5 (Perfeito)

Uma narrativa sombria e perfeita!

Hoje trago para vocês a resenha de um livro que abalou todas as minhas estruturas e jogou minhas expectativas no lixo. Mas não pense que é porque o livro não me agradou, pelo contrário, ele me surpreendeu tanto que não foi nada do que eu achava que era. A Mensageira da Morte é o primeiro livro da autora Vivianne Sophie e recebi o mesmo através de parceria. Vocês podem adquiri-lo no site da editora Multifoco, agora venham ler essa resenha arrasadora! O livro tem 309 páginas e li ele em apenas três dias. Sempre que tinha um espacinho de tempo entre uma aula e outra, ou uma folga no trabalho eu puxava o livro para ler e devorava as páginas. Apesar de serem brancas, como eu estava em um ambiente de iluminação artificial não me incomodou, mas quando fui tentar ler no ponto de ônibus os meus olhos quase derreteram quando o sol tocou as páginas e a luz refletiu nos meus olhos. Mas se você, assim como eu, for ler em ambientes com iluminação artificial as paginas brancas não irão lhe cansar ou quase derreter os seus olhos. No prólogo a autora começa o livro no Egito no século VI, aqui temos o conhecimento de Zara, uma escrava que diziam ter sido possuída por um demônio e que agora estava dizimando cidades inteiras. A sociedade de Ankh decide então selar Zara para que todo essa desgraça acabe, com isso eles a sedam, capturam e a mumificam viva. Depois que todo o encantamento é realizado, os sacerdotes que estavam presentes fazem um suicídio coletivo para que o segredo não saia dali. Após isso somos levados à Londres, em 2014. Conhecemos Alana Price e o seu irmão Julian, seus pais são arqueólogos e eles sempre os deixavam com os seus tios, dos quais eles não gostavam nenhum pouco. Mas a ausência dos pais os deixam bem magoados, afinal, estão sempre no Egito pesquisando e procurando, mas e eles? Então, um misterioso acidente acontece e os pais de Alana acabam morrendo, mas ela sabia que eles estavam mortos antes mesmo de serem avisados... Com a morte dos seus pais vem o testamento bizarro: ela não deveria morar com o seu irmão, iria para a casa da avó em Winscoin, enquanto Julian ficaria com o seu tio Cal e a esposa esquisita dele em Londres. O tempo passa e logo Alana vai para o seu último ano no colégio, na verdade, ela antes tinha que estudar em casa devido ao seu frágil estado mental e só agora ela finalmente poderia ser "normal". Tudo estaria muito bem se Alana não começasse a escutar vozes e para piorar ela fica sabendo que na escola houve um assassinato. James, o garoto popular da escola e filho da prefeita, conta que sua namorada Louise estava treinando na piscina do colégio e foi encontrada morta no dia seguinte esfaqueada. James no começo parece o típico bad boy, mas me surpreendi completamente ao ver que ele não é assim e não quer atenção para si e nem age como um idiota. Acaba acontecendo que ele e Alana viram amigos. Nem toda luz é capaz de conter a escuridão que reside em nós Página 42 As vozes pioram e enquanto passava pelo local onde ficava a piscina da escola - que agora não era frequentado por mais ninguém, Missie uma garota esnobe aparece com suas duas amigas e joga Alana dentro da piscina e a algema na escada da mesma, a deixando completamente sozinha. Já estava de noite e Alana começa a se desesperar com medo, e ao olhar para os lados ela vê Louise. O fantasma de Louise vai para cima de Alana e começa a falar coisas estranhas como Missie tem que sofrer e a moça já perturbada com aquilo tudo começa a concordar, então, o fantasma desaparece. James entra no local e a salva de uma possível hipotermia, além de uma possível insanidade. O problema só aumenta quando no dia seguinte Misse é encontrada morta, seu corpo todo esquartejado e destroçado, sem indícios de quem poderia ter sido. Enquanto Alana dirigia o carro de sua avó ela acaba vendo o fantasma de Missie e isso faz com que ela pense que ela quer dizer algo, assim Alana se dirige até o local onde ela foi encontrada. O espírito tenta lhe dizer algo, mas ela não entende, mas para sua surpresa há alguém ali: Logan. Logan é um homem muito belo e apesar de ser um tanto quanto jovem é o novo diretor do colégio onde Alana estuda. O mais estranho é que ele parece conhecê-la melhor do que ela mesma. Não vou me alongar muito sobre ele, pois Logan é muito misterioso e você só irá descobrir mais sobre ele conforme as páginas vão passando. Um livro que eu pensei que seria a jornada de um herói é totalmente diferente! Aqui nos deparamos com um livro de terror muito bem estruturado pela Vivianne Sophie, eu realmente senti medo! E olha que sou bastante acostumada com esse tema, mas as cenas eram tão bem descritas que eu me sentia como se estivesse em um cinema sozinha assistindo um filme de terror. Foi assustador, mas maravilhoso! O significado intenso por trás do nome A Mensageira da Morte me deixou no chão, não esperaria nunca e se apostasse com toda certeza iria perder. Eu pensei até em contar aqui, mas seria um grande spoiler e talvez perderia um pouco a graça. Leiam e descubram! ;D Os personagens foram muito bem criados fugindo de todos os clichês e ficando um suspense enorme pois você não consegue prever como que eles vão reagir a certas situações ou até mesmo de seu real caráter. Estou in love com o Logan! Vivianne brinca com o leitor o tempo todo, nos enganando, pregando peças e levando a uma narrativa muito bem construída. O livro tem continuação e se chamará A Joia de Anubis. Eu nem acreditei quando cheguei na última página pois acabou de uma forma que eu queria morrer e fui logo no chat da autora para surtar e implorar pelo próximo livro, mas este infelizmente pode vir a demorar um pouco. O único problema que encontrei no livro foi a revisão, as vezes os nomes de alguns personagens estavam errados, mas não é algo que atrapalhe o entendimento da história. A diagramação apesar de simples combinou muito com o livro e quero muito ver como ficará a continuação. Outra coisinha que me incomodou é que as cenas no Egito não são tão bem descritas, mas como já assisti alguns filmes que se passam no local eu tive uma certa facilidade em imaginar a cena, no entanto, imagino que seria muito difícil descrever o Egito não estando lá, sendo assim, eu não culpo a autora. O livro é recomendadíssimo e com certeza é um dos melhores livros que li este ano. Estou impressionada e ansiosíssima para ler o próximo livro da autora chamado O homem no espelho, eu fiz post de primeiras impressões e vocês podem ver aqui.

A Mensageira da Morte (Trilogia #1) - Em tempos de trevas o caminho da luz parece cada vez mais ofuscado

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