páginas. Isso exige uma síntese obsessiva. O trapiche fica de moldura da contemplação e da melancolia, do riso e do choro, da paz e da fúria, dos meninos de rua e tudo que possuem de mais humano.

Rauta 04/06/2024

Mais um livro que demorei horrores para escrever uma resenha sobre, e ainda me sinto muito incerta.
Capitães da Areia me parece um pecado não ter sido 5 estrelas e favoritado, mas a verdade é que não foi mesmo.
Essa obra tem um peso enorme? Sim. A escrita do autor consegue ser acessível de forma atemporal? Por Deus, SIM! Mas ainda assim não tive uma conexão gigantesca. Chorei em muitas partes, em muito me faz pensar como pode uma história fictícia nos faz pensar em uma realidade que pode ser meio "exagerada" mas existente e como isso consegue ser tão atual...
Enfim, não nos prendamos ao fato de que não foi a obra da minha vida, e sim que é uma obra sobre a vida de muitos outros.
Morria de medo de ler Jorge Amado por ser um escritor clássico e marcante de nossa literatura e, meu Deus, como fui besta de me sentir assim. Apesar de livros clássicos, principalmente os que fazem parte do nosso acervo nacional, sempre serem amados por mim, ainda tive muito receio de pegar esse em minhas mãos. Quanto tempo eu perdi... quanta ignorância me submeti e quanto prazer me neguei para com a escrita de Jorge Amado. Ele consegue ser pesado e leve ao mesmo tempo. Nos traz a leveza de crianças nos fazendo rir com suas bobagens e nos traz o pesar de condições que foram submetidos devido a sociedade.
Por mais que eu ache incrível esta obra ser atemporal, tenho medo pelo mesmo fato. Quantas e quantas crianças de trapiche sofrem, quantos e quantos doqueiros lutam ainda nos dias de hoje? Esse sim é o medo que eu devo sentir, não o de me privar de abrir os olhos.

Leiam, digo e repito com todas as minhas forças, LEAIM!
Não é uma leitura difícil, é extremamente acessível. E equilibrada no ponto, no que nos traz a cruel realidade, também pode nos acender um pingo de esperança.

Gabriela993 03/06/2024

"Capitães da Areia foi, para mim, uma grata surpresa!
O livro conta a história de um grupo de meninos de rua em Salvador, Bahia. Eles vivem em uma casa abandonada na praia, sobrevivendo através de furtos e outras artimanhas O grupo é capitaneado por Pedro Bala, um jovem corajoso e inteligente, mas perigoso também. Cada personagem traz consigo uma carga de história muito "pesada" e única, considerando se tratar de crianças. De forma peculiar, dois personagens chamaram à minha atenção, Pirulito: criança que tinha o sonho de se tornar tarde e Professor: o único alfabeto do grupo, apesar de nunca ter frequentado escolas.
Ao longo da história, conhecemos as aventuras e desafios enfrentados por esses meninos que, apesar da pouca idade, suas vivências são igualadas a homens adultos. Outro fato que me chamou abração foi que por serem meninos considerados marginais, a sociedade os excluíam por completo e às únicas amizades sinceras que eles possuíam eram, por incrível que pareça, de um padre e uma mãe de santa.
Cada página lida trouxe consigo muitas reflexões, principalmente por ser um livro escrito no passado, mas ao mesmo tempo ser tão atual, no qual demonstra a triste realidade de muitas crianças de rua.
É um livro que, com certeza, vale a releitura!

Flá 03/06/2024

CAPITÃES DA AREIA
A obra escrita em 1937 por Jorge Amado possui a Bahia como cenário principal da história, meninos de rua que roubam para sobreviver, crianças sem infância, cujo único amparo governamental é temido pela extrema violência e maus tratos. Nessa perspectiva, faz se alarmante a falta de iniciativas eficazes para o auxílio de jovens em situação de vulnerabilidade na sociedade desde o século XX...

elô 02/06/2024

Apenas obrigada, Jorge Amado
Capitães da Areia já estava no meu radar de leitura fazia algum tempo. Sabia que seria uma leitura boa, sabia que seria uma história que tocaria em pontos pessoais meus, sabia que iria me comover por causa disso, só não sabia que seria tanto. Não sabia que os Capitães da Areia iriam me fazer amar tanto eles. Acho que esse foi definitivamente um dos melhores primeiros contatos que tive com um autor. Jorge Amado, você foi o sinônimo de perspicácia aqui!

Acho que tudo que irei falar aqui será desnecessariamente batido ou óbvio, mas essa história não pode deixar de ser contemplada. Essa é a história de todas as crianças que são marginalizadas do nosso nordeste, do nosso país, da América Latina por esse sistema. O sistema apenas oferece ódio a essas crianças e querem que elas lhe devolvam compreensão.

O exemplo do desejo de revolução em Pedro Bala é o que move a vida dessas crianças. O desejo de lutar, mudar os seus destinos, mesmo que inconscientemente. Há em Pedro Bala o amor mais puro em fazer revolução. No mais, obrigada, Jorge Amado, por nos contar a história desses pequenos homens.

lautriz 02/06/2024

Capitães da Areia
Esse livro é impressionante. O livro escrito em 1937 que ainda é tão atual. É incrível como os sentimentos, sonhos e desejos desses meninos "tão homens, mas ainda tão crianças" são escritos, eu me apeguei demais aos personagens, como se eu realmente os conhecesse, saber a história de cada um e a de todos em conjunto formando os Capitães da Areia foi sensacional, esse foi um daqueles livros que eu me afundei na história.

Pedro Bala, Dora, Sem-Pernas, Professor, João Grande, Pirulito, Volta Seca, Boa vida... Todos marcantes. As histórias de Sem-Pernas em todo o decorrer do livro me impressionaram, desde o seu trauma com os guardas, até a sua partida, essa parte realmente me pegou. Eu apreciei muito Dora, "Porque nunca existiu nenhuma mulher como Dora, que era uma menina." Todos eles são grandes personagens. No geral, foi uma leitura extremamente fluida pra mim, emocionante e que vai sempre ficar rondando na minha cabeça, cada assunto tratado nesse livro é de extrema importância. E novamente tomo mais admiração pela cultura da Bahia.
"Porque a revolução é uma pátria e uma família."

Bia lyra 02/06/2024

Esses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca.

Talita83 02/06/2024

Capitães de Areia foi um dos livros mais lindos e tocantes que eu já li.

Da pra sentir a cada frase o sentimento passado durante a leitura, o sentimento de dó e compaixão pelos meninos abandonados da Bahia.

raissz 01/06/2024

Tão homens, mas ainda tão crianças
Lindo, triste e atemporal.
Já não posso contabilizar em quantas partes desse livro me emocionei e precisei parar para respirar fundo, pois te digo, foram muitas! Esses jovens meninos, que mais parecem homens, lutando para encontrarem seu lugar me emocionaram do início ao fim, não canso de dizer isso!!!!
Pedro Bala, Sem-pernas, João Grande, Pirulito, Gato, quantas vezes vagando, ansiando por um pouco de sorte, de comida, de amor...Meus queridos pequenos meninos literários que correm pelas ruas, não serei capaz de esquecer de vocês jamais.
Recomendo essa leitura para todos, definitivamente um dos indispensáveis clássicos brasileiros.

Expedicionário Literário 01/06/2024

Parece que nada mudou de 1937 até os dias atuais.
Hoje quero compartilhar com vocês uma leitura que mexeu profundamente comigo. Este livro é um verdadeiro clássico da literatura brasileira e, sem dúvida, merece cada uma das suas cinco estrelas.

A história se passa na Salvador dos anos 30 e nos apresenta um grupo de meninos de rua conhecidos como Capitães da Areia. Esses jovens, liderados por Pedro Bala, vivem à margem da sociedade, cometendo pequenos delitos para sobreviver. Mas o que me tocou de verdade foi a forma humana e empática com que o autor constrói cada personagem. Ele nos mostra que, por trás dos atos criminosos, existem crianças com sonhos, medos e uma sede desesperada de amor e pertencimento.

Fiquei impressionado com a habilidade do autor de nos fazer sentir parte daquele universo, sofrendo e torcendo junto com os meninos. A linguagem é envolvente e ao mesmo tempo crua e realista. O leitor não é poupado de nenhuma dor, mas também é lembrado sobre a beleza e a esperança que persistem mesmo nos cenários mais sombrios.

Um dos aspectos que mais me marcou foi a crítica social presente em toda a narrativa. A exposição das desigualdades e injustiças de uma sociedade que abandona seus menores à própria sorte. Um grito por mudanças que, infelizmente, ainda fazem parte da nossa realidade atual.

Terminei o livro com o coração apertado, mas também com uma sensação de esperança.

eudeferraz 01/06/2024

Capitães da Areia
Demorei um pouco a pegar o ritmo da leitura, mas depois que me envolvi na história não teve jeito, surgiu em mim um carinho por cada uma dessas crianças. Que livro, escrito a tantos anos mas tão atual.

"Capitães da Areia é um romance sobre o desamparo e o abandono de crianças, não apenas nordestinas"

Bia Fontes 01/06/2024

Grande paz
A obra de Amado é um clássico incrível voltado para a compreensão dos sentimentos e desejos/sonhos dos meninos abandonados, além de explorar temas como o amor juvenil, o estupro e a pedofilia. São apenas crianças que, infelizmente, diferenciam-se das outras pela assimetria social. Mas qual o fator comum entre Pedro Bala e seus companheiros? Eles só queriam um lar e paz.