As Jóias Indiscretas

As Jóias Indiscretas Diderot


Compartilhe


As Jóias Indiscretas





Mangogul, sultão do Congo, entediado, pede à sua amada Mirzoza, que lhe conte histórias das aventuras das mulheres da corte. Não sabendo novas histórias para lhe contar, Mirzoza sugere ao sultão que procure o gênio Cucufá – um velho hipocondríaco e solitário – seu parente e amigo, que seguramente colocaria todo seu poder a favor do sultão. O gênio lhe dá um anel que possui poderes mágicos: “Todas as mulheres para quem você apontá-lo contarão suas aventuras em voz alta, clara e inteligível. Mas não vá pensar que é pela boca que falarão.” O inusitado desse fenômeno é que as vozes das mulheres não sairiam de suas bocas, mas sim da parte mais franca que há nas mulheres e que mais estaria a par das coisas que interessam a Mangogul – de suas jóias (vaginas). Jóias falantes! – essa extravagância fora do comum deixou o sultão exultante. Além desse poder, “o anel também tinha a virtude de tornar invisível apessoa que o usasse no dedinho” – o sultão poderia transportar-se a qualquer lugar para ver com seus próprios olhos e ouvir coisas que ordinariamente acontecem sem testemunhas. A indiscrição – os segredos mais íntimos revelados pelas jóias – era independente da vontade da mulher. As vozes eram ouvidas por todas as pessoas presentes ao local em que o anel era apontado colocando toda a corte em polvorosa: uniões são desfeitas, maridos punem suas mulheres, ninguém entende o que causa esse fenômeno.

Edições (1)

ver mais
As Jóias Indiscretas

Similares

(3) ver mais
Libertinos Libertários
Obras eróticas

Estatísticas

Desejam9
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 3.5 / 4
5
ranking 25
25%
4
ranking 50
50%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 25
25%

42%

58%

Léo Talone
cadastrou em:
12/03/2012 10:51:20

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR