"Casos do Romualdo", de J. Simões Lopes Neto; 1ª edição — agosto de 1952; Prefácio de Augusto Meyer: "Nos Casos do Romualdo, publicados em rodapé num jornal pelotense, e nas Recordações da Infância, páginas inéditas que nos revelou Carlos Reverbel, sentre-se a pouco e pouco, [o estilo simoneano]: através das circunstâncias formais de linguagem, uma unidade fundamental da expressão formando ritmo, a inflexão de uma voz familiar que reconhecemos logo, apesar das frases feitas e de tantas palavras esfiapadas pelo uso de todo mundo. Tratado por Simões Lopes Neto. o mais banal dos nossos temas campeiros, o elogio do cavalo, mantido nos limites da expressão popular que lhe serviu de modelo, atinge uma pureza de originalidade; o gesto, a voz, o exagero pitoresco de um gaúcho qualquer a elogiar o seu cavalo, mas tudo acaba transfundido na harmonia interior de um acento pessoal que é o seu estilo (...) Apesar de uma referência ocasional ao Barão de Münchhausen, os Casos de Romualdo não manifestam propriamente influência direta; sabemos, de outro lado, que o Romualdo pelotense e verdadeiro existiu, e muita "rodela" contou, muito caso floreou, sem ajuda do Barão". |...| Apresentando agora os "Casos do Romualdo", a Editora Globo não só homenageia a memória de Simões Lopes Neto, como oferece ao público brasileiro a oportunidade de conhecer esta obra — praticamente ignorada — do grande regionalista gaúcho.