É Hora de Falar -

    Helen Lewis

    Bertrand Brasil
    2013
    224 páginas
    7h 28m
    ISBN-13: 9788528617962
    Português Brasileiro

    Helen Lewis, jovem estudante de dança em Praga durante a eclosão da II Guerra Mundial, é levada para o gueto de Terezín e, depois, deportada para Auschwitz. Separada da família, ela vive em meio à carnificina da Solução Final de Hitler. Como e o que fez para sobreviver é uma história emocionante, contada com humor, franqueza e alguma raiva, mas sem dar espaço para a autocomiseração. Em É Hora de Falar, Helen mapeia as profundezas do Inferno, arrebatando-nos com uma obra de arte irrepreensível. Ao nos guiar por um terreno repleto de pesadelos apavorantes, ela não pisa em falso. Seu tom permanece sereno; seu estilo, simples. Mas essa forma de expressão esconde o martírio de sua necessidade de recordar.

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    Caroline Brezolin09/06/2024Resenhou um livro
    4 (Muito bom)

    Autobiografia de Helen Lewis

    Me surpreendi com a leveza que a autora escreveu sobre sua vida. Com clareza, e de uma forma a qual podemos ver o quão forte ela foi, para escrever sua história dessa forma, com essa visão. Ressignificar seu sofrimento. Helen era apaixonada por dança, tanto é que cursou faculdade de dança de Praga. Casada, levava uma bela vida, rodeada de amigos, boas músicas, livros e dança. Até que a perseguição se iniciou. 1939. O caos foi instaurado em Praga. Helen e seu esposo foram parar no Gueto de Terezín, e um pouco depois, Auschwitz. Conseguiu um trabalho forçado no orfanato, onde, acabou adoecendo. Guardava suas porções extras para dividir com seu esposo, que havia sido levado para o mesmo campo de concentração. Enquanto ela estava doente, eles estavam "à salvo" da câmara de gás. Ao receber alta médica, eles foram enviados para outros campos de trabalho forçados, cada um para um local diferente. Seu esposo morreu, e ela só foi saber após o fim da guerra. Helen, ainda fraca, não demorou muito para que adoecesse novamente. Foi obrigada a participar da longa marcha, conhecida como marcha da morte. Ela havia sofrido de despersonificação. Já não se reconhecia mais. Passou a ter delírios causados pela febre alta. Até que durante uma das caminhadas, conseguiu fugir. Passou por muitas situações, foi recapiturada. Conseguiu fugir novamente. Poucos dias depois, a guerra havia chegado ao fim. Ela recebeu cuidados médicos, fez uma longa jornada até Praga, onde reencontrou seus tios, descobriu que seu esposo havia falecido no campo de trabalho forçado. Sua mãe morreu num campo de concentração. Passou boa parte da vida tentando se reconectar consigo mesma. Casou-se novamente, e foi só após ter o primeiro filho, que ela viu que seria possível seguir em frente. Fundou uma escola de dança moderna, e passou a se reerguer. Esse foi o único livro que Helen escreveu, e o fez para deixar registrado sua história, tudo o que passou, para que seus filhos e netos pudessem saber. Um livro esplêndido. Rápidissímo para se ler e, com o bônus de ter uma escrita leve, então quem tem certa sensibilidade consegue ler.

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