Escândalo de Cetim (As Modistas #2) -

Loretta Chase

Arqueiro

2016

272 páginas

9h 4m

ISBN-13: 9788580416398

Português Brasileiro

Irmã do meio entre as três proprietárias de um refinado ateliê de Londres, Sophia Noirot tem um talento inato para desenhar chapéus luxuosos e um dom notável para planos infalíveis. A loura de olhos azuis e jeito inocente é na verdade uma raposa, capaz de vender areia a beduínos. Assim, quando a ingênua lady Clara Fairfax, a cliente mais importante da Maison Noirot, é seduzida por um lorde mal-intencionado diante de toda a alta sociedade londrina, Sophia é a pessoa mais indicada para reverter a situação.

Nessa tarefa, ela terá o auxílio do irmão cabeça-dura de lady Clara, o conde de Longmore. Alto, musculoso e sem um pingo de sutileza, Longmore não poderia ser mais diferente de Sophia. Se a jovem modista ilude as damas para conseguir vesti-las, ele as seduz com o intuito de despi-las. Unidos para salvar lady Clara da desonra, esses charmosos trapaceiros podem dar início a uma escandalosa história de amor... se sobreviverem um ao outro.

Em Escândalo de Cetim, segundo livro da série As Modistas, Loretta Chase nos presenteia com um dos casais mais deliciosos já descritos. Além de terem uma inegável química, Sophia e Longmore são divertidos como o rodopiar de uma valsa e sensuais como um corpete bem desenhado.

Resenhas (253)

2 (Razoável)

As Modistas #2: Escândalos de Cetim, de Loretta Chase

Nota: 1.5 estrela.

    Francamente, alguém precisa dar um toque nesses autores de romances de época do século XXI e avisar que não é porque o livro se passa no século XIX que eles têm carta branca pra abordar tudo da forma que bem quiserem. Um ponto é fazer um livro que retrata o machismo da época – está aí um dos porquês de eu odiar esse gênero literário, mas consegui relevar dessa vez –, outro completamente distinto é romantizar assédio, quando quem escreve é uma pessoa da atualidade.

    Bem, eis os muitos pontos negativos. Se a protagonista disse não, então não – sem papo de "eu sei que você quer". Houve uma cena em que ela já tinha dito que não, chegando a se debater durante o beijo, e ele se recusou a soltá-la, e lá foi a autora fazer ela acabar cedendo ao desejo e tudo ficar perfeitamente bem.

    Mas que macho chato, pelo amor de Deus. Por uns três capítulos até pensei que havia mais a ser explorado e que seria um bom protagonista, mas foi de ruinzinho a péssimo. Não confia nada na Sophia, é mega possessivo e tem umas crises de ciúme tão desconexas e absurdas que nem o próprio consegue entender.

    Aliás, os personagens no geral deixaram bastante a desejar. Na teoria, a Sophia era incrível, mas a personalidade dela era meio fraquinha na prática – principalmente perto do Longmore. Ao invés de ser letal e extremamente atrevida, como esperei, mais era ela indiferente e neutra, apesar realmente ser inteligente como esperei que fosse. Os personagens secundários eram razoáveis, sem brilho algum – exceção ao Fenwick, que me conquistou. Queria que tivesse se destacado mais no livro. Nenhum outro personagem era realmente cativante e, logo, o enredo ficou bem sem graça e vida, apesar da leitura ser fluída do início ao fim.

     P.S.: Minha nossa, que ideia péssima foi essa a de colocar trechos aleatórios de jornais no início dos capítulos. Perdi a paciência lá para o quarto capítulo e larguei de mão, pulando-os todas as outras vezes.