Este livro, sobre o início da Europa moderna, coloca os problemas conceituais, o contexto político e as dificuldades metodológicas de qualquer estudo que se proponha estudar as classes subalternas do passado e sua cultura, que deve compensar a ausência de testemunhos diretos com abordagens oblíquas. O livro explicita os valores e atitudes de artesãos e camponeses, revelando seu conteúdo contestatário, e ainda propõe que foram os esforços doutrinadores da elite, paradoxalmente, que resultaram na separação das culturas, no seio de uma mesma sociedade.