O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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Cado Rocha 07/02/2009

Até hoje eu fico chocado com a idéia de cacos de vidro no fundo da piscina...
Jordys 17/02/2012minha estante
É uma das duas únicas coisa que lembro do pouco que li do livro...


Daniel 16/01/2013minha estante
Este livro é uma obra prima. O problema é que nos obrigam a lê-lo aos 15, 16 anos (assim como Dom Casmurro e outros clássicos), e nesta idade ainda não temos a vivência necessária pra apreciar as nuances da memória, da passagem do tempo, etc, etc.


Na Nossa Estante 09/03/2014minha estante
E eu fico pensando que aluno nunca foi coisa boa!!!


Carla 13/05/2014minha estante
Concordo plenamente, nos "obrigam" a ler livros que não se conectam com a fase que passamos nem com nosso conteúdo cultural, foi essa impressão que eu tive quando li com meus 14 anos.


Marina 18/02/2016minha estante
Gente, é bem isso. Não é possível ou muito pouco provável formar leitores aos 15, 16 anos dando Machado de Assis e outros autores clássicos pra esses adolescentes lerem. Sem falar que a leitura tem de vir desde muito antes. "Obrigando" alunos/as a lerem "Dom Casmurro", por exemplo, com essa idade é muito mais provável fazer com que eles criam aversão à leitura. Por isso, seria importante começar desde a infância, com um Monteiro Lobato, por exemplo, e com o tempo vir puxando outros autores. Eu mesma comecei com Monteiro Lobato, alguns livros infanto juvenis do Erico Veríssimo e outros e mesmo chegando no Ensino Médio, detestei ser obrigada a ler "Dom Casmurro" o que eu gostava era de ler a série "Os Karas" do Pedro Bandeira. Hoje em dia sou apaixonada por Machado de Assis. Enfim, é um pouco disso que sei e penso. E "O Ateneu" está na minha lista pra ler nas férias ainda ;)


Ladislau 08/01/2018minha estante
A idade do leitor nada tem a ver com o gosto por tal tipo de leitura, seu autor, ou sua data de escrita.
Isso deveria ser um fato de fácil compreensão. Não alimentem preconceitos com os jovens em amadurecimento. (Não confundir gosto com incapacidade de interpretação, analfabetismo funcional, déficit de atenção, etc.)
O problema é que as obrigações escolares são um porre mesmo, pra qualquer um. Impostas em massa como a um gado.
Dificilmente alguém vai gostar de algo se for obrigado, ou não entender por quê deveria fazê-lo.
Eu tive a sorte de gostar deveras deste livro, assim como alguns outros que pude ler na fase escolar. E é isso.


Cacauzinha1 04/01/2023minha estante
Peguei esse livro na biblioteca da escola onde trabalho , sinto que vou perder algo se não ler.


Maira 19/01/2023minha estante
Verdade! Eu li esse livro no 8°ano, tinha 13/14 anos. Eu gostei e até fizemos peça de fim de ano baseado nele, mas lembro q ficamos todos meio chocados com os acontecimentos do livro.




Hilton Neves 30/01/2022

Desgostei da estória em si. Muita viadag3m ali dentro do colégio, iconoclastia demais e umas indiretas jogadas à monarquia.
Mas apresenta bom vocabulário, o estilo de escrita do naturalismo e nos ensina um pouco da vida cultural da principal cidade do nosso país no fim do século XIX.
caspaeletrica 15/02/2022minha estante
E a tal dita "viadag3m" é um problema? Por que pra mim parece ser bem revolucionário


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Nesse objetivo que o autor possui, não.


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
e por causa de pessoas como você que ele se m4tou depois de tanta crítica ao livro, pessoas como você hipócritas e retrógradas.


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Que lindo, justiceirinho! Agora pode cortar o cabelo e ir enxergar melhor o mundo!


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
Que bom que você sabe que foi lindo o que eu disse. Pelo menos você reconhece.




cariad 01/11/2022

o ateneu
esse é, definitivamente, um livro. um livro com muitas palavras. várias palavras, né? parece um livro mesmo.
Cazuz0 01/11/2022minha estante
Pelo seu perfil já vi q vai prestar Unicamp


cariad 01/11/2022minha estante
@study_anthony sim! kkkkk to fazendo maratona dos livros


Cazuz0 01/11/2022minha estante
Boa sorte. Eu vou prestar a Fuvest e não vou conseguir ler todos os livros




Rafael467 01/09/2022

meu bem é horrível isso, horrível, horrível, horroroso, um espanto, me faz mal

eu não recomendaria esse livro nem pra um psicopata, simplesmente um atentado contra a psique humana, o último cavaleiro do inferno
caspaeletrica 02/09/2022minha estante
que issooooo, pq


Rafael467 04/09/2022minha estante
Tão difícil de ler que fez a odisseia parecer fácil


caspaeletrica 04/09/2022minha estante
Eu achei difícil de ler tbm, só que tipo, é de esperar desses livros antigos, chegou a um ponto que nem me surpreendo. E eu achei o enredo bacaninha, não é tipo m*chado de assis que é difícil e não tem nada de interessante sabeksksk




robertablo 04/03/2011

Sei que nada sei
Sei que nada sei. Sei que o livro é um clássico, sei que possui uma linguagem linda, sei que transborda conteúdo e inteligência, mas sei também que o achei chato.

Por tudo isso acho que tenho muito o que amadurecer antes de resenhar este livro, mas deixo aqui um aviso: é um livro para crescimento literário, e não para uma leitura leve de férias.
G. Pedro 17/06/2011minha estante
Embora não tenha gostado de sua resenha, grifo a parte que é um livro feito para refletir. Joinha só por isso.


robertablo 12/09/2011minha estante
Embora não tenha gostado do seu comentário, grifo a parte que é um livro feito para refletir. Joinha só por isso.


Júlio 11/01/2021minha estante
Embora tenha ODIADO E DETESTADO a sua resenha, grifo a parte que é um livro feito para VOCÊ refletir.CRESÇA E APAREÇA E LEIA BASTANTE, pois está precisando,ok?FICA A DICA!




Mel 16/05/2022

Como o Sérgio é chato.
Que livro mais chato e irritante, com escrita complexa, difícil acompanhar a história quando ela tá acompanha com um monte de palavras complicadas que precisam de uma busca no dicionário, sobre a história ficaria mais fácil de entender se eu não tivesse que ler o mesmo parágrafo várias vezes. Não recomendo mas não acho que alguém leria esse livro sem ser pelo objetivo escolar.
sabrina·bookshelf 16/05/2022minha estante
arrasou disse tudo


sabrina·bookshelf 16/05/2022minha estante
eitaaaaaaaaa


sabrina·bookshelf 16/05/2022minha estante
chocadaaaaaaaaa




caspaeletrica 16/03/2022

7/10: O Tortureneu
O primeiro livro no Brasil a tratar sobre relações foras do comum e que põe em evidência a escola como um ambiente "maligno".

Confesso que AMEI demais o enredo, foi bem divertido de ler, haviam reflexões exemplares e claras as quais eu não encontrei em outras obras realistas.

Então, vou partir pros pontos ruins do livro, por que reclamar é o que eu sei fazer de melhor. Defeitos:

1. A escrita é totalmente maçante, não pelas palavras "rebuscadas", mas pelo fato de ser muito descritivo. Pompéia não falava apenas "Vou abrir a porta", e sim "Vou até a porta dando passos lentos com meu sapato cintilante e botar as minhas mãos engorduradas (* conta a história da origem da gordura *) e puxar a maçaneta em minha direção"

1.1 E por conta desse tipo de escrita, às vezes era quase impossível saber o que estava acontecendo na história

2. Excesso de personagens que não acrescentavam nada na história.

3. A falta de desenvoltura da amizade entre Sérgio e Egbert, que aconteceu apenas no meio-fim do livro, que no caso é, ou deveria ter sido, o "tema-chave" da história.


Fora isso, gostei bastante do livro. Talvez um dia quando ler de novo com outra percepção, melhore. Mas por agora, é isto. Não deixo de recomendar o livro, de qualquer forma.
mpettrus 16/03/2022minha estante
?Tortureneu?, amei a criatividade do título da resenha kakakakakakakaka eu particularmente entendo bastante seu ponto de vista. Pompéia ?vai embora? nas narrações descritivas e acaba tornando a leitura maçante. Todavia, apesar dos pontos negativos, eu adoro esse romance. Me parece ser um romance com uma pegada de diário sabe?! Além do quê, desconfiam-se que também tem um leve toque autobiográfico. Parabéns pela resenha ???


caspaeletrica 16/03/2022minha estante
simmm, eu também, no futuro vou tentar ler de novo. afinal o livro que a gente lê jovem, não é o mesmo livro que você lê quando se é mais adulto, sabe? e eu gostei muito do enredo, demais da coooonta, só realmente esperava que a amizade dele com o inglês fosse mais explorada. obrigado pelo insight :)) ????




spoiler visualizar
Muri 17/03/2023minha estante
Habla mesmo mamãe!!!!


Tomlucitor23 19/03/2023minha estante
Ashuashua me senti exatamente assim




Jane.FAlix 19/03/2023

O Ateneu
Lembro que desisti desse livro na adolescência, mas não sabia pq. Hoje entendo perfeitamente. O livro é sobre as memórias de um jovem que estudou num internato chamado Ateneu e ele vai contar como foram seus dias lá. A narrativa é muito arrastada e descritiva o que o torna cansativo.
Fran 21/03/2023minha estante
Também abandonei essa leitura no ensino médio e até hoje não tive vontade de tentar de novo.


Jane.FAlix 21/03/2023minha estante
Pós é Fran, é bem cansativo.




Isac.FeijAo 17/06/2023

Incrível
É impressionante a quantidade de pessoas aqui dando notas baixas simplesmente por serem ignorantes e não conseguirem ler a obra. Enfim, pra quem tem um mínimo de senso, vai ver o quão profunda e importante é essa história que não só é sobre um colégio e um aluno, mas sim um recorte perfeito da história da pedagogia brasileira( e o quanto ela tem sido falha).
Jeh.vias 01/07/2023minha estante
Oi, estou lendo resenhas sobre este livro, pois comecei a ler hoje. E quis vir discordar de um ponto seu, se me permite!
A questão da pedagogia brasileira só é falha, porque o ensino é tratado como mercadoria. E eu acho que isso ficou bem claro na obra quanto o autor escreveu "Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido réclame, mantido por um diretor QUE DE TEMPOS EM TEMPOS REFORMAVA O ESTABELECIMENTO, PINTANDO-O JEITOSAMENTE DE NOVIDADE, COMO OS NEGOCIANTES QUE LIQUIDAM PARA RECOMEÇAR COM ARTIGOS DE ÚLTIMA REMESSA;"
E em vários outros trechos, o autor deixa bastante claro que o diretor exprimia maior admiração pelos filhos mais abastados, até na forma como "oferecia a mão" par os garotos mais novos beijarem...
Infelizmente o ensino no nosso país está diretamente relacionado ao capitalismo desde a época do império!! Dificilmente isso irá mudar, não há pedagogia que supere questões sociais.
Inclusive, já de início deu para perceber o quanto o livro fala sobre questões políticas! O próprio filho do Aristarco era "Republicano" e por aí vai...


Isac.FeijAo 11/07/2023minha estante
Mas tratar a educação como mercadoria também é um problema pedagógico ué




renata 16/12/2011

Raul Pompéia que me desculpe.
Quem já visitou minha estante aqui sabe que eu tenho um certo fascínio por memórias. Vinda de uma experiência maravilhosa com Memórias de Um Sargento de Milicias pensava que O Ateneu de Raul Pompéia acompanharia o mesmo ritmo fascinante de Manuel Antônio de Almeida. Mas não foi assim. Nem um pouco.

A Narrativa de Sérgio (o personagem principal que também narra suas lembranças no livro) não consegue cativar. Não consegue envolver e muito menos te colocar para dentro da história. O tempo todo acabei me sentindo como um fantasma que vê tudo de uma maneira distante enquanto um ou dois mosquitos atravessam meu ectoplasma.

Raul Pompéia que me desculpe, pode até ter sido um grande escritor (de fim trágico, o que contaria pontos muito positivos para ele, mas nesse caso nem isso adiantou) mas para se ter um bom livro de memórias, como dizem que foi inspirada em suas próprias experiências, é preciso antes de tudo que elas sejam interessantes. Não eram.
Carol 29/01/2012minha estante
Me senti do mesmo modo! Tudo muito lento e chato, o que é triste dado que a ideia de escrever sobre um internato masculino pode render muita coisa boa. Não lembro bem das situações porque na época não fiz resenha, mas pelo meu histórico e as sensações que tenho ao lembrar do livro, sei que o odiei.


Carol 29/01/2012minha estante
Gosto muito de quem tem a mesma cara de pau que a minha e não se deixa intimidar pelos clássicos. Se não gostou, não gostou e pronto! :)




Natanael26 03/06/2023

Ainda não era a hora!
Acho que minha mente e meu conhecimento linguístico ainda não estava preparada para esta leitura. Na minha opinião, é apenas um emaranhado de palavras difíceis, que não falam nada e levam à lugar nenhum! Mas vou reler algum dia, quando eu tiver maior conhecimento das palavras!
Vitória Marques 05/10/2023minha estante
Desculpe-me, mas até onde você conseguiu ler?


Natanael26 04/12/2023minha estante
Eu li até a última página, kkkkk. Foi triste. Não tava preparado para essa leitura.




Marcelo217 03/08/2023

Memórias saudosistas de Raul Pompeia
É a terceira vez que leio esse livro. Já li ele no ensino médio, pra fazer um vestibular e agora é a primeira vez que sinto ter "maturidade" pra compreender, de fato, esse relato do Raul Pompeia.

A linguagem não é fácil, muito hermética. Um realismo-naturalista-impressionista-expressionista que convida o leitor a imergir nas memórias dos anos escolares de Sérgio (que talvez sejam do próprio autor). O livro é todo um grande relato de suas percepções acerca do colégio interno que faz Pompeia refletir além e apresentar um posicionamento acerca da própria sociedade da época.

Os capítulos, sequencialmente, expressam estágios que o personagem vivencia durante seu cotidiano: o temor inicial sucedido de medo, desilusão, revolta, apatia, tédio e resignação. Todos esses sentimentos levam Sérgio a se rebelar frente a dinâmica do internato. Os conflitos giram em torno de amizade, sexualidade, interesses e reflexões de como a vida enclausurada se desenvolve entre os jovens no Ateneu.

Nos capítulos finais apresentam crises existenciais que levam o leitor um pouco pra fora da narrativa e perceber como a sociedade se desenvolve de forma (ainda mais) elitista e machista no fim do século XIX. Através da formação moral dos estudantes, há uma série de questionamentos sobre perspectivas de futuro e sobre como os indivíduos na sociedade são como são. A relação de Sérgio com os outros alunos é pautada por sofrimento, frustração e revolta. Uma verdadeira denúncia sobre o sistema educacional oitocentista.

Tudo é muito sugestivo e as impressões que o narrador observador/personagem informa são sempre para manter um diálogo direcionado com o leitor. O autor utiliza muitas referências bíblicas, científicas, mitológicas e literárias para desenvolver seu relato, o que traz ainda mais aspectos autobiográficos, visto que Raul Pompeia além de escritor, era um ótimo crítico literário. A figura feminina é disposta de forma muito precisa (prima: devoção ingênua aos valores cristãos//Amália: a mulher inalcançável na hierarquia social// Ângela: sexualidade feminina// Ema: amor maternal) sendo predominante a relação masculina o que caracteriza a dualidade da relação afetiva com muito aspectos homoafetivos e hierárquicos.

Através de seu relato, Raul Pompeia constroi O Ateneu uma metáfora da sociedade com a ideia de sucesso relacionada à adaptação e resignação. O final sintetiza muito bem a postura masculina e seus ideais de resiliência. A leitura é bastante datada e dificilmente agradará alguém que faça uma leitura corrida. Cada trecho traz uma forma simbólica de denúncia social. Através da imersão na jornada de Sérgio, o leitor encontrará nO Ateneu, uma experiência frustrada e uma indignação bem embasada sobre a dinâmica escolar e social no fim do Brasil-império.
Frankcimarks 06/08/2023minha estante
Ótima resenha. Já li esse livro, mas pouca coisa ficou em minhas impressões.


Marcelo217 06/08/2023minha estante
Aconteceu a mesma coisa comigo das primeiras vezes que li kkkkkk




Victor 28/02/2018

Tentei recomeçar após 8 anos, e não é que valeu a pena? Haha
Fui obrigado a ler esse livro na escola, e detestei, rsrs. Não consegui passar da página 10. Acho bem errada essa ideia de empurrar uma literatura do nível de Raul Pompéia para adolescentes de 14, 15 anos. Provavelmente tomarão asco do livro, como foi o meu caso. Hoje, com 22, estou lendo com outros olhos, e, admitindo a contragosto, estou adorando! A escrita de Pompéia, que antes me irritava, hoje está mostrando uma maestria prazerosa. Acho interessante este aspecto subjetivo da leitura... a cada fase, olhamos para as coisas com olhos diferentes. Talvez, o olhar dirigido por mim à leitura que faço hoje, atento aos aspectos históricos, às críticas sociais típicas do Realismo, deva ter interferido na minha apreciação atualmente. Enfim, estou gostando, e ansioso para saber o que vem por aí.
Drica 27/04/2018minha estante
Continuo detestando o livro. Fui obrigada a ler no ensino médio, assim como você e continuo com a mesma impressão de que é muito chato e desnecessário, pelo menos para mim...


Victor 06/08/2018minha estante
Drica, minha relação com esse livro é de amor e ódio. Tem partes que adoro, outras que acho completamente desnecessárias, excessivamente descritivas. Por isso dei 4 estrelas, ao invés de 5. E sua impressão é legítima, e ninguém é obrigado a gostar de nada, só porque é literatura brasileira clássica, né? shahsuaha




bobbie 29/03/2021

Descobrindo a literatura brasileira canônica
Durante muito tempo, "recusei-me" a estudar a literatura do meu próprio país. Formei-me em Letras, língua inglesa, sem a ordinária extensão para a língua portuguesa, e deleitava-me com as literaturas de língua inglesa - americana e britânica, principalmente - deixando de lado a literatura nacional. O mestrado em literaturas de língua inglesa não contribuiu para que tal cenário mudasse, tampouco o doutorado em literatura comparada (mesmo usando uma obra brasileira, usei outra norte-americana em comparação). Até que, anos depois, estou me dando o presente de conhecer os grandes brasileiros das letras, principalmente aqueles que ousaram, em tempos mais opressores e "tradicionais", falar da homossexualidade. Em O Ateneu, o narrador-personagem Sérgio nos conta de suas lembranças da época em que, começando aos 11 anos, passou 2 anos no internato que dá título ao romance. O que mais me interessa nesse livro é a observação de normas de vigilância conforme estudadas por Michel Foucault e as relações interpessoais de protetor-protegido (eraste/eromeno na Grécia antiga, sobre o que inúmeros estudiosos, incluindo o próprio Michel Foucault, se debruçaram). Fica clara aqui as relações de gênero "invertidas", algumas como rito de passagem da infância para a idade adulta, outras como relações homossexuais mais concretas.
Daniel.Malaquias 24/11/2021minha estante
Confesso que o que despertou-me o interesse por este romance foi justamente a questão homossexual velada nele contida.




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