Personagens: Cole e Diana
Judith Mcnaught é o tipo de autora cujas histórias não silenciam quando as páginas terminam. Você sempre se lembrará, dias depois, dos personagens, das cenas, dos episódios ou de algum detalhe marcante que continua ecoando em sua mente...
Lembranças de nós dois é exatamente assim, mesmo sendo um livro atípico da Judith. Peraí, como assim atípico?
Bem, quem conhece a autora, sabe que seus romances são fortes - do tipo que você lê com a respiração presa - e produzem no leitor uma tensão peculiar, já que grandes desencontros, reviravoltas e reconciliações embasbacantes são frequentes durante as histórias.
Lembrança de nós dois, ao contrário, é uma leitura calma, tranqüila, pois trata-se de uma história de amor muito doce e singela. Há quem não tenha gostado tanto, talvez porque aprecie uma boa briga entre os mocinhos e uma mega reconciliação.
Mas, pondo de lado os barracos, a história de Cole e Diana é linda!
Aliás, quero abrir um parêntese e deixar aqui meu protesto: Qual é a dessas autoras? Como elas conseguem descrever com profunda exatidão o macho-alfa, farto em testosterona, alto e moreno que eu pedi de aniversário? Tiveram acesso aos meus pensamentos obtusos?
Nota: mantenham o babador em dia para proteger vossos livros.
Quanto à história, não há grandes complicações: No passado, Cole e Diana nutriam uma amizade sincera, sem espaço para preconceitos de classes, já que ele era um jovem pobre e ela, uma adolescente rica. No entanto, as cachorradas da vida interferiram e fizeram com que os dois acabassem trilhando caminhos opostos. 15 anos depois, eles se reencontram: Cole agora é um ricão pegador pressionado pelo tio e Diana, uma noiva abandonada e humilhada publicamente.
Em função do caos que se instala na vida dos mocinhos, eles decidem um acordo formal: casamento de conveniência. Ajudaria a ambos, só duraria um ano, morariam separados, não haveria amasso e por aí vai.
Sei. O Pé Grande também existe.
Esse povo não é nada bobo, oras! O que era formalidade vai pro espaço logo na primeira noite. Literalmente pro espaço porque... bem, vocês terão que ler para comprovar a esperta “inconveniência” dos dois!
É... A partir de então, Diana e Cole iniciam uma relação sólida que superará todas as provas colossais impostas a ela.
Lindoooooooo!!!!!
Junte a tudo isso, famílias que nos ensinam muito sobre amizade, devoção e amor abnegado, adicione uma pitada de politicagem e até uma aula sobre economia.
Confesso que nessas horas eu boiei geral já que meu conhecimento sobre esse assunto é proporcional ao que eu sei sobre os pigmeus albinos do sudoeste das serras australianas.
É aquele negócio: para quem quer uma história baseada apenas no romance dos mocinhos, vai se decepcionar um pouco, mas para quem gosta de um enredo que se estende também para outras relações ou direções, que não só a romântica, vai adorar.
Como sempre, tem jeito não, viciada, é Judith, a diva, recomendo!
; )
OBS: Há uma confusão quanto ao nome do mocinho, se é Penetre ou Cole Harrison. Minha versão em e-book foi com o nome de Penetre, mas eu fiz a resenha usando o nome correto que é Cole.
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Aaaaaaahhh! Eu não posso deixar de comentar o quanto é incomodamente sugestivo o nome “Penetre”! Foi mal, galera, eu tento ficar quieta, mas não dá!