A menina que não fui

A menina que não fui Han Ryner


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A menina que não fui





A Menina Que Não Fui (La Fille Manquée, 1903), de Han Ryner, é um romance precursor da literatura LBTQIAP+, inédito em língua portuguesa, traduzido diretamente do original francês. O livro conta a história de François de Taulane, apelidado de “mulherzinha” e “rainha Françoise” pelos colegas que sentiam por ele tanto desprezo quanto atração (ver sinopse completa abaixo).

Esta edição também traz uma série de aparatos críticos, como o caderno de imagens coloridas impresso em papel couché, e textos de apoio para a leitura como o prefácio de João Silvério Trevisan, “O Menino Que Era Rainha” e posfácio escrito pelo pesquisador e tradutor do livro, Régis Mikail.

Trata-se de uma publicação de luxo, feita em capa dura gofrada que acentua os traços da ilustração exclusiva desenvolvida pela artista visual Felipa Queiroz. O livro também possui pintura lateral e bordas arredondadas que ampliam ainda mais a experiência sensorial do leitor.

Por meio de cartas, diários e confissões, François de Taulane, o protagonista do romance A menina que não fui, narra em primeira pessoa os diversos impasses que enfrentou em sua vida, não apenas devido a seus desejos, mas também à sua própria identidade.

Homossexual e órfão, ele é atormentado desde a infância por sua atração pelo sexo masculino e por um possível desconforto em seu gênero. Nas primeiras páginas, o leitor se depara com uma pessoa que decide contar por escrito seus conflitos internos numa sociedade ainda hipócrita, que hesitava entre religião e laicidade, e que via na homossexualidade uma patologia. François é apelidado pelos colegas de “mulherzinha” e de “rainha Françoise” pelos colegas que por ele sentiam tanto desprezo quanto atração.

Os traços notavelmente intimistas e escandalosos de A menina que não fui se distinguem dos chamados “romances de costumes colegiais” e, de maneira geral, da literatura de sua época. O enredo se situa em grande parte na instituição de ensino Saint Louis de Gonzague. Os diretores religiosos, em sua hipocrisia, são retratados não apenas como incapazes de sustentar a própria moral que pregavam, mas também como corruptos. Essa é uma das causas da triste sina do protagonista, que tentará se encaixar na normatividade sexual e abandonar seus instintos, segundo um termo da época, “contra-natura”.

Em seu prefácio intitulado “O menino que era rainha”, em alusão à ascensão e ao declínio de de François, João Silvério Trevisan, com seu olhar perspicaz, traz elementos-chave para atualizar a discussão sobre A menina que não fui. O livro, em capa dura, conta com ilustração de capa da artista Felipa Queiroz. Ornada com gaufrage e belas pinturas laterais, a edição conta com um posfácio do tradutor e um caderno de imagens.

LGBT / GLS

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Fazendo justiça
on 9/12/23


Eu até teria uma crítica ou outra e em outras circunstâncias teria dado 4 e não 5, mas é absurdo um livro desse ficar com essa nota medíocre. nous avons faire justice pour la reine françoise!!... leia mais

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Vicente
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Vicente
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