De acordo com o conhecimento popular, os cravos eram tidos como sinônimo de boa sorte.
Nicholas sentiu-se o homem mais abençoado do mundo, ao poder comprovar esta sorte.
Ela trazia a referida flor em suas mãos, na primeira vez em que a beijara.
Como segundo filho de um Duque, Nicholas Batterfield não era um homem ligado a responsabilidades e obrigações. Mesmo com um passado marcado por algumas dificuldades, como a ausência afetiva do pai, orgulhava-se por ser capaz de levar a vida de forma leve, estabelecendo-lhe ritmo conforme a maré ditava, seguindo os ensinamentos ofertados a si durante os anos que estivera em alto mar.
Entretanto, fora apenas quando se apaixonou pela Sta. Marie Turner, a preceptora de seus sobrinhos, que a mais intensa das ondas o atingiu, formada por sentimentos, com as borbulhas alvas de sua espuma permeadas de amor, carinho e intensa paixão.
Fugindo de seus sentimentos indevidos pelo irmão mais novo do Duque de Cumberland, Marie partiu para a França, mesmo sabendo que sem seu emprego de preceptora ficaria mais difícil ajudar a família que muito precisava. A compreensão de que não tivera escolha, e de que tratava-se do melhor a ser feito, era responsável por provê-la diariamente em suas necessárias doses de determinação.
Entretanto, enquanto a moça buscava aceitar seu destino, Nicholas tentara fazer o mesmo, mas logo descobriu não ser capaz.
O Estreito de Dover poderia encontrar-se entre eles. Um bom marujo, entretanto, jamais tivera medo de atravessá-lo.
Romance