Mario Dal Pra

Historiador da filosofia italiana. Formado em filosofia em Pádua, com uma tese dirigida por Erminio Troilo, leciona em escolas secundárias em Rovigo e Vicenza. Mudou-se para Milão durante a Segunda Guerra Mundial, participando da Resistência, sob o nome de Coronel Procópio, nas fileiras da Justiça e da Liberdade. Em 1946 fundou a «Rivista di Storia della Filosofia» mais tarde chamada «Rivista critica di Storia della Filosofia». Em 1951 tornou-se professor de História da Filosofia Antiga e mais tarde de História da Filosofia Medieval na Universidade de Milão. Em 1956 sucedeu Antonio Banfi como professor de História da Filosofia, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 1986. Naqueles anos, ele combinou seu compromisso de ensino universitário com as muitas atividades institucionais no Instituto de História da Filosofia, lançando as bases para o estabelecimento do atual Departamento de Filosofia. Dirige oCentro de Estudos do Pensamento Filosófico dos séculos XVI e XVII em relação aos problemas da ciênciado CNR e trabalha assiduamente nas iniciativas da Sociedade Filosófica Italiana. Em 1981 foi eleito membro da classe de Ciências Morais, Históricas e Filosóficas da Accademia deiLincei.
Desde oinício dos anos quarenta dedica-seà pesquisa histórica, tecendo com pensadores e correntes de pensamento do passado um diálogo destinado a destacar sua contribuição específica para a formação do espírito crítico da filosofia contemporânea. Ele elabora, com Andrea Vasa, o transcendentalismo da práxis: uma posição teórica que rejeita o teoricismo, as axiologias absolutas e as teorias metafísicas sobre o ser e a totalidade. Nessa perspectiva, elaborada também por meio da comparação com outras abordagens (o racionalismo de Banfi, o empirismo crítico de Preti e Geymonat, o existencialismo positivo de Abbagnano e Paci), deriva uma metodologia historiográfica inovadora, na qual fundir análise histórica e crítica filosófica.