Um fato incomum faz de Aurélia uma obra particularmente interessante e diferenciada de outros romances: é a reprodução da própria loucura: mal de que padece o autor. Gérard de Nerval tem o poder de transportar o leitor para além das fronteiras do concreto, do tangível, colocando-o não apenas em contato com o onírico, mas com o mundo chocante das alucinações, dos delírios... AURÉLIA é pois, um amor perdido no tempo. É uma imagem de mulher a alimentar o delírio da demência incontrolável. É um convite a uma viagem ao imaginário, a um mundo tão "real" e apavorante quanto aguele em que vivemos.
Ficção / Literatura Estrangeira