As Catacumbas de Roma, de Benjamin Scott, constitui-se em uma verdadeira revelação. Mostra a pureza e o vigor dos primeiros seguidores de Cristo, os quais, mesmo coagido, foram fiéis até a morte. O escritor lança mão de seguros registros históricos, acerca-se de autoridades renomadas no assunto, como ele próprio, e mostra, pelas inscrições tumulares dos primeiros séculos, a santidade dos defensores da verdade.
Os milhares de peregrinos que visitam Roma não tomam conhecimentos desta realidade. Scott afirma que as inscrições exploradas e catalogadas somam 70 mil, significado este número uma pequena fração de uma vasta necrópole co quatro milhões de sepulturas em mais de oitocentos quilômetros de galerias subterrâneas. "Nesta silenciosa cidade dos mortos" - diz ele - "vemos-nos cercados por uma poderosa nuvem de testemunhas, uma multidão que ninguém pode contar, cujos nomes, desprezados na terra, estão inscritos no Livro da Vida".
Quem percorrer atentamente as páginas deste comentário e seguir com precaução as eruditas explicações do seu autor, há de, forçosamente, colher impressões semelhantes as de alguém que recebe, ao percorrer, em pessoa, as sepulturas dos santos.
Este livro é um autêntico cicerone para quem deseja conhecer os lugares onde palmilharam aqueles que decidiram não olhar nem para a direita nem para a esquerda, mas voluntariamente, entregaram-se ao martírio.