O Grande Fora da Lei (Game Over) - A Origem do GTA

    David Kushner

    DarkSide® Books
    2014
    348 páginas
    11h 36m
    ISBN-13: 9788566636321
    Português Brasileiro

    Em O Grande Fora da Lei: A Origem do GTA, o aclamado escritor, jornalista e gamer inveterado David Kushner nos conduz por uma divertida jornada com altos riscos e lucros exorbitantes do mundo cada vez mais acelerado dos maiores players da indústria dos games e de seus inimigos prontos para derrubá-los. Kushner revela de forma brilhante a história não contada das pessoas que criaram o produto que definiu uma geração e enfureceu outra. Elaborado por mais de uma década com reportagens, entrevistas e muitas horas jogando, o livro de Kushner mergulha fundo nos bastidores de GTA, até então mantidos em segredo e alimentados por rumores e mitos. Além disso, ele examina a violenta reação cultural e política que ajudou a manter sua vida comercial em alta ao mesmo tempo em que ameaçava a existência do próprio jogo. A franquia enfrentou processos e disputas judiciais com o objetivo de tirá-lo de circulação, movidos pelo falso moralismo e puritanismo da cultura norte-americana e sobreviveu. Qualquer que seja o seu lado nesta história, O Grande Fora da Lei: a origem do GTA fornece uma nova compreensão desta indústria revolucionária, e de como propostas e ideias inovadoras ganham o mundo em um piscar de olhos, em uma memorável história da cultura pop das duas últimas décadas. Grand Theft Auto se apropriou de tudo e de todos, entrou em nossas casas sem pedir licença e foi a babá de uma geração. Agora temos filhos criados por um grande fora da lei.

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    Tais Fantoni20/07/2015Resenhou um livro
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    NOTA: recomendo fortemente que leia o texto original, que tem imagens e está mais completo (tive que adaptá-lo ao colocar aqui): http://alvanista.com/tfantoni/posts/3117977-sobre-o-grande-fora-da-lei ... Basicamente, David Kushner se propõe a recontar toda a trajetória da Rockstar antes mesmo de sua concepção propriamente dita, pois os primeiros dois ou três capítulos são dedicados a dissertar sobre a infância e adolescência dos principais 'protagonistas' da história: Sam Houser, co-criador do estúdio, e Jack Thompson, fundamentalista irredutível, advogado até então e o rosto da oposição aos jogos violentos por anos. Enquanto o primeiro tem um certo grau de megalomania (de querer ser o rockstar rebeldão da indústria, "ultrapassar os limites" e coisas assim), o segundo se vê como um verdadeiro cruzado liderando uma guerra santa contra uma fonte de desgraça para a mente das criancinhas. Dessa forma, Kushner foca-se pesadamente em toda a sorte de polêmicas que surgiram ao longo do tempo (sendo Hot Coffee o zênite de toda controvérsia) e como isso reverberou não só no estúdio, como também na indústria toda. É também aí que o livro já começa a ter problemas. A construção da narrativa, cheia de minúcias específicas, faz parecer que o próprio autor vivenciou várias coisas perto dos desenvolvedores - e, portanto, borrando a linha do que é real com a da ficção inventada pra tornar a leitura mais agradável e se assemelhar a um romance (no sentido literário). A menos que os entrevistados em questão tinham uma memória tão boa que lembravam dos mínimos detalhes, mas enfim, a questão fica ambígua assim. Outro ponto é a ênfase excessiva nas polêmicas, dando pouco espaço para um detalhamento maior quanto ao making-of dos GTAs e com menções menores ainda sobre outros jogos - só o caso Hot Coffee se desdobrou em, sei lá, uns quatro capítulos. Se você queria saber mais sobre aspectos aprofundados de criação, provavelmente irá se decepcionar no geral. O jogo que mais recebeu atenção nesse sentido foi Vice City, recebendo um capítulo inteiro só para ele. Dos demais, muitas vezes pareciam quase "trivia" ou apenas um contexto para controvérsias posteriores - como é falado sobre uma gangue de haitianos em, se não me engano, no GTA III. Um BR disse que "o livro não traz detalhes dos jogos da série, como mapas, personagens, guias, cartazes e outros conteúdos que complementariam a divertida experiência dos jogadores". Isso faria sentido em um strategy guide da vida, mas com certeza pareceria deslocado nesse caso tanto por causa do foco narrativo quanto pelo livro se voltar essencialmente pra fãs já estabelecidos da franquia. Ou, quando muito, pesquisadores e interessados pela história dos videogames (tipo eu). Falando em BR, meu conselho é que, se você tem um sólido domínio em engrish, vá direto pra fonte original. O tradutor responsável fez algumas adaptações que considero questionáveis e cometeu uns erros sensivelmente grosseiros de interpretação. Por exemplo, quando o autor do livro explica que a classificação Adults Only é EQUIVALENTE à um "X" na indústria de jogos (o que é falado com todas as letras), o tradutor botou que a classificação é REPRESENTADA por um X. ಠ_ಠ PIOR: Numa hora que Jack está falando com o filho, diz: "I tell him I'm sorry that he goes through that (...), but I'm not sorry for what I've done". A tradução? "Disse a ele que sentia muito por ter feito ele ter que passar por aquilo (...), e pedi desculpas pelo que havia feito". Ou seja, está afirmando o CONTRÁRIO da afirmação original. Outros erros que fui anotando à medida que prosseguia na leitura: * "ultrarealistic" [Gran Turismo] virou "irreal" (!!); * "mood" virou "clima pessoal" (quando o autor estava se referindo a ânimo, estado de espírito, enfim); * "[As Sam] tore through the town" virou "costurava pela cidade", WTFFF ("atravessava" é muito mais correto); * "booth babes" sempre é usado assim no português e o sujeito bota "gostosas dos estandes" . . . . . * "drug dealers" virou um genérico "traficante" (esse tipo de adaptação de mudar em algum grau o significado original é dolorosamente frequente e verdadeiramente incômodo quando se está ciente disso); * "(...) there is a boss level" virou "existe a fase do mestre". Fase do mestre! E mais pra frente, o mesmo termo é traduzido como "fase do chefe" porque sim; * Quando dá na telha, às vezes ele traduz "hater" como "odiador", enquanto em outras simplesmente mantém em inglês (como o prólogo, "players X haters") sem um pingo de consistência. O mesmo ocorre com "logo", que ora vira o (etimologicamente) errado "logomarca" e ora é apenas "logo". * "18 rating" é traduzido exatamente da mesma forma que "Adults Only", ou seja, "Proibido para Menores". Embora possa parecer a mesma coisa, no contexto dá pra perceber facilmente que a autora do termo está se referindo a uma classificação mais amena do que Adults Only, pois, como é explicado bem antes, um jogo ser avaliado como AO significa suicídio comercial porque: 1) nenhuma loja grande como a Target ou Best Buy aceitará vendê-lo e 2) nenhuma proprietária de consoles como Sony e Microsft aceitará tê-lo em seu catálogo. Aqui, a preocupação é justamente evitar cenas de sexo explícito no San Andreas "in order to achieve an 18 rating", traduzido como "para aprovar o selo de Proibido para Menores". ಠ_ಠ A lista vai longe, mas acho que deu pra sacar o que quero dizer. Fora os erros mais óbvios baseados no contexto, quem sabe pouco ou nada de inglês talvez não estará tão prejudicado assim, mas não deixa de ser lamentável ver um livro no qual preferiram dar mais atenção à parte gráfica (vide firulas visuais nas primeiras folhas e no início de todo capítulo) do que à tradução. Talvez, em uma segunda edição, irão revisar isso. Eu honestamente não sei dizer se vale a pena. Dá pra aprender algumas coisas interessantes, como os atritos surgiram dentro do estúdio, excesso de trabalho por causa da pressão sobre funcionários mais ou menos desde o lançamento de Vice City, de como a Rockstar fez questão de ficar quietinha num canto quando a merda estourava ou como certos fanáticos por GTA só deram munição para o discurso de Thompson quando ele passou a receber ameaças de morte. Desconsiderando todos os problemas supracitados, vai depender muito do que você espera aprender (e o que já sabe) ao ler o livro.

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