Estes Doze Escritos na Madeira tratam do processo que levou a xilogravura a superar o espaço exíguo da capa do cordel. Foi quando esta técnica milenar, adaptada à realidade nordestina, passou a ser utilizada para a elaboração dos álbuns que representaram a possibilidade de formatos diferenciados e de temáticas que se libertaram da obrigação de traduzir, visualmente, o texto do folheto. Esta xilogravura passou a ser acolhida por espaços legitimados, a integrar acervos de museus e fundações e a ser item de colecionadores. Uma manifestação que ganhou importância enquanto a edição popular, à qual ela serviu como ilustração, durante muito tempo, entrou em crise.
Artes / História